E a caravana de participantes que integraram a formação do GT Team Slot Clube / ART, disposeram-se a uma participação também, neste desafio promovido pela própria Scaleauto e onde o fabricante se encontrava representado na competição, oficialmente.
Trazemos aqui o que foi em Braga trabalhado, no sentido de melhorar um modelo cuja distância entre eixos se mostra extremamente curta, mas que lhe permite uma boa transposição de lombas e obstáculos.
E a pista era composta por estes elementos, ao que se acrescentou ainda a simulação de areia, através da aposta em farinha.
A preparação teve em vista este somatório de dificuldades que se adivinhavam. O modelo traz originalmente, suspensões pouco activas pela extrema dureza das molas com que a totalidade dos mini-modelos vêm equipados. Foi essa então, a primeira tarefa/objecto, a ser alvo de alteração. Tanto atrás como à frente, as molas foram substituídas por outras, sendo que as anteriores passaram a ser substancialmente macias. Dessa forma, o primeiro impacto com os obstáculos será fácilmente absorvido, enquanto as posteriores, um pouco mais duras, permitem ao mini-modelo o poder de tracção que se deseja.
Motor e relação pinhão/cremalheira foram mantidos. O pequeno motor mostra-se pujante enquanto a relação de 12 x 31 não se considera desajustada.
Um dos problemas que este Porsche passou a ter com as molas que passaram a permitir uma maior amplitude das suspensões, é as rodas passarem a bater nas cavas, sempre que estas sobem. Assim, houve necessidade de estreitecer os eixos, permitindo dessa forma que os pneus entrem nas cavas dos guarda-lama. Essa tarefa é simples, porque os espaçadores utilizados pelo fabricante são de plástico. Com uma lima, é possível estreitecer um desses espaçadores, até à medida necessária, passando o eixo a trabalhar livremente, até ao seu limite.
No apoio de aperto do chassis frontal. terá também que se criar um pequeno degrau. Isto porque a frente é bastante baixa e as rodas continuarão a bater na carroçaria, se não lhe criarmos uma altura extra. Feito isto, teremos um eixo frontal absolutamente livre e capaz do melhor dos desempenhos.
A tracção feita ao eixo posterior já vem de série com correia dentada, mas à frente mantém-se a borracha lisa habitual nos modelos deste fabricante. Poder-se-à melhorar o seu desempenho, através da opção de polies dentadas e correia igualmente dentada, algo que o regulamento em Espanha não permitia.
Outro dos aspectos que permitem um aumento de performance, prende-se com a utilização de lastro. Neste caso, o pouco espaço disponível foi totalmente aproveitado, desde a parte mais inferior e quase até ao nível superior, através de algumas camadas de pêsos.
Braço basculante e patilhão, foram mantidos absolutamente inalterados, dada a eficácia dos sistema original. Apenas ouve o cuidado de pôr a basculação perfeitamente funcional, através da limpeza de algumas rebarbas que não permitiam que o mesmo baixasse livremente.
Na colocação dos lastros, houve o cuidado de manter papel interposto entre o lastro e o braço do patilhão, para que os fios que percorrem o braço não acabassem por prender na cola que originalmente se encontra no lastro. Garante-se assim a manutenção dos fios onde os colocarmos.
E verificado na balança, fica o registo de 107,2 g e que é o que este conjunto passou a ter e que será parte integrante do êxito algo inesperado por terras espanholas.
E já que fomos abordados por nuestros hermanos para deslindar o segredo desta máquina, achamos por bem mostrar a toda a gente o segredo para um sucesso levado a cabo pelos dotes inatos de Luís Azevedo, um excelente piloto que integra a formação bracarense do GT Team.
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