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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Os dois primeiros modelos com patrocínio Jagermeister

 Falar de Jagermeister associado aos automóveis, é estar-mos a falar de bonitos carros que se popularizaram na côr laranja. Pois é, mas foi a verde e a amarelo que tudo se iniciou.
Os primeiros patrocínios foram entregues em 1972 a Eckhard Schimpf, o principal responsável de marketing da própria marca de licôres, cujo Porsche 914/6 surgiria na côr verde característico do preparador Max Moritz e ao qual havia sido comprado na véspera da sua participação no Wolfenbüttel Slalom que decorreu no dia 3 de Abril de 1972 e também a Dieter Bohnhorst que utilizava um dos raros Porsche 914/6 oficiais, surgindo em amarelo canário com ambos os capot a preto, côres oficiais da marca, tendo igualmente participado na mesma prova. Acabariam então estranhamente por ser estas as duas primeiras côres deste patrocinador, mas cujos modelos ornamentados com os habituais logótipos e letering da marca, nada tinham a vêr um com o outro. Estes efeitos estéticos terão desagradado ao Director Geral da Jagermeister que em consequência tomaria a decisão de a partir daqui, a totalidade dos modelos passarem a ser decorados em laranja e verde que acabaria por caracterizar a totalidade dos modelos com este sponsor. E assim surgiria uma bonita linhagem a colorir o desporto motorizado. E tudo começou, com os Porsche 914/6...
E também assim a Slot Racing Company contribuiu com um pouco de história do desporto automóvel no mundo dos slot car.

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Os Matra-Simca de 1972


Estava-mos em 1972 e a Matra inscrevia na prova maratona de Le Mans quatro carros, a saber, três do modelo 670, sendo que dois deles na versão cauda longa e o terceiro, uma versão cauda curta e talvez o mais desadequado para aquele tipo de circuito. O quarto Matra, um 660, tratava-se de um modelo de geração anterior.
 Com o número 15 surgia a Matra 670 na versão cauda curta, enquanto para os cauda longa, as versões desenvolvidas para melhor escoamento aerodinâmico e como forma de aproveitar as longas rectas daquele circuito com o respectivo ganho de velocidade, inscreviam-se os modelos com os números 12 e 14.
 O quarto elemento receberia o número 16 e tratava-se de uma versão mais antiga, o Matra 660, mas igualmente na configuração cauda longa.
Se esta versão se encontrava munida de uma traseira bastante próxima da da versão seguinte, do 670, as maiores diferenças encontram-se na disparidade do desenho da frente, num roll-bar distinto e ainda na ausência da tomada de ar para o motor e tão característica destes carros franceses.
Mas para a história e contrariando a teoria de que os cauda longa se apropriam mais àquele tipo de circuito, acabaria por pertencer ao mais curtito dos quatro Matra o objectivo de conseguir a vitória, através da fantástica dupla de pilotos constituída por Henri Pescarolo e Graham Hill.
 
Este feito terá sido lembrado e trazido para o slot através de dois fabricantes, a Le Mans Miniatures e a Slot Racing Company, isto enquanto a Slot.It não nos brinda com a edição destes Matra de 1972. E esta chegada é tão importante quanto sabemos que em ambos os modelos que aqui mostraremos, nenhum deles terá capacidades dinâmicas para se bater com potenciais argumentos relativamente aos actuais adversários existentes no mundo da competição dos slot car, nesta categoria dos Clássicos Sport Protótipos.
 Mas atentemos então nestas duas existentes criações e tentemos perceber qual delas mais nos encantará enquanto maquetas de colecção, pois mais não servem do que isso mesmo, se nos restringirmos à tentação de os manter no seu estado original. Isto, porque sabemos que existem já chassis de produção 3D que transformarão o modelo de origem SRC uma grande máquina.
A primeira diferença que me sobressaiu, foi a tonalidade do azul que veste os Matra. Se a Slot.It produziu já as versões de 1973 e 1974 e apresentou duas tonalidades bem distintas em cada uma delas, mais natural é que dois distintos fabricantes divirjam igualmente nesse particular. Mas isto acontece porque em nenhum dos três fabricantes existiu o cuidado de se inteirarem junto duma destas verdadeiras máquinas, de qual seria a verdadeira tonalidade. A menos que um deles esteja mesmo correcto e nesse caso falharão os outros dois concorrentes.
 Mas ainda que considere que talvez o mais verdadeiro dos tons passe pelo exemplar da Le Mans Miniatures, confesso que me parece mais real o da SRC.
Encanta-me no entanto o extraordinário aileron utilizado pela LM, já que com a sua cromagem lhe proporcionaram um "look" magnífico, um cuidado não tido pela SRC e que recorrendo ao prateado como forma de se aproximar do mesmo efeito, se perde um dos mais belos pormenores deste modelo.
 As saídas de ar do radiador frontal e existentes na parte superior do capôt da frente, não terão tido também por parte da Slot Racing Company o melhor resultado. Parte desta culpa tem já a ver com com o erro de maqueta desta secção do modelo, pois a sua linha deveria ter afundado um pouco mais. Isto é, as linhas de abertura destas saídas de ar, deveriam encontrar-se num plano bem inferior àquele em que se encontra na reprodução. Mas ao nível do desenho destas saídas de ar, parecem-me mais correctas as da SRC, onde na parte mais central existe uma quase união das duas partes do escoamento de ar. No caso da LM, surgem demasiado afastadas uma da outra.

