quarta-feira, 1 de maio de 2019

Quando o tema é, GTO

 A sigla GTO acompanhou algumas séries da Ferrari e felizmente acabariam por chegar alguns deles até nós e com especificações definidas para a dinâmica slotística. Sim, são poucos, mas chegaram ao mundo dos slot cars. Através dos fabricantes Racer, Fly e MRRC, conseguimos desfrutar deles no nosso pequeno mundo, ainda que em nenhum dos casos, podendo deles desfrutar de forma absolutamente competitiva.
 Da primeira das versões, Racer e Fly ofereceram-nos modelos bem bonitos. Pena uma escala sempre errada por parte da Racer, mas também linhas de carroçaria mal definidas. Pormenores é felizmente coisa que nunca faltam neste fabricante, o que aliado a uma soberba pintura, nos permite um visual deveras gratificante. Por parte da Fly, temos um modelo correctíssimo em termos de escala e as linhas de carroçaria absolutamente correctas. A falta de uma dinâmica conveniente aliada a jantes raiadas de pouco realismo, penalizam um modelo que poderia ter nascido fantástico.

Quanto à versão de 1964, uma natural evolução da primeira versão, Racer uma vez mais e MRRC, dedicaram alguma atenção a esta verdadeira pérola da Ferrari. E se também aqui a Racer peca por uma escala errada, o que faz parecer este belo modelo um pequeno monstro, a versão da MRRC parece encontrar-se bem mais próxima da realidade. E se também aqui a Racer nos espanta pelo requinte com que brinda os seus modelos, o modelo da MRRC é-nos oferecida em kit de plástico, o que fará com que a versão final se mostre mais ou menos atraente, em função do trabalho de montagem. Referir que não se trata de um kit fácil, não pelo número de peças, mas pela falta de alguma qualidade a merecer alguma dedicação de aperfeiçoamento. A união dos moldes apresenta-se demasiado pronunciada, o que obriga a bastante trabalho de lixa. A pintura terá de ser cuidada e será necessária alguma habilidade com o pincel para definir de forma perfeita os frisos cromados tanto da grelha frontal, como do próprio pára-brisas. Mas este kit tem a beneficiá-lo um belo conjunto de acessórios cromados, como a simulação das jantes raiadas, os faróis e o tampão de gasolina que se encontra na parte traseira. Foi necessária ainda a substituição dos números e das bolas brancas, pois não se encontravam condizentes com a versão que deverá representar. Trata-se do vencedor dos 2000 Km de Daytona e cuja dupla de pilotos era constituída por Phil Hill/Pedro Rodriguez.

 Ferrari 250 GTO - Racer

 Ferrari 250 GTO - Fly

 Ferrari 250 GTO 1964 - Racer

Ferrari 250 GTO 1964 - MRRC

 Além de ser um dos modelos Ferrari por mim mais apreciados, este tem um significado muito especial, razão pela qual me dediquei à sua montagem de corpo e alma.



Um modelo longe de representar na perfeição a pérola que é na realidade, mas que não deixa por isso de se mostrar como um brilhante exemplar. Notar que se trata de um modelo muito pouco reproduzido, o que faz dele também uma preciosa peça de colecção.

Já está na hora ....

