domingo, 23 de fevereiro de 2020

Mc'Laren Elva MKI - O primeiro contacto - Thunder Slot

 Numa gentileza do fabricante, chegou uma primeira unidade a Portugal do novo Elva numa das suas versões de produção definitiva. Havia este modelo já feito a sua aparição em forma de kit e após longa espera, eis que finalmente acabamos por poder usufruir do esperado Mc'Laren Elva montadinho, a última das criações do bem sucedido fabricante Thuder Slot.
 Trata-se de uma deliciosa peça que à semelhança das das anteriores produções, prima pelo elevado grau de acabamento e numa séria aposta na redução do seu peso final.
 Estamos perante a primeira das versões existentes deste modelo, tripulado pelo próprio Bruce Mac'Laren na prova de Can-Am ocorrida no Canadá no ano de 1964 e onde completaria a mesma, no terceiro lugar.
 Apresentando-se como um modelo de cotas falsamente pequenas, fruto duma linha geral extremamente baixa, parece no imediato poder vir a colher disso e por essa mesma  razão, uma lógica vantagem nas competições de slot car.
O conceito mecânico mantém-se o básico da restante gama de modelos anteriormente editados, apoiando-se no lema de que no que está bem, não se mexe.
 Vai já este, que se trata de um dos mais recentes fabricantes a chegar ao mercado, na  sua quarta criação, para além duma já invejável gama de variantes em cada um dos seus modelos.
No agora chegado, a curiosa e ímpar colocação do pneu suplente no habitáculo, torna-se passível de observação através do grande óculo/pára-brisas que equipa o Elva. Mas uma vez aberto o conjunto, percebemos que a Thunder Slot contornou o problema do peso da existência deste pneu suplente, através da moldagem do mesmo na parte equivalente ao tablier que constitui o habitáculo deste sport protótipo.
 Debaixo do pára-brisas, encontra-se um inusual pneu suplente.
 Mas avancemos agora para capítulos de interesse dinâmico e comecemos pela sempre importante questão do peso com que se encontra. Com o registo de 60,9 gr, indica-nos tratar-se de um dos pêso-pluma da actualidade, denotando o importante trabalho efectuado pelo fabricante nesse sentido. Comparemos então este com os seus mais prováveis concorrentes directos, iniciando a análise, pela outra série de ultra-leves de que faz parte a restante gama da própria Thunder Slot.
O Mc'Laren M6A, a criação antecessora deste Elva, consegue ainda assim, levar a melhor, com um ganho de 0,8 gr,

 Entre os dois Lola T70, se a versão MK III fica claramente a perder, já o T70 Can-Am, consegue um registo do mesmo nível do Elva, ainda que na versão aqui apresentada, tivesse registado também um ganho de 0,2 gr.
 Mas a concorrência directa oriunda de outros fabricantes fica neste particular claramente a perder, no que comprova a extrema atenção dada por este fabricante a esta matéria.


 E entre os Thunder, a imagem inferior mostra o quanto similar são todos eles no que respeita ao conceito mecânica/chassis, sendo que nos Lola, até repartem a totalidade desses elementos. Já os chassis tanto do Mc'Laren M6A como do novo Elva, são específicos de cada carro, ainda que os restantes órgãos mecânicos sejam também repartidos.
 Sendo o Lola Spyder da criação Thunder Slot e por unanimidade de opiniões, considerado como um dos melhores Sport Protótipos Cássicos de sempre, a bitola comparativa poder-se-à apoiar neste mesmo modelo, para tentar-mos perceber a valia da mais recente criação deste fabricante italiano.
E ladeado este Lola com o Mc'Laren M6A, fico com dificuldade em aceitar que o Mc'Laren não seja melhor. Dotado de uma linha mais compacta, uma frente que permite umas vias substancialmente mais largas e uma linha de carroçaria mais baixa, parece-me evidente que a vantagem pertencerá à criação mais recente de entre os dois, sobretudo quando as cotas existentes debaixo da carroçaria, no chassis portanto, se manteem equivalentes.
Uma das limitações de ambos prende-se com a linha das cavas das rodas (imagem inferior) que penaliza tanto um aumento na largura dos eixos, como também limita substancialmente a opção de utilização de rodas de maior diâmetro. Este problema acaba por apoquentar os modelos deste fabricante em pistas de superfícies abrasivas, sobretudo quando o tempo por prova é de grande duração, já que tendo estes modelos uma menor altura do chassis à pista, o que por um lado lhes confere um andamento de grande segurança, por outro, confere-lhes pouca fiabilidade caso a degradação dos pneus se denote acentuada.
 Mas parece que a linha da carroçaria deste novo Elva veio contornar este problema. Um desenho da cava redonda de forma a contornar perfeitamente a forma dos pneus, acaba por permitir agora que se possa conjugar sem qualquer problema, a melhor das opções na preparação deste pequeno bólide. E a reconhecida grande limitação dos Thunder Slot, acaba com o surgimento deste modelo, por desaparecer.