 Quanto à parte correspondente ao habitáculo e constituída pela cobertura branca, a parte mais sobrelevada e que mais cobre o piloto, encontra alguns erros na versão da SRC, já que esta se encontra mal interpretada no referente às formas que lhe deram. Na versão da LM, embora bastante melhor, esta deveria apresentar uma forma menos arredondada na parte mais avançada e aqui, sim, tal como a SRC a representou.

A tomada de ar do motor surge na versão da SRC demasiado grande, tanto em altura como em comprimento, o que acaba mesmo por tornar demasiado curta a parte restante do capôt-motor e onde se situa o número 15.



 Na parte traseira, a representação dos órgãos mecânicos está muito melhor representado na produção espanhola no referente a deliciosos pormenores.

Mas encanta-me no modelo da Slot Racing Company a reprodução das rodas traseiras, com pneus bem dimensionados e jantes com a profundidade devida. Mas já no que se refere à frente, não gosto nada da roda toda a descoberto da carroçaria, já que estas deveria estar um tudo nada dentro e cobertas pela carroçaria na parte superior da cava, ao mesmo tempo que por essa razão, o modelo se mostre exageradamente alto à frente.
Já a versão da Le Mans Miniatures mostra-se com a frente muito mais correcta, mas infelizmente e para a frente das rodas, torcida para cima. Infelizmente não se deverá tratar de um problema de reprodução, mas de molde que terá sofrido alguma deformação. Quanto à traseira, encontra-se igualmente boa.
Esperemos que a Slot.It tenha em plano esta preciosidade vencedora de Le Mans, pois a avaliar pelas reproduções dos Matra de 73 e 74, conseguirá bater as duas criações agora mostradas, à excepção da qualidade dos moldes e na reprodução das rodas, sobretudo traseiras.
Mas tal como a fotografia de cima mostra, no modelo da Slot.It o posicionamento das rodas frontais relativamente à cava das rodas, encontra-se muito bem conseguido.

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

O Ford Capri


Quando a Ford desenhou o modelo Capri, talvez não tivesse imaginado o quanto importante viria a ser para a marca. Tido como uma espécie de Mustang para a Europa, as suas linhas captaram logo a atenção dos que procuravam linhas desportivas para o seu modelo do dia-a-dia, numa espécie de novo estatuto ao volante.
Mas o seu êxito iria muito além das ambições dos proprietários citadinos, quando a Ford descobriu nele potencialidades para o desporto motorizado. E das suas produções mais musculadas, como foram as versões 3000 e 2600, nasceriam modelos que acabariam por preencher belas páginas da história deste gigante norte americano. Mas acabaria por ser com base no motor 2600, que nasceriam os primeiros desenvolvimentos do Capri para o desporto automóvel, conseguindo com ele sucessos de relevante importância. Mas enquanto o seu irmão mais novo, o Escort, se via mais adaptado ao mundo dos ralis, neste caso as suas aptidões maravilhavam-nos na vertente da velocidade e das provas de resistência.

E embora este pedaço de história do desporto automóvel escrito pelos Capri tenha escapado à maioria dos fabricantes de slot car, a Slot Racing Company, acabou por nos fazer chegar esta verdadeira preciosidade. De linhas bem conseguidas, reproduziu quase na perfeição e com dignos acabamentos, várias versões, mas também acompanhou as pequenas alterações que foram surgindo neste modelo.
Em baixo podemos observar a traseira de três modelos da primeira série, onde num deles existem dois bocais de depósito na tampa da bagageira, noutro um iluminador do número e num terceiro, desprovido de qualquer pormenor. Isto demonstra o cuidado do fabricante na reprodução dos pequenos pormenores, algo que não merece o mesmo respeito da parte de muitos outros fabricantes.
 E quando o bocal do depósito de combustível se encontra no local original, este fabricante respeita escrupulosamente a sua localização, respeitando também nestes casos a tampa da bagageira sem qualquer perfuração.
 Mas quando os bocais se situam na tampa da bagageira, os originais bocais surgem com tampas fixas
 Mas também as grelhas da frente respeitam a existência de faróis redondos duplos ou simples e de formato rectangular.
 Mas a Ford confere uma nova imagem de pormenor em 1973 a este modelo, hoje designado por "reestyling", tendo ficado conhecido por "Capríssimo". As diferenças são pequenas mas a versão desenvolvida pela Ford para a competição, apresenta aspectos bem distintos entre este agora chegado e que receberia a designação de 2600 LV e o anteriormente designado por 2600 RS.

