sexta-feira, 4 de março de 2011

936 - Spirit

 O fabricante Spirit deixou em mim uma marca significativa, sobretudo pelas opções e escolhas que foi tomando enquanto fabricante.
Foram várias as opções que muito contente me deixaram. Fruto de uma criteriosa selecção, raras acabaram por ser as escolhas coincidentes com as dos retantes fabricantes. Na sua linha, BMW's e Porsches's foram escolhas que mais pareciam ter nascido na minha cabeça.
 Fervoroso adepto de máquinas alemãs, estas duas marcas, não posso negar, estão sempre debaixo da minha mira.
O modelo 936/81 que na verdade acabou por ser uma carro nascido em 1978 e que perdurou até 1981, sofreu uma paragem de participação apenas na edição de 1980 das 24 Horas de Le Mans, onde os alemães apostaram no modelo 936/80 e cuja linha se confunde com a do 936/77.
 A Spirit lançou para o mercado este fantástico 936 que foi rebaptizado pelos adeptos como, Porsche Jules.
Esta réplica encontra-se muito bem reproduzida, merecendo algum reparo apenas a tomada de ar que surge na lateral. Mal desenhada e com pouca profundidade, não se encontra de facto condizente com a realidade. Uma pena, uma vez que no geral se trata de uma muito boa representação.
 Mas o 936/81, representa a última participação desta série de modelos dedicados às grandes provas de resistência por parte da Porsche, pois para 1982, a marca alemã apresenta e surge com uma máquina imbatível por algumas épocas, o 956/962.
 Mas esta primeira carroçaria do 936 de aileron suportado por dois pilares puxados para a zona central e pontas curvas na direcção do asfalto, surge em 1978 e participa em Le Mans sob as bonitas cores da Martini e com a designação de 936/78. Contudo, o resultado não foi o esperado, tendo o modelo com o dorsal 6 sido batido por 5 voltas, pelo Renault 2.0L V6 Turbo A442B.


 O modelo Nº5 ficou pior, ocupando no final apenas a 27ª posição.
 Em 1979 o resultado foi mais catastrófico. O 936 que recebia então a designação de 936/79 e surgia com as cores da "Essex", era vergonhosamente batido pelo modelo privado da Porshe, um Kremer 935/K3 (Numero Reservé-Nº41). Problemas de vária ordem ditaram um decalabro absoluto para estes modelos.
 O Nº14 classificou-se em 28º e o Nº12 ficou um pouco pior, classificando-se apenas na 32ª posição da geral.
 Para 1980 este modelo foi substituído pelo Porsche de carroçaria anterior.
Uma frente mais curta e pronunciada e sobretudo um aileron suportado nas extremidades por duas grandes derivas verticais, modificam de todo, a imagem destes Porsche 936.
Mas também não foi desta, tendo a Porsche sido batida pelo caseiro construtor privado Jean Rondeau, que leva a melhor por duas volas, com o Rondeau M379, propulsionado por uma motorização atmosférica, um Ford Cosworth DFV 3.0L V8.

E 1981 proporcionou o regresso à glória por parte da Porsche, justamente com o modelo 936/81 que a Spirit tão bem nos soube trazer para ao Slot. Mas apesar de tudo ter em seu poder, este fabricante apenas produziu o modelo vencedor, não tendo sequer o Nº12 chegado a ver as luzes da ribalta.
Fala-se que este fabricante faliu, o que assim sendo, nos  priva de chegar a ver os restantes, da Martini e Essex.
Uma pena.....

quarta-feira, 2 de março de 2011

Más Slot

O próximo número da revista Más Slot, para além duma amostragem detalhada do novo "Kremer" da Avant Slot, mostra-nos as novidades de Nurembergue.
Não perca este número

Ferrari 166 MM Barchetta - Ninco

 1949, é um ano marcante nas hostes italianas da Ferrari.
Através da sua "barchetta" 166 MM, deu o pontapé de saída para o primeiro de uma série de êxitos e de primazia que exerceu durante alguns anos.
Este pequeno modelo que pelas suas dimensões exteriores não fazia crer que integrava um poderoso V12, acabou por ser o primeiro representante da Ferrari a preencher a galeria dos extraordinários eleitos como vencedores das 24 Horas de Le mans.
Através do fabricante Ninco que o editou com a referência 50166 e o integrou como primeira referência naquela que viria  por ser a sua série dedicada aos modelos clássicos, acabamos por poder desfrutar deste glorioso e histórico Ferrari, na galeria de modelos capazes de por si só, se deslocarem em apropriado terreno para com outros modelos, se poder também bater na procura de uma outra qualquer glória, que nos preencha o ego.
Sem brilhantismo que nos possa verdadeiramente surpreender, não podemos também descurar que se trata de uma maqueta muito bem reproduzida. Também já a matéria prima base assim não o permitiria, uma vez que se tratam de linhas bastante vulgares e simples, o que impede que se veja uma miniatura carregada de surpreendentes pormenores.
O essencial está lá, numa reprodução onde faltará apenas um contorno da grelha frontal a branco e um farol suplementar, também na base da parte central da mesma grelha.
Qunto ao resto, trata-se de um modelo básico equipado com um motor NC-1 deste fabricante.
Excelente clássico, com lugar de eleição em qualquer estante dos apaixonados do cavalinho da Ferrari.