 E partindo da minha convicção de que o Mc'Laren M6A colherá vantagens sobre o Lola T70 Spyder, resta-me servir-me agora deste para algumas análises comparativas com o Elva. E postos lado-a-lado, facilmente se percebe o quanto mais baixa é a carroçaria do modelo preto, face ao laranja. O único elemento da carroçaria que se mostra mais elevado, é o guarda-lama traseiro, mas também rapidamente assume uma curvatura descendente que lhe proporciona a secção traseira mais baixa.
 A largura da via dianteira é francamente favorável ao Mc'Laren, mas parece-me este, aliado à questão do peso, os únicos pontos onde a vantagem não penderá para a nova criação.
 Na via traseira também o Mc'Laren poderá assumir alguma vantagem, muito embora possam ser imperceptíveis.
 Depois disto, fica a faltar a verdadeira prova de fogo, o que espero, muito em breve venha a acontecer. E aqui fica a dica para aqueles que vêem com mais dificuldade, já saíu o Elva também em vermelho....

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Um piscar de olho aos americanos? BRM/TTS

O sponsor "Sunoco" celebrizou-se no continente Norte Americano através do Team de Roger Penske, com a utilização das côres azul e amarelo em alguns modelos que terão ficado para a história do desporto motorizado. A BRM/TTS teve já oportunidade de trazer até nós este patrocinador, tanto através do Ferrari 512 M, como do Chevrolet Camaro Z28. Chegou agora o momento do Ford Escort ser vestido com estas côres de sucesso. E será esta nova referência, uma chamadela de atenção aos olhares atentos dos nossos amigos americanos?
 Este novo Escort "Sunoco" representa a última referência atribuída a este modelo de sucesso de origem europeia, no que poderá vir a ser uma inversão de atracções, já que se os europeus se apaixonaram pelos bólides americanos, porque não a reciprocidade?
 Com uma apelativa decoração, vem juntar-se à anteriores quatro edições, cotando-se esta como uma das mais apelativas.
Em termos de carroçaria e mecânica, mostra-se absolutamente equivalente, estando a diferença marcada na adopção de novos pneus e jantes de novo conceito, apesar de igual desenho.


 As primeiras versões, eram equipadas com pneus que apresentam rasgos, o que terão desaparecido com a chegada deste novo elemento.
 Para além dos pneus slick que fazem agora parte dos modelos de série, as novas jantes que permitem também pneus mais largos, usam um offset interior que facilita o aperto das jantes, sem que tenhamos de esmagar parte do pneu para a chave entrar.
Para cada lote de modelos, também evoluções.....

Campeonato LMP - 2ª Prova

 A segunda prova do Campeonato LMP efectuado pela Organização do Guimarães Slot Clube, não reuniu mais do que uma dezena de pilotos, mas a animosidade esteve presente.
Dividida em duas provas, cada uma delas com cinco pilotos, iniciavam a contenda os pilotos que melhor se haviam classificado na jornada de abertura. Assim, eram Marco Silva, Filipe Vinagreiro, Frasco Leite, Ricardo Moura e Fernando Coelho que abriam as hostilidades da segunda jornada.
 Filipe Vinagreiro surpreendia, já que ao bater Marco Silva, o piloto que se vem mostrando como imbatível há já várias jornadas, deixa fundadas expectativas quanto a uma possível surpresa de fecho de jornada. Mas surpreendia também Frasco Leite que ao posicionar-se no segundo lugar, mostrava que o actual comandante deste campeonato poderia ver complicada a continuidade da sua invencibilidade. Marco Silva não conseguia ir além do terceiro posto, seguido de Ricardo Moura e Fernando Coelho, este último a debater-se com um Audi de difícil pilotagem.
 Mas a segunda calha repõe Marco Silva no comando da prova, conseguindo dessa forma demonstrar aos concorrentes directos, que ali se encontrava para repetir a continuidade dos êxitos anteriores. Filipe Vinagreiro descia à segunda posição, mas Frasco Leite deixa-se atrasar substancialmente, uma vez mais por culpa do mau funcionamento do seu comando, vendo-se assim ameaçado por Ricardo Moura. Percebia-se também que Fernando Coelho sentia tremenda dificuldade em acompanhar os seus adversários, o que lhe valia a manutenção no lugar de fecho de classificação.

 Terceira calha e Marco Silva vinca a sua primeira posição, vendo agora Filipe Vinagreiro já a uma distância de três voltas. Ricardo Moura ascende ao terceiro lugar a apenas uma volta da segunda posição e Frasco Leite sente-se impotente na continuação do excelente desempenho inicial. A quinta posição continuava pertença de Fernando Coelho.

 A quarta calha confirma a perda de terreno por parte de Filipe Vinagreiro relativamente ao comandante, um Marco Silva cada vez mais primeiro. Mas é Ricardo Moura que promete acesa luta a Filipe Vinagreiro, já que acaba por igualá-lo em número de voltas. Para trás, ficavam Frasco Leite e Fernando Coelho.

