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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

O futuro hoje - Chegou a revolução

The Area 71 Slotcars, é um novo nome a decorar pelos amantes da modalidade slot cars.
É afinal, a revolução e o culminar da evolução das criações 3D no nosso mundo.
Pela amabilidade de Alfredo Carvalho e da sua loja SC1968 Slot-Cars & Toys, foi-nos possível apreciar e analisar o que já é possível fazer-se em impressoras a três dimensões.
Este fabricante produz os seus chassis, algo já comum, mas também as carroçarias e os seus interiores através deste método.
Tudo perfeitamente embalado e embrulhado, onde não falta também um folheto explicativo.


A acompanhar este Kit, uma embalagem de origem Scaleauto com os parafusos necessários para a montagem dos acessórios mecânicos que terão que ser acoplados ao chassis e em cuja aposta farão parte escolhas pessoais.
Também dois  suporte de patilhão de dimensão distinta, perfeitamente dimensionados para o chassis em questão.

 O chassis encontra-se também dimensionado para receber berços de motor de origem Slot.It, visto também estes se terem vindo a mostrar como uma óptima opção. Encontra-se também desenvolvido para receber parafusos allen com o objectivo se poder afinar a altura do eixo da frente.
 Mas o kit está absolutamente completo, onde não falta o aileron deste belo Lamborghini Uracan, o aileron, os retrovisores e ainda os insert's que simulam as jantes. Do cockpit consta o torso e a cabeça do piloto é um acessório independente. Os vidros são em acetato extremamente fino, o que requererá algum cuidado na sua montagem, pois o risco de os perder, existe. Referir que o fabricante tem o cuidado de deixar visível através de côr os limites dos vidros, para que se tornem assim mais perceptíveis.
 O peso de cada órgão poderá ser analisado em cada uma das imagens que se seguem. O habitáculo já com a cabeça do piloto, pesa 2,3 gr.
 O chassis, sem qualquer órgão a ele acoplado, fica nas 7,6 gr.
 A carroçaria regista as 11,3 gr
 O conjunto das três peças não regista sequer as 22 gr.
 Estes registos surpreendem pela sua extrema leveza, atendendo sobretudo à inovação do conceito e à qualidade do plástico utilizado. Muito flexível e a fazer lembrar um pouco a borracha, deixa adivinhar no imediato que se tratarão de modelos verdadeiramente silenciosos. Aliado a isso, a sua flexibilidade permitirá que em pistas abrasivas como a Ninco por exemplo, deverão absorver na perfeição as habituais vibrações.

 A sua agradabilidade ao tacto é outra surpresa, já que não tinha-mos nunca antes observado impressões deste tipo, tão lisas. Não apresentando na sua superfície qualquer nervura habitual neste tipo de impressões, acreditamos que as impressoras de que se servirão para esta realização, serão provávelmente de uma nova geração. Não descoramos no entanto, que se tenha recorrido a algum trabalho manual extra de refinamento após a impressão, de forma a conseguir-se este interessante acabamento.

 De louvar é o facto de se conseguir a reprodução de ínfimos pormenores, absolutamente dignos de injecção em plástico, ainda que a qualidade não possa ser verdadeiramente comparável.
 A parte interior da carroçaria não apresenta o mesmo tipo de acabamento visível no exterior, mas ainda assim de grande qualidade.

 Resta dizer que este produto tem a assinatura italiana, o que começa a ser marcante no seio das  boas produções dedicadas à modalidade.

Agora ficarão por comprovar as verdadeiras potencialidades dinâmicas deste novo produto. No entanto, a qualidade do material aqui aplicado, levanta a séria suspeita de que estaremos perante uma verdadeira surpresa dinâmica dentro do panorama competitivo ao mais alto nível.
Mas se com o Lamborghini Uracan se atreveram a uma estreia mundial, este fabricante não se limitou a ficar por aqui e editou já também o novo Chevrolet Corvette.
 Os adjectivos atribuídos ao modelo anterior, são extensivos a este ícone americano. De linhas distintas, cada um deles terá os seus próprios admiradores.

 É possível observar-se que não se fugiu a pormenores, ainda que a qualidade não resulte igual às produções plásticas, nascidas de complexos e dispendiosos moldes.
 Com um chassis mais pesado mas uma carroçaria mais leve, o Corvette perde ligeiramente para o Lamborghini na batalha dos pesos.


 Em baixo percebe-se que o acabamento interior é de qualidade inferior à exterior.

Confirma-se no entanto que estamos a entrar numa nova era do slot, apoiada quase em produções à medida e em que cada um de nós, um dia destes, produza as suas próprias criações.
Afinal, o futuro é mesmo hoje....

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Quarta prova Campeonato Porsche 991 GT3

 Mais uma sexta-feira passada e mais uma noite de nervos à flor da pele. Pois foi mais uma tremenda prova dedicada aos Porsche 911/991 que decorreu nas instalações permanentes do GT Team Slot Clube e onde a luta foi verdadeiramente empolgante em cada uma das duas mangas ocorridas.


