quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Declarada batalha entre os pequeninos - Fiat 600 Abarth / TTS

 Chegou ao mercado o últimos dos pequeninos da escala 1/24, numa produção BRM/TTS.
 Trata-se do Fiat 600 Abarth, que em pista ombreará com a restante gama já produzida por este fabricante e a saber, o NSU TT, Simca 1000 e Renault 8 Gordini.
Estou no entanto certo de ter sido este o mais esperado dos quatro, ficando na minha perspectiva a faltar, e digo a faltar porque não se encontra nas intenções de edição da BRM, o Mini Cooper S. Espero no entanto, que não se encontre esquecido e que um dia destes nos surpreendam com a sua edição.
 E digo também, que dos quatro, o Renault 8 Gordini para além de ter sido o mais mal retratado, se encontra absolutamente desenquadrado deste quadro dos pequeninos gloriosos.
 Quanto ao 600 agora chegado e porque a seu tempo já falamos do Simca e do NSU, parece enquadrar-se dentro do mesmo espírito. Não sendo a BRM/TTS capaz de reproduções exactas e cometendo alguns erros de reprodução e pormenor, não poderemos pedir a este italiano que espelhe um outro nível qualitativo. E assim sendo, parece estar-mos perante um belo exemplar a fazer de facto lembrar os autênticos que nos maravilharam nas décadas de 70/80 do passado século XX.
 Bem proporcionado e com requinte quanto baste para uma peça que tem como objectivo brilhar nas pistas de slot car, posso afirmar que será talvez o mais encantador dos quatro. Nesta versão em particular, mas desconhecendo se o mesmo acontece nas restantes gamas, apresenta-se com uma tampa do motor suplente e igual à dos modelos de série. Isto porque, esta versão é-nos apresentada com um capôt-motor especial, que dispensa também os característicos suportes que sustentam habitualmente esse capôt. Esses suportes, são igualmente fornecidos numa saqueta à parte, apresentando-se a carroçaria já dotada da necessária furação para esse efeito.
 Mecânicamente, a aposta recai no mesmo conceito das anteriores produções. Mesma motorização e recurso a semi-eixos na retaguarda unidos por cardan, permitindo assim o efeito de câmber negativo.
Agora, é hora de ir à luta, mas antes disso, um pequeno comparativo.
 Excluo propositadamente o Renault 8 Gordini por me parecer absolutamente desenquadrado, parecendo-me muito mais honesta uma luta reduzida a estes três magníficos. Pena sem dúvida, a ausência do quarto elemento, o representante britânico que acima referimos e que terá sido na realidade o mais glorioso nesta gama dos pequeninos de eleição.
Confrontarei então o Simca 1000, o 600 Abarth e o NSU TT, em termos de peso e cotas e depois, que cada um tire as suas conclusões.

                                     Passagem pela balança                          

 No teste dos pesos, quem leva a melhor é o Fiat Abarth, já que os 17,5 gr a menos que o Simca 1000 e os 13,8gr de vantagem sobre o NSU, conferem no imediato a este novo representante uma clara vantagem na hora das acelerações e velocidade máxima. Se a isto associar-mos o facto de se tratar do mais estreito de todos, poderá ainda beneficiar do efeito de maior poder de tracção.


                                          As medidas                                          

 Quando comparadas as medidas, NSU e Simca 1000, apresentam quase a mesma distância entre eixo traseiro e patilhão, com uma medida ligeiramente maior no Sinca 1000. Mas aqui, o Abarth denota uma distância substancialmente inferior, o que poderá nuns casos representar uma vantagem, mas poderá ser também uma catastrófica desvantagem nas curvas de maior rapidez, onde se exige o maior equilíbrio a grande velocidade, representando nestes casos, uma desvantagem significativa.

