O ano de 1985, consagrou A. Vatanen e T. Harryman conjuntamente com o seu Peugeot 205 Turbo 16, como vencedores do Rali de Monte Carlo.
A seu tempo, o fabricante Spirit editou este fantástico modelo que marcou a era dos Grupo B, no que se tornou numa chegada muito bem recebida pela comunidade de praticantes dos slot car.
Recentemente, este feito foi igualmente dignamente assinalado por um novo fabricante chegado ao campeonato de fabricantes de slot car. Trata-se da OSC (Original Slot Car). A versão recentemente editada, coincide com a mais antiga versão da Spirit, o mesmo vencedor da mesma prova e no mesmo ano.
Temos então matéria para um condigno comparativo, já que ficará apenas em análise, cada uma das interpretações feita por ambos, até nos pequenos pormenores.
O que se poderá dizer de imediato, é o que o nossos olhos nos indicam, isto é, mesmo sem conhecermos aprofundadamente este Peugeot, os sentidos dizem-nos categóricamente que o mais recente é que está bem. E está mesmo, já que sobretudo a frente do modelo Spirit se encontra verdadeiramente alongada. Na generalidade, a versão Spirit recebeu também linhas demasiado angulosas, enquanto a OSC recorreu a um ligeiro arredondamento das linhas de vértice da carroçaria, o que proporciona um realismo notável.Se as linhas gerais são notáveis, não se esqueceram igualmente de o contemplar com os restantes complementos decorativos, como são os logótipos e restantes acessórios, como a antena na capota , por exemplo.
A linha superior do pára-brisas ao nível da capota, perdeu o excessivo arredondamento, para passar a ser mais recto no modelo da OSC. Mas também a saída dos radiadores de ar existente no capôt da frente, recebeu um novo e melhorado desenho, muito mais correspondente à versão real, tendo perdido os excessivos ângulos apresentados no modelo da Spirit. Na mesma vista superior, a extremidade frontal passou a ser mais recta e também mais curta entre o seu limite e a enorme saída de ar ali existente. O contorno do pára-brisas, agora de maiores dimensões, recebeu também a imitação da borracha limite do mesmo.
Percebe-se que a capota da versão da Spirit é substancialmente mais estreita, mas a carroçaria não. Este aspecto proporciona um ângulo dos pilares da capota pouco verdadeiros e consequentemente, um aspecto geral mais irreal.
A secção traseira é também objecto de análise, mas aqui as versões não divergem tanto entre si, como na anterior vista observada. No entanto, também aqui poderemos verificar que a baixa tomada de ar existente na capota e direccionada para o motor, passou a ser ligeiramente arredondada, perdendo novamente o pronunciamento da suas linhas.
Um óculo traseiro mais vertical no modelo Spirit, não ajuda também a uma maior afinidade entre modelo real e a miniatura. A OSC observou bem este aspecto e representou-o convenientemente. O excesso de verticalidade do óculo, implicou uma maior distância entre o início do capôt, ao nível da capota e a sua extremidade posterior.
No óculo traseiro, surgiu agora o logo redondo dos 90 e foi reposicionada e redimensionada a placa do rali, à imagem do que acontece no capôt frontal.
A representação da capota e um spoiler inferior frontal foram quase insultuosamente desenhados pela Spirit, o que provoca uma imagem do modelo, verdadeiramente desagradável. Tudo o mais se encontra igualmente mal feito, passando pelas dimensões e desenho das tomadas de ar e grelha aqui existentes, mas teremos que atribuir nota máxima, à representação dos faróis e piscas, bem melhores do que no modelo da OSC.
Na parte traseira repetem-se as críticas negativas relativamente à interpretação dada pela Spirit. Uma grelha de arrefecimento alta, integrada numa traseira larga e baixa e com um óculo traseiro estreito e alto, conferem uma vez mais uma imagem verdadeiramente desagradável. Já o modelo da OSC, proporciona-nos uma imagem de um realismo invejável. Esta versão surge ainda complementada com a integração do escape central e a simulação mecânica ali existente. As palas vermelhas, garantem mais ainda uma afinidade com o modelo vencedor de Monte Carlo.
Nesta vista da linha geral lateral, percebe-se a diferença entre ambos no que se refere ao realismo ou falta dele, entre ambas as interpretações.
Também nas jantes, a OSC leva a melhor, mas este fabricante optou erradamente pela escolha de pneus de perfil mais baixo à frente do que atrás. Provavelmente terá estado nesta escolha, o melhor desempenho do Peugeot no seu meio de eleição, a competição slot. Mas existe também neste modelo outro erro, já que o eixo da frente se encontra demasiado alongado, relativamente ao posicionamento das cavas da rodas da carroçaria.
O óculo lateral traseiro no Peugeot Spirit, está demasiado comprido. Tudo somado com os restantes erros, desfavorecem-no verdadeiramente num comparativo com o Peugeot OSC.
Estas imagem permitem verificar o quanto incorrecto se encontra um e o quanto belo está o outro...
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