 Carros alinhados de acordo com as duas mangas e hora de se iniciar uma das mais aguerridas batalhas entre Porsche's do fabricante Scaleauto. Deve adiantar-se, que neste clube existe já a certeza destes modelos se encontrarem quase no limiar das suas preparações, tal o andamento que deles se consegue já extrair.

 E iniciou-se a jornada, com o lote de pilotos que melhor posicionados se encontram no campeonato. Eram eles, César Amorim, Augusto Amorim, Paulo Mendes e David Azevedo, incluindo-se nesta manga e por uma questão de conveniência, o vimaranense Carlos Afonso.
O andamento imposto por estes pilotos foi verdadeiramente alucinante, o que deixava perceber que poucas ou nenhumas hipóteses de uma boa classificação haveria para os pilotos que se seguiriam. Augusto Amorim viria a vencer a manga, mas beneficiando de alguns maus momentos vividos por Paulo Mendes, quando este se desentendia momentaneamente com um menos bom desempenho do seu Porsche. Apesar disso, estes dois pilotos protagonizaram um notável desempenho, que os posicionava acima da restante concorrência. Atrás destes, ficariam César Amorim e David Azevedo que completariam com o mesmo número de voltas, esta jornada. Surpreendentemente, com apenas menos uma volta ficaria Carlos Afonso, numa prova de que dispôe também duma belíssima máquina, ao mesmo tempo que demonstra encontrar-se perfeitamente entrosado com este difícil traçado.
 E iniciava-se a segunda manga, onde se encontravam os dois vianeneses, Nuno Mendo e Luís Pinto, Rui Mota e David Fernandes.
E se a primeira manga mostrou grande aplicação por parte dos pilotos, os da segunda mostraram-se inimaginável e igualmente suficientemente aguerridos, para entrar na luta pelas primeiras posições. E por uma volta apenas, Rui Mota impunha-se a David Fernandes, entrando o primeiro na luta pelo pódio, o que conseguiria com o mesmo número de voltas de Paulo Mendes. Nuno Mendes e Luís Pinto guerreavam-se pela melhor posição entre ambos, já que o período de aprendizagem desta pista continua em franco desenvolvimento.

E se no final Augusto Amrim conseguia uma categórica vitória, já entre o sétimo e o segundo, a diferença fazia-se por três voltas apenas, o que bem demonstra o ritmo endiabrado e generalizado a que se andou nesta prova. E se Nuno Mendo e Luís Pinto se atrasaram um pouco, deve-se apenas ao facto de não se encontrarem ainda perfeitamente adaptados a este difícil traçado, algo que tem vindo paulatinamente a ser aperfeiçoado.

 O pódio dos carros, com o Porsche de Augusto Amorim a ocupar o degrau mais alto.
 O pódio dos pilotos, com Augusto Amorim, Paulo Mendes e Rui Mota, respectivamente em primeiro, segundo e terceiro.

O pêso dos anos...

Foi em 1991 que nasceram os icónicos modelos de TT por parte da Scalextric/SCX. Isto depois de uma tentativa falhada através dos seus modelos da série STS, que fugiam à habitual escala 1/32. Mais pequenos e sem rapidez, acabariam por se transformar num verdadeiro fiasco.
Mas a chegada do Peugeot 405 à habitual escala da restante linha deste fabricante, traria novo impulso, se bem que inglório na sua época.
Mais recentemente, a modalidade TT, um pouco por culpa do fabricante rival Ninco, ganharia novo ânimo, o que obrigaria a Scalextric/SCX a um novo empenho. Apoiado na antiga mecânica dos Peugeot 405, dos Buggy e ainda dos Nissan Patrol mas ligeiramente corrigida, este fabricante manteria viva a modalidade TT, algo esmorecido no entanto por parte deste fabricante, presentemente.

Mas vamos recuar a 1991, ano do surgimento do novo conceito trazido numa primeira referência da Scalextric através dos Buggy e posteriormente pelos Peugeot 405 e posteriormente pelos Nissan Patrol. Peguemos no 405 e compare-mo-lo com o mais recente chegado até nós, numa criação inicial da MSC e presentemente renomeada Scaleauto.
 O pêso dos anos é visível nos mais ínfimos pormenores. Super detalhada, a mais recente criação mais poderia ser vista como objecto de colecção do que própriamente como modelo indicado para a prática dos slot cars.
 A qualidade das linhas, grelhas e faróis é absolutamente notória.



 As mesmas referências à secção traseira podem ser apontadas, ainda que para uma diferença de 24 anos entre ambas, nos leve a perceber o quão perfeito se encontrava a versão da Scalextrioc/SCX.

 São inúmeros os pormenores que enriquecem o modelo MSC, pormenores esses que se estendem mesmo ao habitáculo do modelo.

 Substancialmente mais estreito, o Peugeot da Scalextric não deixa por isso de se comportar à altura, quando levado à aula prática.

 O conceito mecânico adoptado pela Scalextric, faz dele um exemplo no que se refere ao seu dinamismo, algo que nos espanta verdadeiramente, após a passagem de mais de duas décadas.
E pela questão temporal e pelas diferenças entre ambos, os dois merecem marcar lugar na mais distinta das prateleiras.