BRM começa já a mostrar-se como uma referência no mundo dos slot cars à escala 1/24. Na verdade trata-se de uma escala com muito para percorrer em Portugal, mas países há onde já demonstra uma abrangência de mercado significativa.
Estamos em crer que algumas das criações da BRM começam hoje a chamar algum do público que se encontrava afastado desta escala. Exemplo disso são os recentes NSU e Simca 1000, que conseguiram uma inesperada simpatia por parte dos aficionados que dum modo geral se mostravam fiéis seguidores da mais comum escala 1/32. Agora com a chegada dos Ferrari 512M e dos Porsche 917K, parece estarem a abarcar outra franja de apaixonados praticantes da modalidade e a quebrar essa raíz que os liga aos modelos mais pequenos. A réplica do modelo vencedor de Le Mans no ano de 1971, acaba por ser disso a prova. Mas a excelência foi elaborada de modo a permitir-se a chegada ao limite. Isto é, a partir de um modelo e duma versão, conseguiram três possíveis metas e cada uma delas com o seu interesse. Tratam-se de três distintos modelos, um quase despido de decoração e correspondente à versão de qualificação, um segundo que representa esse mesmo Porsche mas já decorado de acordo com a versão que iniciou a maratona e a terceira, representando a versão final da prova.
Pois bem, aqui deixamos imagens de duas dessas três versões, de onde se encontra ausente a versão de qualificação.
Trata.-se já por si de um modelo histórico, fantástico e carregadíssimo de significado para as hostes germânicas. Esta réplica não cumprirá a totalidade dos predicados que se lhe exigiria, mas não conseguimos de modo algum ficar nada indiferentes a tão soberba criação.
Com o propósito de um maior impacto, a versão suja e que representa a versão que cortou a meta em primeiro lugar ao fim da maratona de 24 horas, exagerou-se na quantidade desse mesmo efeito. Não lhe fica mal, mas na realidade a versão vencedora encontrava-se mais apresentável.
Em baixo, o modelo tal como iniciou a clássica francesa.
Mas a BRM teve ainda o cuidado de representar a versão suja e sem o vidro dos faróis do lado esquerdo, tal como aconteceu na realidade durante parte da prova. Mas se assim o fez, a BRM também não se esqueceu daqueles que talvez não apreciem tanto esta deformação e fá-lo acompanhar em separado, desse mesmo vidro.
Desta forma e a quem o desejar, torna-se possível a sua aplicação. Através de fita de prata com a qual se faz também acompanhar, pode-se recriar a situação da sua montagem nas boxes por parte dos mecânicos oficiais.
A imagem de baixo mostra perfeitamente a ausência do grande vidro do farol esquerdo.
Quanto à sujidade, encontra-se claramente exagerada....
Algumas incorrecções seriam possíveis de apontar, mas na verdade esta criação encontra-se tão encantadora, que nos abstemos de o fazer. Preferimos dar primazia à simples apreciação deste magnífico exemplar...
A qualidade da representação dos seus pneus, será um dos pontos de excelência.
Parabéns BRM, venham mais destes....mas se possível, mais correctos....