terça-feira, 1 de março de 2011

956 da Joest

A Porsche teve no modelo 956 e mais tarde baptizado de 962, o grande sucessor do seu grande ícone 917, modelo este que conseguiu a primeira glória para a marca, na mais mítica de todas as resistências, Le Mans.
O novo modelo da marca e que teve estreia vitoriosa na citada clássica em 1982 através da obtenção dos três primeiros lugares absolutos, doze anos após o seu grande êxito com o 917, acabou por ver na privada "Joest" que participava com modelo idêntico aos oficiais, um grande e sério adversário nos anos de 1984 e 1985 e que viriam mesmo a triunfar em ambos os anos. 1986 poderia ter visto continuado este êxito dos carros amarelo e preto, não tivesse sido a entrada do Pace Car a obrigar os carros a circular demasiado lento de forma a não permitir o necessário arrefecimento dos motores, o que viria a causar fatal quebra do citado órgão mecânico.

 O fabricante Slot.It ofereceu-nos estas prendas integradas na sua série dedicada aos modelos vencedores das 24 Horas de Le Mans. O modelo de 1984 é facilmente identificado pelo grandioso logótipo da "Pierlant" na zona frontal, imediatamente acima do seu principal sponsor, a New Man. Relembre-se por curiosidade, que esta equipa alemã era na altura liderada pelo português Domingos Piedade e que mais tarde viria a assumir igual lugar de destaque na equipa "AMG" que inscrevia os Mercedes no campeonato DTM.

 Na mesma série de vencedores de Le Mans, a Slot.It editou ainda essa histórica vitória da Porsche em 1982, em que os três primeiros lugares foram obtidos pela mesma ordem sequencial dos dorsais dos modelos.

 E quanto aos bonitos modelos "New Man", hoje já alvo de alguma cobiça por parte de coleccionadores e amantes da marca, tratam-se de dois 956 em quase tudo iguais, sobressaindo as maiores diferenças ao nível das suas decorações, apesar de também aqui, não serem verdadeiramente significativas.
 De pintura basicamente inalterada, a colocações de novos posicionamentos de patrocínios, ou a mudança das cores da petrolífera BP, a fazerem a subtil distinção entre ambos.
 Nos pneus, a marca Dunlop mudou do branco para o amarelo.
 O tampão do combustível surge também ligeiramente modificado.
 Os radiadores existentes nos pontões laterais, surgem melhorados, fazendo parte dos ligeiros melhoramentos que esta carroçaria tem vindo a sofrer desde que foi editado o primeiro 956 deste fabricante.

 Mecânicamente, poderemos apontar como sendo mesmo a mais significativa das alterações, pois o original chassis que admitia apenas motor em posição Inline, permite agora a adopção de motor boxer em posição Anglewinder, embora o conceito de série continue a passar pela adopção do motor de caixa pequena em posição Inline. Também a motorização mais recente é a de tampa laranja e o berço é algo distinto do primeiro. Pode reparar-se por exemplo na zona de encaixe do íman.
Tratam-se os dois, de um dos também mais bem sucedidos modelos deste fabricante e sobretudo, dois cobiçados modelos de colecção.

Comunicação

Vem este Blog dar a penosa notícia do falecimento da mãe do nosso amigo e praticante, Francisco Matos "sénior".

O funeral realiza-se hoje pelas 10.30, em Gandarela.

O grupo de amigos e praticantes do Slot de Braga, vem por este meio juntar-se à tristeza que assolou este nosso amigo.

Sinceras condolências do núcleo slotista da Braga, amigo Matos.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

MG Metro

 Tal como tantos outros modelos, o MG Metro 6R4 passou por inúmeras fases de desenvolvimento, até à etapa final que era, integrar a caravana de modelos inscritos no Mundial de Ralis.


