terça-feira, 3 de agosto de 2021

Para partir a louça toda? - Toyota LMP1 - Slot Racing Company

A primeira aventura da Slot Racing Company no reino dos modelos da categoria LMP, acontece através duma série limitada e apresentada em kit, do primeiro vencedor das 24 Horas de Le Mans, por parte da Toyota.
De inegável qualidade, vem a equipar esta preciosidade, um chassis com alguma dureza e óptimo para pistas tipo "Carrera" e chama a atenção, o seu berço para montar um motor em posição anglewinder, algo contrário às actuais tendências, que apostam para equipar este tipo de carros, em berços para motor em linha.
Dotado de uma carroçaria cujos moldes de qualidade europeia e que não deixa qualquer suspeita relativamente à sua grande qualidade, contrariamente ao que temos vindo a observar em alguns modelos dos fabricantes Slot.It e Sideways, apresenta como erro, apenas a demasiada altura da sua parte central, sobretudo na sua secção traseira. Deve referir-se que este tipo de carros de competição, apresentam tanto a parte central frontal como traseira, excessivamente baixas, o que complica a sua fiel reprodução para slot, dada a inclusão de elementos mecânicos, nomeadamente os seus motores. Daí, o fabricante se ter visto obrigado à adulteração das suas formas, mas algo quase imperceptível e que escapará à maioria dos praticantes da modalidade.
Dividida em dois elementos, um corpo principal e uma frente independente, fixam-se pela parte interior através de dois minúsculos parafusos. Permite esta solução alguma solidez do conjunto, mas ao mesmo tempo, pretendendo-se, que as duas partes basculem entre si, anulando a efeito de rigidez que acontece na grande maioria das carroçarias. No fundo, algo similar ao conseguido nos Lola da igual categoria LMP do fabricante Slot.It, mas ali de forma não tão sólida.
Vem equipado com uma folha de decalques que permite reproduzir tanto a versão com o dorsal 7, como com o dorsal 8. Acontece no entanto, que nem as faixas pretas nem as vermelhas nem o cromado da capota fazem parte do conjunto, pelo que, pretendendo-se uma fiel reprodução, exigir-se-à a cada um de nós, que se recorra ao pincel ou aerógrafo para satisfazer as nossas pretensões.
A totalidade dos acessórios para a montagem deste fantástico Toyota, são fornecidos em pequenas saquetas, onde podemos constactar que a equipá-lo encontramos material de grande qualidade, como jantes de alumínio para o eixo traseiro e de plástico ultra-leve para a frente, eixos ôcos, pinhão de 12 dentes de aperto, pneus duros para a frente e de grande tracção para trás, pernos de acerto de altura do eixo frontal, molas para as suspensões com parafusos métricos, bem como dois parafusos igualmente métricos para fixação do conjunto carroçaria/chassis.

O patilhão é também de aperto e regista depois de ajustado, alguma folga vertical.
Para além do conjunto de acessórios, fazem ainda parte duas chaves de aperto dos pernos que apresentam duas medidas distintas e ainda uma pequena chave de cruz, perfeitamente apta para os quatro parafusos de tamanho absolutamente reduzido. O eixo traseiro apoia-se em dois rolamentos duma pestana, necessitando ainda de um stoper.
O motor P1, regista as 21.000rpm e 300 gr/cm.
O seu berço surge com um tirante frontal de apoio no chassis, que se tranca através do aperto de um acessório plástico, mas que permite a regulação da sua basculação.

Bem pensados estão os fixadores das suspensões laterais, que permitem a perfeita montagem do conjunto mola/parafuso.
O conjunto mecânico não nos traz nada significativo de novo no que respeita a evoluções relativamente ao que já se conhece, mas apostou-se no aperfeiçoamento dos conceitos mais actuais.

Depois, é hora de deitar mãos-à-obra na tarefa de trabalhar a carroçaria, sempre com o fundado receio de vir a estragar o que está bom demais.

