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sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Mas que surpresa - BRM

 Afinal, os 1300 de origem BRM / TTS, são muito mais do que as encantadoras criaturas que os nossos olhos enxergam.
Se o encanto que nos provocam é já de todos conhecido, o que estava ainda por perceber aqui por este burgo, prendia-se com as possibilidades dinâmicas que dali poderiam advir.
 De reduzida dimensão, não muito largos mas sobretudo com carroçarias de altura considerável quando comparados com os modelos da escala 1/32, suspeitava eu de que haveria de se recorrer a alguma habilidade e malabarismo para conseguir que não se desatasse de um momento para o outro, em descontroladas cambalhotas.
 A pista de testes foi a permanente de origem Ninco existente no Guimarães Slot Clube, o que me levava a acreditar mais depressa ainda, que os dotes de pilotagem seriam primordiais na tentativa de não desfazer as pérolas na primeira curva, já que os plásticos Carrera me pareciam mais adequados ao permitir que as derrapagens acabassem por beneficiar o comportamento destes pequerruchos da escala 1/24.
 Mas a surpresa foi total. A velocidade ainda que não sendo elevada, parece-me perfeitamente aceitável, havendo sempre a possibilidade de alterar a corrente dos 12V que serviram para o pequeno teste, para 13 ou até 15 V. Mas foi nas curvas que os pequerruchos mostraram um potencial verdadeiramente inacreditável. A verdade é que depois de começarmos a apertar o andamento, começamos a perceber que para se saír, parece estarmos perante uma missão impossível.
Para isso não serão estranhos o patilhão que parece bem concebido, mas sobretudo o seu chassis metálico que permite ao conjunto um centro de gravidade extremamente baixo.
Note-se que serviram de primeiro teste, modelos perfeitamente de série, o que nos leva a pensar que após alguns acertos de afinação, poderão mostrar-se francamente melhores ainda.
Embora me tivesse servido apenas do Mini e do Simca 1000 para este pequeno teste, ficou a ideia de que talvez fruto do seu menor peso, o Mini tem mais velocidade e que o Simca terá mais tendência para abanar a traseira. Mas nós sabemos que quando se chegar ao capítulo competitivo, os pilotos vão conseguir colmatar alguns dos pequenos defeitos que cada modelo apresenta. E falta também perceber o que valerão o NSU TT e o Fiat 1000 Abarth, mas estou convicto de que um campeonato com estas bombinhas se precisa, ainda que possa ser Ninco o terreno para as batalhas.

domingo, 23 de dezembro de 2018

E o que virá agora aí? BRM

 Tendo iniciado as suas criações com a reprodução de modelos do Grupo C, rápidamente começou a explorar outras categorias, como os Renault Megane Trophy e modelos da categoria GT. No entanto, terá sido o desafio proposto por praticantes americanos para a recriação dos extraordinários "Muscle Car" que terão forçado o verdadeiro incremento para o sucesso no seio da modalidade à escala 1/24, por parte da BRM.
 Estes acabaram por se transformar num verdadeiro êxito e acabaria mesmo por fornecer os dados para a verdadeira fonte de inspiração ligada aos modelos europeus.
 Camaro e Mustang, dois verdadeiros modelos de sonho e plenos de êxito não só no seu terreno de eleição que foi os Estados Unidos, mas também pelos quatro cantos do mundo.
 E claro que se essa formula funcionou com os carros da terra do Tio Sam, então porque não tentar com os heróis da velha Europa?
Nasciam assim numa primeira fase o NSU TT e o Simca 1000 Rally 2, ao que se seguiriam o Renault  8 Gordini, Fiat 1000 Abarth e o Mini Cooper S.

 E acabaria esta iniciativa no imediato por cativar os adeptos, pois cada um deles arrasta consigo paixões. Mas não foi só o encantamento dos adeptos a motivar a aproximação dos praticantes a estas verdadeiras preciosidades. Pela primeira vez na história do slot car, eram-nos oferecidos modelos dotados de camber negativo no eixo posterior, algo possível pela adopção de um cardan e dois semi-eixos, provocando uma maior proximidade visual com algo característico nestes modelos de tracção traseira, à excepção é claro, do Mini Cooper que tal como sabemos, dispõe na realidade de tracção dianteira. No entanto, a esta escala optou-se por desvirtuar um pouco a realidade e dotar o Mini de igual tracção posterior.