 Sim, já está na hora dos praticantes de slot car começarem a dar o devido apreço às preciosidades que nos foram oferecidas e trazidas pela Policar, ao mundo dos Formula 1 Clássicos.
 Duma qualidade dinâmica já devidamente comprovada, terão como principal handicap a sua falta de velocidade proporcionada pela utilização de um micro-motor, sobretudo quando comparados com as monstruosidades a que nos habituamos já, através das categorias mais exploradas pela quase totalidade das colectividades clubisticas. No entanto, não será de certeza a questão "velocidade", a perverter os valôres motivacionais proporcionados pelos prazeres da prática da modalidade.
Em contrapartida, é garantido o que se desfruta em termos de agradabilidade e equilíbrio desportivo. A aparente fragilidade dos mini-modelos, será pouco mais do que a própria aparência, visto que se disputaram já campeonatos de princípio a fim e na generalidade, os carritos vão conseguindo sem grandes mazelas, ultrapassar os inevitáveis embates a que se encontram sujeitos.
 E enquanto o mais do que esperado Ferrari não nos chega, temos a possibilidade de desfrutar e eleger um Lotus 72 ou um March 701, de um já vasto lote de opções decorativas.
 E se até aqui poderíamos desfrutar de um Lotus 72 algo beneficiado relativamente ao concorrente pela maior distância entre o eixo traseiro e o patilhão, a última versão do March veio anular essa questão, após uma revisão dessa matéria por parte da Policar. Tendo então essa medida crescido no March, estamos certos que o equilíbrio terá passado a ser uma certeza, entre ambos os modelos.
 De que estarão à espera os apaixonados, para reviver os tempos áureos da Formula 1?

Carlos Afonso, dominador - Campeonato GT Series Blancpain

 Arrancou o campeonato que mais expectativas estaria a levantar no Guimarães Slot Clube. Falamos naturalmente do Campeoanto GT Series Blancpain, um campeonato que pela variedade de modelos admitidas e pela permissividade na preparação dos mesmos, proporcionava imensa curiosidade e expectativa entre todos quantos se mostravam interessados em integrar esta competição de nível verdadeiramente exigente.
 A quantidade de pilotos participantes mereceu por parte de Miguel Guerreiro uma explicação prévia de como havia necessidade da mesma decorrer, visto o recurso às calhas virtuais não ser suficiente, obrigando ainda assim a recorrer-se a um misto de duas mangas que integravam em cada uma delas, pilotos/calhas virtuais.
 Uma escolha aleatória, definia que na primeira das mangas participariam José Pedro Vieira, João Seia, Jorge Seia, sendo estes pai e filho, Filipe Carreiro, Damião Castro, Ricardo Moura, José Augusto, Fernando Coelho, Rui Mota e António Lafuente, iniciando estes dois últimos a sua prova, em calhas virtuais.

 Pilotos novatos e visitantes, começam a ser uma constante realidade.

 Iniciada e concluída a primeira das calhas, assumia o comando Ricardo Moura, provando assim que o Ferrari da Black Arrow se encontrava na primeira linha dos modelos mais capacitados para as melhores posições. Filipe Carreiro tripulando um Mosler de origem NSR confirmava também a valia dum modelo que teima em mostrar-se com um percurso glorioso e de enorme longevidade. Atrás destes pilotos, Damião Castro, José Augusto e José Pedro Vieira encetavam uma equilibrada luta, logo seguidos de Fernando Coelho, um piloto ainda babado pelo recente nascimento de mais um pupilo. Entretanto, era também a luta encetada por pai e filho "Seia", ambos em estreia nestas batalhas slotísticas, que finalizavam a primeira das guerras com uma curiosa igualdade no número de voltas.
 Após a passagem da totalidade dos participantes da primeira manga, percebia-se que Rui Mota se assumia como o mais sério candidato à vitória nesta primeira manga, mas com José Pedro Vieira, Filipe Carreiro e Ricardo Moura à espreita duma oportunidade para desfeitear o provisório comandante. Damião Castro não conseguia o necessário ritmo, o mesmo acontecendo a José Augusto e Fernando Coelho. António Lafuente perdia de vez a "carruagem", enquanto o final da tabela era discutido entre os dois "Seia".