 A quinta calha confirma o ataque de Ricardo Moura a Filipe Vinagreiro, acabando mesmo por ultrapassá-lo, muito embora o número de voltas seja o mesmo entre ambos. Impávido e sereno, mantinha-se Marco Silva no comando da prova. Ainda que nas últimas posições se mantivessem os mesmos protagonistas, Fernando Coelho consegue uma aproximação que o deixa a apenas duas voltas de Frasco Leite.

 Antepenúltima calha e Filipe Vinagreiro reposiciona-se no segundo lugar, mas agora com mais uma volta do que Ricardo Moura. A fechar a tabela de classificação, encontrava-se agora Frasco Leite, fruto da necessidade de troca do seu comando.
A penúltima calha mostra-nos mais uma volta de ganho por parte de Marco Silva sobre o segundo classificado, Filipe Vinagreiro, que por sua vez consegue também mais uma volta de vantagem sobre o seu mais directo adversário, Ricardo Moura. Nas duas últimas posições, mantinham-se Fernando Coelho em quarto e Frasco Leite em quinto.
E o fecho de prova mostra-nos sem surpresas, que Marco Silva leva de vencida mais uma etapa dos campeonatos levados a cabo pela organização deste clube vimaranense. Filipe Vinagreiro consegue ainda conter os ataques de Ricardo Moura, assegurando assim o segundo lugar. O quarto lugar acabaria por ser pertença de Fernando Coelho e Frasco Leite, fruto de mais uma jornada a debater-se com percalços, fecha a tabela no quinto lugar.
Mas era agora necessário esperar pelos pilotos da segunda manga desta prova, onde se encontrava Rui Mota, depois de uma longa ausência das lides slotísticas, Miguel Antunes, Damião Castro, Jorge Seia e Domingos Vinagreiro.
 E máquinas postas no terreno de batalha, era altura de se tentar perceber se alguém estaria à altura de contrariar a enorme tendência para as vitórias por parte de Marco Silva.
 E neste arranque, Rui Mota surpreendia, impondo-se de imediato neste seu regresso, conseguindo uma média que poderia pôr em causa a tremenda e insolente supremacia de Marco Silva. Damião Castro assumia o segundo lugar, mas em termos de tabela combinada, não iria além do quinto lugar, seguido de Jorge Seia, Domingos Vinagreiro e Miguel Antunes.

A segunda calha não alterava em nada a classificação, mas apesar de permitir que Rui Mota se tivesse mantido no comando, a liderança na tabela combinada era reduzida a uma vantagem mínima sobre Marco Silva. Os restantes pilotos mantinham as posições de abertura da prova. De realçar, a batalha directa entre Damião Castro e Jorge Seia, que mantinham as posições e o mesmo número de voltas.

 E a terceira calha faz Rui Mota cair para a segunda posição da tabela combinada, ficando Marco Silva a ocupar o lugar que mais tem vindo a gostar de preencher. À excepção desta alteração, a restante classificação era mantida inalterada. Apesar disso, Damião Castro cava distância sobre Jorge Seia e Miguel Antunes iguala em número de voltas, Domingos Vinagreiro.

 A quarta calha confirma as posições da totalidade dos pilotos, mas Domingos Vinagreiro descola de Miguel Antunes, este último, a perder significativo terreno.

 Na quinta calha ocorreria um erro de pistagem que levaria Domingos Vinagreiro à desistência e a encerrar um desempenho que até ali vinha sendo bastante interessante de seguir. Aparte este incidente, a restante classificação manter-se-ía inalterada.
 Sexta calha e percebia-se a impotência de Rui Mota para apoquentar o crónico comandante na classificação geral. Mas ficava também claro que relativamente a Filipe Vinagreiro, o segundo classificado da primeira das mangas, a segunda posição da classificação geral se encontrava assegurada. Também Damião Castro em termos de geral, não conseguiria atingir a quarta posição de Ricardo Moura. Sentia-se também impotente para se chegar a Damião Castro, Jorge Seia, que apesar do seu belo desempenho, encontrava-se a quatro voltas daquele. E também Miguel Antunes não conseguia ver a luz ao fundo do túnel, na perseguição a Fernando Coelho.
 Penúltima calha e tudo se confirmava, pelo que mantendo-se as posição relativas, não haveria margem para surpresas na calha de fecho da prova.
 E assim foi, com Marco Silva a levar de vencida mais uma jornada, com o regressado Rui Mota a ocupar a segunda posição e Filipe Vinagreiro a fechar as posições de pódio. O quarto lugar foi de Ricardo Moura, seguido de Damião Castro, Jorge Seia, Fernando Coelho, Miguel Antunes, Frasco Leite e na décima posição, Domingos Vinagreiro.
 E no parque automóvel, os Radical continuam a deixar uma marca positiva, mas desta vez a segunda posição pertenceu ao BMW V12 LMR. Pena as condicionantes não terem deixado perceber até onde poderia ter ido o Toyota de Frasco Leite, o único modelo capaz de entrar em luta directa com os dois anteriormente referidos.
 Pela segunda vez em duas provas, o Radical e Marco Silva levam de vencida a demais concorrência.



 E na próxima quinta-feira, tudo contra o Marco.....