E para a posterioridade, aqui fica mais uma grande máquina deste fabricante, bem aos nível das preciosidades que são o seu Peugeot 205 Turbo 16 e do Lancia Delta S4.

terça-feira, 27 de julho de 2021

O segundo Toyota Celica LB Grupo 5 - Sideways

Mais uma versão do recente Toyota Celica  de Grupo 5 foi disponibilizada pela Sideways, numa versão em tudo igual, à excepção da sua decoração, da versão de lançamento por parte deste fabricante.
A predominância do branco sobre o azul, acaba por permitir que este se torne mais apelativo e vistoso, facilitando ainda que sorvamos melhor as suas formas.
Como nota negativa, devemos referir a má imagem proporcionada pelo nível de acabamento tanto das linhas da carroçaria, como da qualidade final da pintura. A imagem inferior permite-nos observar esses dois aspectos referidos, tanto na linha do aileron, onde acontecem falhas desagradáveis, bem como junto ao vidro, onde a falta de encobrimento da tinta branca pelo que deveria ser totalmente azul, provocam um efeito absolutamente inestético. A existência das actuais tecnologias, leva-nos a exigir muito mais e a começar a desinteressar-nos por produtos assim, com este nível de défice qualitativo.
A inexactidão da linha da cava da roda traseira, pode também ser referida no conjunto das inúmeras imperfeições que acontecem neste mini-modelo. Mas observam-se também nesta imagem, imperfeições na deriva vertical sobre o guarda-lama traseiro e também junto à janela. No fundo, algo em que começa a ser gritante e recorrente tanto nas criações deste fabricante, como também já temos vindo a alertar relativamente à Slot.It. Uma pena, porque começam a pôr em causa os seus próprios produtos, numa altura em que o valôr da concorrência pode começar a pesar no volume de vendas e onde sobressaem hoje marcas como a SRC, a entregar-nos produtos de elevadíssima qualidade por um diferencial monetário pouco significativo, ao mesmo tempo que as criações à escala 1/32, começam também a passar por grandes ameaças por parte dos fabricantes que apostam sériamente na escala 1/24.

Mas será sempre um belo enriquecimento desta categoria e que representa já o quarto elemento oriundo do país do sol nascente.

segunda-feira, 26 de julho de 2021

Na senda dos vencedores - Slot.It

Fazendo crescer a série dedicada a modelos detentores de vitórias históricas, a Slot.It disponibilizou no mercado, o Porsche 956/962 que faltava editar.
Trata-se da vigésimo quarta referência desta série (Ref. CW24), tratando-se do vencedor da edição de 1983 das 24 Horas de Le Mans.
De qualidade equivalente à dos restantes modelos de seu fabrico, nenhum motivo haverá a acrescentar a tudo o que já se escreveu sobre estes mini-modelos.

Mas é merecedor de reparo, algo que tem acontecido já com outras produções deste fabricante. Como será possível não acertarem as tonalidades das côres duns modelos para os outros? O agora chegado, vem representado numa tonalidade que bem fugiu do original azul "Rothmans". Mais claro que os restantes, algo inadmissivel, acabando mesmo por ser chocante a falta de cuidados a que a Slot.It se tem devotado. Algo acontecido e de forma ainda mais gritante, com as produções dos Matra-Simca MS670B. Nestas imagens onde se vê o agora editado de cauda longa e o de cauda curta correspondente ao mesmo ano de 1983, percebe-se o quanto clara se encontra a côr azul.
Mas para a história, aqui ficam as restantes versões dos Porsche 956 e 962 vencedores da clássica francesa e editadas pela Slot.It, sob as côres da Rothmans.
Mas também a totalidade desses mesmos modelos, nas históricas versões "Rothmans" e "New Man".