 Mas na largura do eixo traseiro, a vantagem vai direitinha para o Simca 1000, visto ser este o mais largo de todos, o que lhe permitirá um  maior equilíbrio em todas as situações. E se a isso juntar-mos ainda o facto de ser o que apresenta a menor altura entre o solo e a capota, poderemos dizer que se tratará este, do mais equilibrado de todos. E sem dúvida que no capítula de equilíbrio, o que mais se queixará irá ser o Fiat Abarth, dado ser significativa a sua menor largura.

 Nas alturas, a vantagem vai para o Simca 1000, sendo o menos beneficiado o NSU TT, visto apresentar a mais alta carroçaria de entre os três.




Mas poderemos acrescentar aqui mais uma questão, esta, aparentemente invisível. É que sendo dos três o mais estreito, o Fiat 600 Abarth é apesar disso, o que apresenta melhor desempenho na hora das rodas traseiras girarem, apenas porque é aquele em que as rodas em situação alguma, à excepção de as puxar-mos mais para fora, nunca tocarem na carroçaria. Nos outros dois, isso acontece e pode afectar o bom desempenho dinâmico. Também é o Fiat 600 que apresenta rodas com maior altura de pneu, o que lhe permitirá um maior desgaste desse acessório, permitindo por essa razão uma maior aproximação do seu motor à calha, aumentando assim o efeito "íman", com a clara vantagem que daí se retira em termos de tracção e diminuição das derrapagens.
Agora, cabe a cada um de vós absorver cada um dos aspectos aqui enumerados e retirar as devidas ilações.
Que venham as batalhas e certamente teremos gozos redobrados...

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

O que vale o novo Alfa Romeo 155 V6Ti? - Slot.It


 Chegou a hora de fazer uma primeira abordagem comparativa entre o agora chegado Alfa-Romeo 155 V6Ti e a primeira das versões editadas pela Slot.It  e que terá constituído ao mesmo tempo, o modelo de lançamento na categoria DTM por parte deste fabricante.
Entre ambos existem significativas divergências que poderemos mesmo, considerar estar perante um modelo novo. A aparência entre ambos é enganadora, já que as divergências se situam entre o pequeno pormenor e a alteração de cotas.
Mas no que respeita à imagem deste melhorado Alfa Romeo, a verdade é que estamos perante uma versão com quase total ausência de erros. Não faltasse uma estreita tomada de ar entre as grandes bocas inferiores existentes no pára-choques/spoiler e as situadas abaixo das grelhas entre os faróis e parece-me que pouco mais haveria a apontar do que os próprios defeitos de molde que começam já a ser crónicos neste fabricante e a má qualidade da representação das faixas da Martini.
 Mas comecemos então agora a analisá-lo sob o ponto de vista que o poderá definir no capítulo dinâmico. Comecemos pela balança.
 Entre as duas primeiras realizações do 155, aparentemente diferentes apenas na decoração, existe um diferencial de 0,5 gr, algo incompreensível e favorável à primeira versão editada, mas que também sabemos não existirem com facilidade dois modelos, ainda que iguais em tudo, exactamente com o mesmo peso.
 Mas este novo "Martini" apresenta um acréscimo de 0,3 gr relativamente ao anterior pior dos exemplos e de 0,8 gr quando comparado com o peso da primeira versão.
 A coisa piora um pouco se o comparar-mos ao peso pluma das criações para o DTM por parte deste mesmo fabricante. Aqui a diferença passa a ser significativa, pois representa 2 gr certas entre este e o Opel Calibra. Mas tal como acontece com os Alfa Romeo, também com os Opel surge uma diferença de pesos considerável, ainda que aqui estejamos também perante uma remodelada carroçaria. Entre a primeira e a segunda gerações do Opel, ouve um acréscimo de 1,7 gr.
 Mas o que pretendemos mesmo comparar, é a evolução sofrida por este novo Alfa Romeo, pelo que deixaremos o assunto "Opel" para trás.

