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quarta-feira, 21 de março de 2012

Coleccionismo - Comparativo - Porsche 908 LH 1969

O vulgar drama com que qualquer coleccionador se defronta, é com a melhor escolha possível na hora da aquisição daquele modelo que se encontra em falta. 1969, foi o ano da épica batalha entre Ford e Porsche, passando o modelo alemão a ocupar um lugar especial no coração dos amantes da marca germânica.
 Esse drama intensifica-se, quando perante factos, o coleccionador vai determinando que por uma razão ou por outra, afinal nenhuma das produções existentes, se encontram ao melhor nível, ao nível do seu grau de exigência.
Encontramo-nos neste caso, perante duas produções à escala 1/43, sendo uma da Ebbro e outra da Minichamps.
 Estas duas imagens mostram-nos no imediato, um modelo de tonalidade branca ligeiramente mais escura (Ebbro) e outra mais clara e com um tom de vermelho, bem mais vivo (Minichamps). Além disso, o modelo da Minichamps contempla um circulo como fundo do dorsal 64 na porta do lado direito, mas ausência do respectivo número, no capôt traseiro. Algo de muito errado se passará então.
 Mas o drama do coleccionador toma novas proporções, quando a quantidade e qualidade dos documentos necessários para determinar qual deles se encontrará mais correcto, são imprecisos e escasseiam. É o caso das imagens do lado direito deste 908, inexistentes, pelo menos nas pesquisas por mim conseguidas. Daí não conseguir certezas, sobre qual deles se encontrará de facto dentro dos padrões da realidade. Terá sido uma questão de embelezamento por parte da Minichamps, a criação do fundo circular para o número na porta? Terá a Ebbro errado? Assim, remeto-me à continuação de uma dúvida que persistirá.

 Mas é certa a existência do número sobre o capôt-motor, pois as imagens da sua participação em Le Mans, assim o demonstram.
 Assim sendo, a Minichamps comete um erro crasso. Incompreensível. Nem número, nem o iluminador do mesmo, pormenores em que o rival acerta em cheio.
 Em cima podemos ver uma imagem da época e da sua participação na histórica edição e em baixo, o modelo que o representa, em exposição no museu da marca, o extraordinário museu da Porsche. Servem estas imagens, para podermos verificar que uma coisa não tem real correspondência com a outra, já que o número 64, surge em ambos com distinta posição. Observe-se que na imagem de baixo, este surge inclinado, quando deveria surgir direito, tal como se vê na miniatura.
 A forma como estão representados os stop's, parecem-me melhores também, no minimodelo da Ebbro, mais volumosos e arredondados.

 Na zona da secção frontal, embora o modelo da Minichamps detenha um capôt mais correcto, a forma da campânula dos seus faróis não se encontra convincente, parecendo antes mais correcta no modelo do fabricante Ebbro.
 O modelo de exposição que abaixo se mostra, continua a provar que não se trata do modelo verdadeiro que participou em Le Mans em 1969, já que as tomadas de ar frontais laterais, mais pequenas, se encontram uma em posição horizontal e a outra na vertical. Na verdade, as miniaturas é que se encontram correctas, já que essas tomadas de ar são ambas horizontais e não conforme a imagem de baixo nos mostra. Trata-se afinal de uma versão do Porsche 908, mas não do histórico modelo participante nessa mítica edição.
 Curioso é observar-se a existência de uma tampa situada entre o capôt frontal e o farol esquerdo e que surge representado no minimodelo da Minichamps, mas não no da Ebro. Mas será que esta era existente na verdade? Aqui, tal como mencionado, estamos perante um modelo de museu e logo, a dúvida persistirá.
 Em baixo, um outro modelo mas também 908 LH, mostra como o capôt frontal do minimodelo da Minichamps se encontra mais correcto.
 O interior correspondente à representação da secção traseira onde se situa o motor, encontra-se mais detalhado na representação da Ebbro. Quanto às bandeiras dos pilotos, se num modelo parecem pequenas, no outro já sugerem excesso de tamanho.


 O formato das cavas das rodas da frente surgem melhores no Minichamps, já que na versão da Ebbro estas se encontram demasiado fechadas, tapando em exagero as rodas.
 O mesmo acontece atrás para além de umas jantes melhor representadas e ainda a existência da marca do fabricante dos pneus, gravada no próprio pneu. É dos aspectos em que mais falha a Ebbro.
Mas no fundo, se calhar nenhum deles agradará ao mais exigente dos coleccionadores, pois as deficiências encontradas contrariam a apetência pela perfeição.

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