sexta-feira, 23 de julho de 2021

March 701, o mais diferente - Policar

Representando já o quinto elemento da série 701 dos March editados pela Policar, o mais recentemente entrado no mercado, surge-nos na versão que o local sul-africano John Love, levou à 24ª posição final do Grande Prémio do seu país.
Vestido sob as côres do também local Team Guston, mostra-se como um dos mais bonitos modelos da série 701. Mas este que militou também no campeonato interno da África do Sul, ostenta como principal característica distintiva dos demais modelos, a perda dos habituais pontões laterais que caracterizavam estes fórmula 1, proporcionando-lhe uma imagem mais próxima das anteriores séries e que conhecidos ficaram por "charutos", pela natural proximidade visual com estes. 
A imagem que abaixo se mostra, permite vêr-se a substancial diferença proporcionada pela perda dos pontões laterais, mas que de certa forma descaracteriza o icónico 701.
Com mais esta edição, fica enriquecida a gama destes March, numa iniciativa da Policar.

A perda dos pontões permite algum ganho no peso final deste March e que se traduz em cerca de 1,8g relativamente à primeira das versões que este fabricante nos fez chegar.

Team Leipert Motorsport - Sideways

Ainda que nos tenha já feito chegar uma boa variedade de modelos da categoria GT3, a Sideways continua a dar grande relevo ao seu modelo de lançamento, o Lamborghini Huracan.
Uma tomada de ar na capota e ausente na reprodução, são imprecisões a que se juntam as extremidades traseiras dos quatro guarda-lama e ainda a necessidade de receber um aileron de novo formato. Também as tomadas de ar laterais junto às rodas traseiras se encontram divididas, mas surge aqui única e há semelhança de todos os restantes anteriormente editados. A parte central do capôt dianteiro, deveria também encontrar-se dividido em dois, mas também aqui se repetiu o formato da totalidade das anteriores versões editadas.
Ainda que desta vez a carroçaria arraste consigo algumas imprecisões nas suas linhas, é indiscutível o belo efeito resultante da combinação de côres que ostenta, vindo também a completar um bom lote de modelos reproduzidos.Necessitamos agora de vêr a chegada do Mc'Laren 720S e do Ford GT com as merecidas decorações, já que as séries em kit foram já disponibilizadas.

quinta-feira, 22 de julho de 2021

O Art Car da Sideways

Das edições da Racer/Sideways, nasceu uma verdadeira estrela. Ainda que não trazendo qualquer novidade sobre os demais anteriormente editados, a reprodução com base no BMW 3.20 de Grupo 5 da versão participante nas 24 Horas de Le Mans de 1977 e representando a versão Art Car daquela edição, mostra-se uma verdadeira pérola.
Modelo inscrito por Hervé Poulain e guiado pelo próprio e ainda por Marcel Mignot, esta equipa totalmente gaulesa completaria esta maratona de resistência numa honrosa nona posição final e segundo da Classe IMSA.
Esta bela reprodução da obra de arte protagonizada por Roy Lichtenstein, poderá já juntar-se a outras anteriores preciosidades de origem Fly  e integrantes também da listagem dos Art Car, como é o caso dos BMW 3500 CSL aqui mostrados.

Pela primeira vez este fabricante edita este modelo com os bocais de enchimento de combustível e existentes na tampa da bagageira, à vista. Dado que nas habituais participações destes modelos não havia necessidade de reabastecimentos, estes bocais eram inexistentes, recebendo os modelos, tampas que camuflavam os buracos ali existentes.

Na sua traseira, consta tal como na realidade, a assinatura deste artista norte americano, conhecido pela sua Pop Art, tendo nesta sua obra automobilística explorado os clichés das histórias aos quadradinhos, afinal, a própria arte que o caracteriza.

E não há duvidas de que se o resultado na realidade convence, à escala 1/32 torna-se soberbo. E quando em boa companhia, proporciona-nos um extraordinário escaparate.




E se se trata de um Art Car, porque não umas fotografias com alguma arte?

E com mais este exemplar, a família 3.20 da Sideways começa a mostrar-se coisa séria.
Parabéns a este fabricante.