 E assumido o êxito através do rápido desaparecimento no mercado de algumas destas peças que servem não só os intentos dos praticantes da modalidade mas enchem também algumas estantes de coleccionadores, parece que o filão de modelos a recriar não terá muito mais por onde explorar.
E assim sendo, a BRM anunciou já a próxima vaga de modelos com enorme poder de hipnotização dos apaixonados pelos automóveis e praticantes dos slot car. E que melhor escolha poderiam ter feito?
Na realidade, o Ford Escort MK I representa uma enorme página dos desporto automóvel mundial, com marcantes êxitos tanto no capítulo da velocidade, dos ralis e até nalgumas provas maratona, como foi o êxito conseguido prova Londres-México. Conquistou e deu a conquistar vários títulos mundiais, para além dos inúmeros títulos nacionais espalhados por todo o mundo.
 Parece-me sem dúvida uma aposta mais do que acertada a escolha deste modelo, permitindo-se ainda a BRM a uma panóplia de possíveis escolhas em termos de opções cromáticas
 E anunciam-se para já e tal como tem vindo a acontecer com as anteriores edições, quatro versões distintas. Claro que outras se seguirão, o que facilitará a nossa opção.

 Mas a questão que agora se me pôe é quais serão os modelos que à semelhança da série dos 1000/1300, se lhe seguirão. As opções são inúmeras, mas o que é que gostaríamos mesmo de ver retratado?
 Da minha parte, pelo menos o Ford Capri, Alfa Romeo GTV e BMW 2002 eram uma prioridade absoluta. Depois destes, também via com bons olhos a chegada dos Opel Commodore, BMW 2800 CS, num lote que poderia ser estendido a outros menos comuns, mas que não deixam de ser verdadeiros ícones do automobilismo, como os Chevrolet Camaro, Toyota Celica .....










Agora aguardemos para perceber quais serão afinal as intenções deste fabricante que nos tem vindo a encher as medidas...

sábado, 22 de dezembro de 2018

Início da Guerra Fria

 O esperadíssimo Mini chegou recentemente ao mercado, para gáudio de um bom número de aficionados da modalidade slot car. A BRM acabou assim por fazer transbordar felicidade a um bom número de adeptos da modalidade, assim como consegue desta forma enriquecer o lote de belíssimos modelos que se enquadrarão na "sub classe" dos 1000, à escala 1/24. Mas isto acontece, enquanto a nova vaga encabeçada pelo já anunciado Ford Escort MK I e ao que se espera se sigam muitos outros modelos das gloriosas épocas dos anos 60 e 70 do século passado, não açambarca o mercado dos "mais apetitosos".
 E este novo Mini embora apresente alguns pormenores menos interessantes, como serão os casos do capôt-motor abaixo do nível certo e uma grelha que se deveria apresentar um tudo nada mais alta e uma dimensão de rodas que acabará por ser o mais chocante apesar de beneficiar de alguma forma a rendibilidade do modelo, não deixa por essas razões de se mostrar uma verdadeira delícia e regalo à luz dos nossos olhos.

Mas a sua chegada veio completar o lote de quatro distintos modelos, para que a guerra entre os 1000 se inicie. É certo que ainda muito pouco se saberá acerca do comportamento e fiabilidade destas prometedoras bombinhas e daí, todo o grupo de aficionados que se apronta para as batalhas no "Guimarães Slot Clube" se encontrar quase em pé de guerra.
O lote de quatro possíveis escolhas está a gerar ânsia e expectativa entre aqueles que se encontram interessados em alinhar no que parece virem a ser, muito interessantes lutas encima dos plásticos dos slot car. E para isso e porque oferece muito melhores condições para estas escalas, este clube vimaranense apronta-se para apresentar a sua pista permanente da marca "Carrera".
Mas a pergunta que assola os praticantes é basicamente a mesma. "Qual dos quatro apresentará melhores argumentos? A opção poderá ser difícil e no caso de não vir a ser o coração a determinar a escolha, aqui vos deixo alguns elementos que poderão constituir argumentos para uma possível decisão. E não, não é uma questão de patrocinador, porque aí poderá ser mais o coraçãozinho a mandar. Vamos a factos, já que existem parâmetros a considerar e que poderão influenciar na hora de deitar mãos-à-obra.
Iniciemos uma análise em que os pesos de cada um, merecerão especial atenção.

