A série dos Porsche 956/962 do fabricante
Slot.It, foi aquela que deu origem à produção da sua série dedicada aos modelos de Grupo C, tendo-se estes Porsche tornado hoje como a maior série de modelos alguma vez vista, em produção de um só fabricante.
Ao longo das sucessivas edições, a Slot.It tem tido o mérito de consecutivamente os conseguir evoluir, ao ponto do seu mais recente lançamento, o Porsche 962 IMSA, conseguir manter-se na linha da frente, quando pensamos em termos competitivos.
Ainda que por mim tidos como os melhores representantes dos modelos de Grupo C para as competições de slot car, os Nissan acabariam por ser preteridos relativamente ao mais histórico Grupo C do fabricante italiano. A minha paixão pela marca de Estugarda levou-me a uma escolha de coração, tendo optado mesmo pelo Porsche 962 IMSA, para a minha participação no último campeonato desta categoria em que participei.
Esta beleza vestida com as côres da "Budweiser" acabou por ser a escolha, para um campeonato que sabia, iria ser extremamente competitivo. Os adversários andavam assanhados e consciente da guerra aberta por eles imposta, levou-me a aprimorar na sua preparação.
Munido de jantes de magnésio no eixo de tracção e de plástico de reduzido diâmetro à frente, acabariam por ser parte da fórmula de um modelo que se viu montado com um berço equipado com um motor de origem NSR de caixa grande em posição anglewinder. Parte do resultado positivo que daqui resultou, deveu-se ainda à afinação dos parafusos de aperto do citado berço, bem como da montagem de suspensões de molas médias, tanto lateralmente como nos pontos de apoio mais recuados. Outra opção que fugiu aos equipamentos originais, foi a escolha de um patilhão de lâmina curta.
E acabaria por ser com ele que completaria o campeonato com um pleno de vitórias, sem qualquer contestação por parte dos competitivos Nissan que se fizeram presentes. De comportamento soberbo, dócil e capaz de proporcionar uma confiança absoluta, veio mostrar que a Slot.It tem ainda razões válidas para continuar a sua aposta num modelo que poucos ainda acreditariam como sendo competitivo, frente a uma concorrência cada vez mais refinada. E a mim surpreendeu-me também, pela verdadeira superioridade que conseguiu com ele naturalmente impôr.
Mas será a formula até agora utilizada, capaz de satisfazer aqueles que se queiram iniciar no capítulo da competição? No meu parecer, não. Isto porque jamais alguém que se queira aventurar competir a este nível, sairá dessa experiência, satisfeito.
São muitos os pontos a dominar, até que se chegue a um patamar de satisfação como o acima descrito. São anos de experiência a fazer e desfazer carros, apertar parafusos, rodar motores, enfim, muitas horas a competir e a abrir um gigante fosso entre iniciados e consagrados.
Portanto, seria razoável abrir em qualquer campeonato, uma segunda opção orientada a estreantes. A categoria aqui agora trazida dos Grupo C será um exemplo a considerar. Porque não reduzir ao mínimo o nível de preparação dos mesmos, optando-se apenas pela permissão da montagem de suspensões, algo que funcionará já como um verdadeiro quebra-cabeças, mas que proporcionará modelos mais agradáveis e os orientará já para o espírito da preparação a que cada um se verá mais tarde obrigado, no sentido da sua natural evolução.
E se comparar-mos um modelo de preparação ao mais alto nível com um de rudimentar preparação, as diferenças de andamento serão naturalmente, abismais.
Os mais básicos, equipados de motor de caixa pequena em posição inline, já com suspensões e com capas a cobrirem as jantes da frente, tornar-se-ão modelos interessantes e competitivos, o que me parece uma formula barata e perfeitamente condizente com as necessidades de quem se quer aventurar na experiência de se tornar piloto de slot cars.
Comparados um com o outro, percebem-se substanciais diferenças que farão com que um se posicione no patamar dos iniciados e outro, capaz das mais acesas disputas pelas vitórias.
Apesar da menor distância entre eixo traseiro/patilhão, o porsche 962 IMSA teve muito a ganhar, já que passou a delinear as trajectórias das curvas com maior eficácia.
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