Tida como escala raínha na Europa até há muito poucos anos, começa hoje a questionar-se se a escala 1/32 começa já a ser para alguns praticantes preterida relativamente à escala 1/24.
A força dos slot cars tida nos anos 70, 80 e por ai fora até aos mais recentes anos, baseava-se na escala 1/32 pela elevada aposta dos fabricantes nessa escala. Mas ainda nos anos 60 do passado século, a escala 1/24 teve os seus momentos de glória com uma notória ascensão, mas que veria um retrocesso significativo nos anos 80, 90 e anos subsequentes, com um claro decréscimo de interesse, rumando de forma significativa à extinção.
O novo século XXI trouxe-nos a continuidade duma clara afirmação da escala 1/32, mas surpreendeu também pela chegada de fabricantes com uma aposta efectiva na quase extinta escala 1/24. Não esquecer que o fabricante Carrera manteve sempre na sua linha de produção de modelos desta escala pouco procurada, o que terá contribuído para o seu não desaparecimento, muito por culpa da sua produção de pistas tidas como correspondentes a esta mesma escala.
Se fabricantes tem havido que exploram na medida do possível novas categorias e conceitos que têem feito evoluir a escala 1/32, outros terão apostado forte para fazer renascer a modalidade em torno dos modelos de maiores dimensões.
E a verdade é que cada vez mais temos estado a assistir a uma clara aposta por parte dos clubes, na escala 1/24. Não invalida isto, que os modelos de mais reduzida dimensão continuem a ter o seu espaço e razões para a sua existência, já que a exequibilidade de se brincar com a modalidade dentro de um espaço caseiro, se torna muito mais praticável, quanto mais pequenos forem os modelos.
Mas a verdade é que os clubes começaram a perceber a vantagem das máquinas de maior dimensão e a aposta na mais recente escala passou a ser nalguns casos, preponderante, tirando partido de questões estéticas e da reprodução de modelos competitivos que não resultariam de outra forma, colhendo ainda frutos da introdução de chassis metálicos que potenciam os comportamentos dinâmicos.
E daí termos começado a assistir a um cada vez maior número de competições pela quase generalidade dos clubes, sendo sem qualquer dúvida os fabricantes Scaleauto e BRM/TTS, os grandes responsáveis pela sua expansão. E se Ninco ainda chegou a fazer sem êxito a sua incursão pela escala 1/28, uma escala que aumentava as dimensões dos modelos, mas que os tornava menos volumosos para a dimensão das actuais pistas, a verdade é que terão sido os outros a levarem a água ao seu moinho, com a aposta na escala 1/24.
A introdução nesta escala de modelos que marcaram algumas gerações que se mantêm hoje como os verdadeiros amantes da modalidade, acabou por ser sobretudo na Europa, um dos factores preponderantes para o êxito a que temos vindo a assistir.
Mas acontece também quem tenha conseguido conciliar os benefícios de cada escala. A Revoslot conseguiu aliar a popular escala 1/32 à tecnologia dos chassis metálicos, proporcionando aos seus modelos comportamentos inegavelmente interessantes, tendo daí nascido deliciosas máquinas de competição. Mas a inegável verdade, é que a escala 1/24 tem vindo a galopar e a ganhar tremendo terreno com vista à sua supremacia nas competições clubísticas.
Deixemos então rolar os acontecimentos para verificar a verdadeira tendência, mas será quase certo que os mais pequenos bólides se verão dentro em breve em palpos de aranha, obrigando fabricantes a uma verdadeira revisão de intenções, ou a aplicarem-se e descobrirem o milagre para a sua manutenção no seio das competições mais ousadas.
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