E no final, era mesmo Rui Mota que levava a melhor sobre a concorrência, seguido de Filipe Carreiro que se impunha a José Pedro Vieira, apesar do mesmo número de voltas. Ricardo Moura não acompanhava os primeiros e acabava por quedar-se pela quarta posição, sendo o quinto lugar pertença de Damião Castro. José Augusto fruto de mais uma volta dada, impunha-se a Fernando Coelho, ficando o oitavo lugar a pertencer a António Lafuente. As nona e décima posições, pertenceriam a João Seia e Jorge Seia respectivamente.
 Mas era necessário esperar pelo final da segunda manga para perceber realmente a classificação final, pois o lote de pilotos que a integravam era de nível suficiente para que tudo se pudesse alterar. Para além disso, uma pista melhorada em termos de limpeza, ajudaria certamente a que os desempenhos viessem a ser beneficiados. Tínhamos então a integrar esta segunda manga, Frasco Leite, André Mota, Miguel Sousa, Domingos Vinagreiro, Miguel Guerreiro, André Ferreira, Carlos Afonso, Albano Fernandes, estes dois últimos a fazerem o regresso às lides e ainda Miguel Antunes, Marco Silva, Bruno Magalhães e Filipe Vinagreiro.


 E com tudo a postos, era hora do momento da verdade.


 E Carlos Afonso inicia um recital de pilotagem verdadeiramente impressionante, que acaba mesmo por abafar o também excelente desempenho de Miguel Guerreiro. Mas ambos marcam de imediato um verdadeiro afastamento da concorrência directa, com Domingos Vinagreiro a ficar muito cedo a três voltas do segundo classificado. Marco Silva sentia-se também impotente, bem como Miguel Sousa e Frasco Leite. Apesar de dispôr de um rapidíssimo Corvette, André Ferreira não tira disso partido, mantendo-se ainda assim, à frente de Miguel Antunes e André Mota, este último, a revelação rookie deste ano, mas que se debatia desta vez com algumas dificuldades.

A descontracção fazia parte dos que haviam já cumprido a sua missão.

A entrada de Filipe Vinagreiro trazia novo aliciante à prova, mas tal como muitos outros, a entrada para a calha um deixava algum amargo de boca e penalizava-o na classificação geral. Enquanto isso, Bruno Magalhães surpreendia com um Honda ao mais alto nível, posicionando-se no terceiro lugar.
E a música continuava a ser boa e enquanto Carlos Afonso se afirmava como o maestro da banda e Miguel Guerreiro nada conseguia para o contrariar, Bruno Magalhães começava a ameaçar o segundo lugar de Miguel Guerreiro. Albano Fernandes era também vítima da calha um, o que o deixava neste início em maus lençóis, já que este seu regresso o levava a acreditar num desempenho mais condizente com o que nos habituou já.


Mas o decorrer da prova mostrava que as aspirações de Filipe Vinagreiro eram elevadas, iniciando uma recuperação que o levava ao quarto lugar da sua manga e quinto da classificação geral. Miguel Guerreiro conseguia uma margem de segurança relativamente aos ataques de Bruno Magalhães. Também Albano Fernandes acabava por começar a subir na tabela de classificação, mas Miguel Sousa, fruto duma participação algo complicada, encontrava-se numa posição pouco habitual para o seu valôr. Domingos Vinagreiro não conseguia também mostrar do que é capaz, vendo-se relegados para o final da tabela, Frasco Leite, André Ferreira, Miguel Antunes e André Mota.
E sem surpresa depois do verdadeiro recital, Carlos Afonso consegue vencer a primeira das cinco batalhas que compôem este campeonato, com uma vantagem de cinco voltas sobre Miguel Guerreiro, o segundo classificado. O terceiro lugar acabaria por ser pertença de Rui Mota, o vencedor da primeira manga desta jornada. Mas se a primeira posição teve um ocupante indiscutível, do segundo ao nono lugares, a discussão foi acesa, fazendo-se a diferença nalguns casos, por pequenas margens.

E se por parte dos modelos participantes existiu um Saleen verdadeiramente dominador, o que abaixo de si se seguiu, foi um verdadeiro equilíbrio entre uma enorme variedade de modelos e de variada origem.
E ao que parece, para a segunda jornada existem já algumas feras a afiar as garras para contrariar a verdadeira supremacia imposta por Carlos Afonso.
Vamos lá senhores corredores, há que afinar as máquinas...e os dedos...