 Até chegar à bombinha que preencheu os nossos encantos dos afamados e saudosos tempos dos Grupo B, este modelo foi alterando as suas formas exteriores e também os pormenores mais escondidos e directamente relacionados com as evoluções tecnológicas e mecânicas.


 E por se tratar de um modelo de tão reduzidas dimensões, houve que reestruturar exteriormente partes do modelo que inicialmente se mantinham mais próximas do modelo de série.
É o caso do capôt da frente (imagens de cima e de baixo), onde inicialmente os amortecedores causaram alguns problemas, obrigando ao acrescento do mesmo em altura, para que melhor coubessem e se tornasse viável o efectivo funcionamento dos citados órgãos.

Em termos de Campeonato do Mundo de Ralis, acabou por ser um dos modelos com menos brilhantismo, não registando grande número de significativos êxitos. No entanto, a sua pequena imagem causou sensação e marcou-nos muito, pelo similar impacto tipo "David e Golias".
E a recentemente chegada MSC, deu-nos a alegria de podermos usufruir deste modelo, à nossa escala, aquela que nos permite a nós apaixonados pelos automóveis, relembrar e brilhar também à escala.

O modelo aqui mostrado, respeita à réplica do participante no Rali de San Remo em 1986 e tripulado pela dupla Malcolm Wilson / Nigel Harris.
Trata-se de um dos mais interessantes modelos de Slot atá à data. De excelente reprodução, quando em pista, recria-nos com bastante exactidão a realidade.
Como se não bastasse, depois e substituídos alguns órgãos menos performantes que equipam o modelo de série, transforma-se de imediato numa ameaça aos mais sérios candidatos do nosso mundo de ralis.
Como notas críticas a este modelo, poderemos referir que o acrescento de borracha ao spoiler frontal, não deveria ser preto mas numa cor mais amarelada, conforme se pode verificar na última imagem do modelo verdadeiro que acima se mostra.
Também o limite mais frontal dos alargamentos da carroçaria e que cobrem as rodas, se encontrarem demasiado vincados para dentro, o que impossibilita o cobrimento na sua totalidade, das rodas da frente. Um erro de molde que não permite correcção, mas que também estou certo, escapará aos menos atentos a estes pormenores.
Quanto ao resto, trata-se de uma soberba reprodução, onde o interior apresenta pormenor considerável, embora feito numa matéria extremamente leve.
As tiras negras que servem de batente entre os alargamentos das rodas traseiras e a carroçaria, são também surpreendentemente, em borracha. É de facto um pormenor curioso e invulgar, pois seria bem mais fácil representar esse relevo no molde e posteriormente pintar de preto.

Outro ponto fraco que poderá ser verificado, prende-se com a representação dos faróis. Aqui estamos muito aquém do que hoje em dia se faz. De muito pouco realismo, falharam ainda quando deixaram o fundo dos mesmos, na mesma cor da carroçaria. Podiam pelo menos ter pintado essa parte de prateado.
Mas no seu todo é daqueles modelos que, ou na estante do coleccionador, ou na mala de um campeão, terá sempre lugar garantido.

Novas referências SCX

 Mais duas novas referências para modelos da SCX, chegam ao mercado.
Tratam-se do bonito C4 WRC que P. Solberg levou ao Mundial de Ralis no ano transacto e mais uma versão para o interessante Plymouth Barracuda.
Nada de verdadeiramente novo....

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Mais uma trapaceirice da nossa amiga SCX.
Editado que foi o Maxi Turbo deste fabricante e que considero de qualidade muito razoável com a excepção das ridículas jantes de que o equiparam, surge agora a edição da primitiva versão do 5 Turbo deste histórico modelo da marca Renault. Mas ao que parece, o próprio fabricante encontra-se equivocado, ao referenciá-lo, tal como se pode constactar no folheto que se publica, "Renault 5 Maxiturbo".
Fico sem palavras....




No seu extraordinário curriculum, a histórica vitória em Monte-Carlo em 1981, pelas mãos de Jean Ragnotti. Não estando a maqueta muito longe da realidade, podemos garantir que se encontra muito longe da produção Fly. Mas o que se encontra absolutamente errado, é o pára-choques frontal que corresponde a uma evolução deste modelo e que fez parte do modelo de Joaquim Moutinho que saiu vencedor do Rali de Portugal em 1986 e onde surgem já nele integrados dois grandes faróis redondos e nas suas extremidades, os piscas em posição vertical.




As jantes que alinham pela mesma bitola do Maxi Turbo, tornam o conjunto ridículo.
Portanto, mais uma desagradável imprecisão deste fabricante.