O Ford GT40, terá sido porventura dos modelos mais explorados no mundo das reproduções para o Slot.
Desde os tempos da longínqua Cox e Scalextric/SCX, que nos é lembrado este histórico da Ford. Mais recentemente, Scalextric/Superslot, Fly, NSR e Slot.It, fizeram-nos reviver este valente das competições de longa duração. No entanto veremos apenas imagens das séries MKI e MKII, desprezando os MKIV que tanto a NSR como a MRRC produziram, pois tratam-se ambos de modelos bem distintos destes dois primeiros.
O que agora se mostra, representa o modelo vencedor de Le Mans em 1969. Este, uma produção da Scalextric inglesa, foi a primeira reprodução a ser editada dentro das séries de última geração, tendo a Slot.It muito recentemente editado este mesmo modelo, na sua série dedicada aos modelos vencedores da clássica francesa. Poderemos dizer que se trata de uma reprodução com algumas falhas ao nível da sua linha geral, mas sobretudo fazendo realçar alguns erros mais grosseiros, como a inexistência das pequenas janelas de arejamento acima dos stop's, bem como a existência da lâmina no limite superior do capôt traseiro, absolutamente inexistente nesta versão. Também uma frente demasiado arredondada e a cor azul no interior das ópticas, merecem referência pela negativa, bem como uma reprodução do conjunto jante/pneu mal proporcionado e mal conseguido, sugerindo dimensões exageradamente grandes.
Quanto ao seu comportamento em pista, deve referir-se que enquanto dotado de efeito magnético se trata de uma verdadeira surpresa, acusando efeito inverso quando desprovido do milagroso imane.
Já a reprodução da Slot.It, mostra-se de uma qualidade invulgar, aliás coisa a que já nos começamos a habituar neste fabricante. Como estes modelos são aproveitados invariavelmente desprovidos do original efeito magnético, devo referir que se tratará talvez, de um dos piores modelos clássicos deste fabricante. São necessários alguns truques para o tornar verdadeiramente competitivo, o que não será tão comum assim neste fabricante.
A Fly trouxe também até nós em devido tempo, este modelo. Talvez dos três, seja aquele que melhor reproduz as jantes. No entanto e apesar de uma correcta representação da linha do modelo, apresenta-se com a uma cava da roda frontal extremamente apertada, o que lhe proporciona um visual a esse nível, verdadeiramente desastroso. Teve a Fly no entanto o condão, de editar uma rara versão originalmente descapotada e que serviu de modelo específico para a rodagem do filme que ainda hoje todos os amantes dos automóveis bem recordam, "
24 Horas de Le Mans". É afinal um modelo único, e a Fly trouxe-o até nós.
No campo da sua desenvoltura dinâmica, inversamente ao que se passa com a Slot.It, este terá sido dos melhores clássicos desenvolvidos por este fabricante. É claro que para que se possa desfrutar de algum prazer na sua condução, são necessários alguns desenvolvimentos, através de apostas em algum material da concorrência.
Mas no campo das raridades, também a Slot.It nos permitiu desfrutar de um exemplar verdadeiramente raro, um Ford GT40 de transição entre a versão MKI e MKII, num desenvolvimento conseguido por Allen Mann. A parte correspondente à traseira deste Ford GT40, com as suas trombetas negras, não é mais do que o capôt do MKI dotado do grupo óptico do que viria a ser o MKII.Também as mencionadas trombetas, fizeram parte da série II deste modelo.
E quando anuncio que se trata de uma versão rara, poderei adiantar que auguro que venha a assumir o mesmo adjectivo também em termos da própria miniatura, pois não haverá muitas mais versões assim representadas, o que refreará por parte do fabricante, a edição de mais destes modelos. Assim, talvez se venha a assumir como uma das raridades no mundo do Slot.
Se a isto assumirmos que tendo este sido a estreia da Slot.It na edição do Ford GT40 e que por essa razão muitos se tenham destruído com o início da sua estreia na chegada às pistas, então poderemos estar a encarar mesmo, um caso muito sério de raridade.
Dinâmicamente, o que já foi dito relativamente ao modelo anteriormente abordado, assenta-lhe que nem uma luva.
O fabricante inglês Scalextric aquando da sua edição do Ford GT40, fez em simultâneo o lançamento tanto da versão MKI como do MKII. E poderemos acrescentar que os problemas que a versão MKI registava ao nível da traseira, não se põe agora nesta série. Quanto às restantes situações mais anómalas e já indicadas na anterior versão, essas sim, mantêm-se.
A Fly teve idêntico procedimento relativamente à produção da Scalextric/Superslot, já que editou quase em simultâneo tanto a série MKI como MKII. E igualmente, verifica-se que os erros anteriormente verificados ao nível da cava da roda da frente, são também aqui mantidos. Uma pena, já que o visual de que se usufrui, choca e ofusca o bom trabalho existente na totalidade da carroçaria. Dinâmicamente e uma vez que repartem o mesmo conceito, encontramo-nos perante similar comportamento, não havendo aspectos significativos a acrescentar.
Mais recentemente, foi a NSR que chegou aos mercados, com uma versão do MKII. De carroçaria de nível geral bem conseguido, proporcionado e esteticamente muito agradável, apresenta o mais chocante de todos os defeitos observados em todos os modelos. O grupo óptico que deveria existir à frente e abaixo dos principais, simplesmente, não existe. Um grosseiro erro que actualmente foi corrigido, mas que levou a que o fabricante não tivesse evitado a chegada ao mercado de bastantes destas unidades, mas que mesmo assim levou a que a NSR se visse obrigada a mandar desfazer uns milhares de carroçarias.
Em termos dinâmicos, será o modelo com maior êxito imediato, de entre a totalidade dos GT40 até nós chegados, desta última geração de modelos de Slot.
Mas tivemos já também oportunidade de ver numa produção da Slot.It, chegar a terceira versão deste fabricante, um puro GT40 MKII. Trata-se uma vez mais, de uma bela reprodução onde pouco haverá a apontar, a não ser o indesejado menor êxito dinâmico que estes modelos acarretam e que não desejamos.
Porém, com arte e engenho, mãos laboriosas conseguem fazer dele também, um modelo altamente competitivo. No entanto fica a nota, de que não se trata de arte para qualquer um.