A carroçaria receberia alargamentos de novo desenho ao nível das suas vias, permitindo assim que estas fossem mais largas e o spoiler frontal passaria a integrar a própria carroçaria, ao invés da anterior pala independente.
 As alterações introduzidas pela Ford nesta versão, não escapariam também à SRC.
 A grelha frontal que integra faróis redondos duplos, recebia inicialmente um contorno cromado que circundava ambos os faróis. Na segunda versão, este contorno passou a circunscrever cada um dos faróis redondos.

A secção traseira foi também alvo de um pequeno retoque.
 Os stops de formato rectangular inicialmente, passaram a ser quase quadrados com a adopção de uma espécie de stops duplos em altura. Embora continuando rectangulares, a sua altura aumentou significativamente, o que acabou por lhe conferir um novo e mais preenchido visual.

 Os novos alargamentos da carroçaria, permitiram uma abertura junto à porta nos guarda-lama frontais para escoamento do ar das cavas das rodas e também nos de trás, mas aqui, à frente como tomada de ar para arrefecimento dos travões e atrás, igualmente para escoamento de ar.
Também novamente a SRC cumpriu plenamente com o estritamente necessário para nos encontrar-mos perante uma miniatura extraordinariamente bem reproduzida.

 Os chassis de ambos encontram-se perfeitamente ajustados a cada uma das carroçarias, visto estas não corresponderem em largura às mesmas cotas.
A imagem inferior permite-nos observar como não só as vias alargaram entre as duas versões, como também a largura dos pneus passou a ser mais avantajada.


 Mas a filial alemã da Ford, acrescentaria ainda mais um capítulo a estes desenvolvimentos, antes de partir para os Capri verdadeiramente selvagens. Tratou-se da versão 3100 RS e quem acabou por nos permitir o seu usufruto, foi o gigante austríaco Carrera.
 De linha bastante similar à versão LV, os alargamentos da carroçaria passariam contudo a sofrer um novo desenvolvimento, tendo também surgido uma aba ao nível da embaladeira a unir os guarda-lama, o spoiler frontal é aumentado em profundidade e recebe pela primeira vez um apêndice aerodinâmico na tampa da bagageira, de substancial dimensão
 E se nos guarda-lama frontais se manteve quase tudo como anteriormente, a tomada de ar dos guarda-lama traseiros passou a ser de maior dimensão e novo formato, ao mesmo tempo que recebe na sua parte superior, grelhas de escoamento de ar.
 Passou este novo desenvolvimento a representar uma máquina mais musculada, tanto ao nível mecânico, mas sobretudo pelo novo visual que passou a apresentar.
Mas a versão do "Capríssmo" morreria aqui no que terá sido o expoente máximo dos Capri de Grupo 2, com a introdução de uma nova carroçaria para o Capri. E deste novo nascimento, surgiriam os incontornáveis Capri de Grupo 5.
 A Ford com esta nova máquina conquistaria inúmeras vitórias e títulos. Tratavam-se de modelos altamente desenvolvidas e já apoiados em estruturas tubulares ao que se socorriam também das brutais motorizações sobrealimentadas.
 E a Sideways, uma linha paralela da Racer, não deixaria escapar a oportunidade para brilhar verdadeiramente no seio dos slot car, recriando estas brutais máquinas cuspidoras de labaredas.

 Mas se na realidade foram muito poucos os desenvolvimentos deste modelo de Grupo 5 ao nível do seu visual, também as poucas que terão havido, não escaparam a este fabricante.
A imagem inferior mostra-nos duas traseiras em que num deles e abaixo da linha dos stops, existe um recorte para melhoramento do fluxo aerodinâmico existente no plano inferior do modelo. E a Sidewais editou estas duas carroçarias, como forma de representação correcta das várias versões que foi já editando.

 Também a secção frontal mereceu semelhante atenção, embora a versão "Mampe" seja a única a ser reproduzida com um capôt-motor com novas grelhas de arejamento. Na parte central destes, existem duas lâminas de orientação do fluxo de ar que passa pelo radiador. No modelo preto, estas são de dimensão bem mais reduzida. do que nas restantes versões até nós chegadas.
 Além das grelhas diferentes, o Capri preto é também o único que não se socorre das características lâminas verticais existentes entre o capôt-motor e os guarda-lama.


 Na imagem superior conseguem vêr-se as lâminas que separam o capôt dos guarda-lama, mas no modelo de baixo, estas não existem.
E temos assim graças a três fabricantes, escrita para o mundo dos slot car, mais uma bela página da reprodução de modelos que fizeram verdadeira história.