 Como é possível comparar, ao nível da via traseira e com a remodelação dos seus alargamentos, a carroçaria terá crescido entre ambos, 1,34 mm. Referir também que esta remodelação aconteceu subindo-se também os alargamentos. Se perceber-mos que podendo aumentar a largura do eixo, ao mesmo tempo que se proporciona um maior rebaixamento da carroçaria relativamente às rodas, o que proporcionará ao conjunto um centro de gravidade mais baixo, estaremos perante um ganho de estabilidade real. E só aqui, parece-me termos dado um passo muito grande, já que o conseguir baixar a carroçaria na primeira versão, era algo que se tornava muito limitador na preparação do carro.

 Através destas imagens, percebe-se que os alargamentos da carroçaria ao nível do seu eixo posterior, para além de se tornarem mais proeminentes, subiram também relativamente à linha de cintura da carroçaria. A sua subida foi tal, que acabaria mesmo por absorver o manípulo de abertura das portas traseiras.


 Ao nível do eixo dianteiro, a carroçaria terá tido a mesma melhoria, mas aqui a vantagem pode até ser nenhuma, já que normalmente nas preparações, privilegiamos a subida do eixo dianteiro para que as rodas não criem atrito sobre a pista. Daí que a vantagem possa ser retirada apenas no rebaixamento da frente do mini-modelo, com vista a que seta faça apoio em pista através do lábio frontal, que neste caso avançou e aqui sim, poderemos colher frutos desta alteração.
Referir ainda que esta versão passou a receber o conjunto pára-choques/spoiler como uma peça independente da carroçaria, o que anteriormente fazia tudo parte de um bloco só.
Relativamente ao que foi descrito em relação ao alargamento da carroçaria ao nível do eixo posterior, poder ser transcrito relativamente ao eixo anterior, já que para além de mais largos, subiram também até nivelarem com o capôt-motor.


 O habitáculo quase inalterado, contou apenas com um pequeno recorte na zona onde encaixa o piloto, com o óbvio propósito da diminuição do seu peso. E encontrando-se este numa parte elevada da carroçaria, todas as migalhinhas contam.
Pela sua parte interior, referir que perdeu a maneta das velocidades para receber palhetas ao volante.
Passemos então agora a abordar este novo Alfa Romeo através das suas características dinâmicas, ao que invariavelmente associamos o chassis.
E para começar, a primeira diferença é detectada ao abrirmos ambos os modelos. Temos agora a fixar a carroçaria ao chassis parafusos de cabeça de menor diâmetro, redonda e ainda que igualmente métricos, substancialmente mais curtos. Menos peso, é verdade, mas de maior limitação no acerto da basculação entre o conjunto e consideravelmente mais fáceis de se desapertarem. Não percebo esta política.

 Também em termos de pesoe tal como aconteceu com a carroçaria, também aqui o conjunto mecânico passou a ser mais pesado. Como sabemos que ao nível dos órgãos mecânicos tudo se manteve, só poderemos atribuir este acréscimo de 0,6 gr à nova estrutura do próprio chassis.

 O chassis foi completamente redesenhado, tendo crescido na sua parte frontal.
 Para além de se encontrar apto a receber o sistema de tracção total, como já acontecia anteriormente (lado esquerdo), o novo chassis conta também com uma pequena estrutura do lado direito, que será muito provavelmente para que acople algum suplente digital. Mas disto, não estou certo.
 E quando pomos um modelo sobre o outro, rodas com rodas alinhadas, percebemos que a distância entre o eixo traseiro e a localização do patilhão, também cresceu. Isto é uma bela notícia, pois geralmente são muito positivas estas subidas de cotas e que normalmente resultam em benefício na hora de olhar para o cronómetro.
 E perante os factos aqui trazidos, estou certo que a sua posição irá ser na linha da frente entre os Alfa.....
 .....mas muito provavelmente entaladinho entre esses e os Opel...
...e isto, enquanto não nos chegam os Mercedes...