 

Esta primeira análise determinou que neste particular o Mini se encontra bastante beneficiado relativamente aos outros três modelos, o que poderá ser determinante.
E assim teremos:
1º - Mini Cooper - 90 gr - 4 Pontos
2º - Fiat 1000 Abarth - 120,6 gr - 3 Pontos
3º - NSU TT - 132,2 gr - 2 Pontos
4º - Simca 1000 - 137,6 gr - 1 Ponto

Passemos agora a analisar as dimensões comparativas. Básicamente, serão a distancia entre eixo posterior e patilhão, a largura do eixo posterior e as dimensões da carroçaria a serem consideradas, bem como a altura das mesmas.
Entre o Mini e o Fiat, parece com clara vantagem o modelo italiano, já que é ainda substancial a diferença da medida entre eixo posterior e o patilhão. Se atendermos a que o terreno de eleição para estes diamantes brilharem se chama "Carrera", onde as curvas muito apertada não serão tão apertadas assim, o modelo inglês poderá estar a perder pontos preciosos.
 Mas já quando comparado o Fiat com o NSU, será o modelo alemão a tirar melhor partido deste parâmetro.
Já entre o modelo francês e o alemão, a coisa equiparar-se-à. É tempo então de concluir que:
1º - Simca 1000 / NSU TT - 4 Pontos
3º - Fiat Abarth - 2 Pontos
4º - Mini Cooper - 1 Ponto

Versemos agora as larguras dos eixos posteriores, aquele de que qualquer modelo mais partido tira em curva, na hora de cerrar os dentes. 
O Simca 1000 é claramente mais largo que qualquer um dos outros 3, logo seguido do Mini, com quase a mesma largura.
O Fiat 600 acaba por ser o mais estreito dos quatro pequenos heróis.
Então a classificação deste parâmetro ficará assim ordenada:
1º - Simca 1000 - 4 Pontos
2º - Mini - 3 Pontos
3º - NSU TT - 2 Pontos
4º - Fiat 600 - 1 Ponto

 Embora não pareça, ao nível das alturas totais é o Mini que ganha vantagem, seguido de outra surpresa chamada Simca. E assim, o Fiat acaba por se vêr relegado para a quarta posição, uma vez que também o NSU consegue assumir uma menor cota.

 Quanto ao comprimento máximo das carroçarias, NSU e Simca 100o acabam por ser claramente batidos tanto pelo Fiat, como pelo Mini, cabendo a este último novamente, a maior vantagem. E entre Simca e NSU, tratando-se do mesmo tipo de carroçaria de três volumes, a vantagem recai sobre o modelo francês, já que uma maior capota bem como uma maior traseira, poderão vir a beneficiá-lo frente ao directo rival.
Teremos então relativamente às alturas totais, a seguinte classificação:
1º - Mini Cooper - 4 Pontos
2º - Simca 1000 - 3 Pontos
3º - NSU TT - 2 Pontos
4º - Fiat Abarth - 1 Ponto

E qanto ao comprimento das carroçraias, a ordem será a seguinte:
1º Mini Cooper - 4 Pontos
2º - Fiat Abarth - 3 Pontos
3º - Simca 1000 - 2 Pontos
4º - NSU TT - 1 Ponto

E se este empírico estudo valesse alguma coisa, então teríamos um resultado final que imporia categóricamente o novato, com um total de 16 pontos. Com 14 pontos ficaria o Simca 1000 na segunda posição. 11 pontos foram atribuídos ao NSU, o que o posiciona no terceiro lugar com uma vantagem de um ponto sobre o Fiat Abarth.
Mas é nas pistas que as dinâmicas se estudam verdadeiramente e é aí que veremos o verdadeiro valôr de cada uma destas gloriosas máquinas. Contudo, poderá este estudo servir de orientação para alguns, visto nem todos pensar-mos de igual maneira e termos as nossas próprias interpretações.
Então bom trabalho, mas sobretudo, boas apostas...