GT Team/ART Slot Cars, estreia pista com prova de 6 Horas

Foi com uma prova de resistência de 6H, onde foram recebidas um total de oito equipas com elementos oriundos de Lisboa, Coimbra, Aveiro, Porto e Braga, que o renovado "GT Team ART Slot Cars" reabriu portas inaugurando um novo espaço para a prática da modalidade, utilizando um novo traçado assente nas novas pistas Scaleauto.

Seria portanto este plástico, uma novidade para a totalidade das equipas que se fizeram presentes e a que cada um dos pilotos teria de se adaptar.

A escolha do veículo rolante para esta festa de inauguração, recaiu no mais recente Mercedes, também ele de origem Scaleauto e onde podemos assistir a um brilhante desempenho do modelo da "National Racers", equipado com chassis próprio, desenvolvido especialmente para este carro.

O espaço, ainda que não permitindo grandes áreas de lazer, mas contando com um jardim/esplanada de apoio, encontra-se suficientemente estruturado para albergar uma razoável área de boxes e ainda de um mini bar, tendo-se no entanto os pilotos visto obrigados a debater com a elevada temperatura que excepcionalmente de registou naquele dia.

A organização encontrou-se ao melhor nível, graças há já longa experiência que os pilotos desta equipa têm vindo a assimilar ao longo duma carreira que lhes permitiu até, a conquista de alguns títulos fora de portas, e de onde se podem contar alguns títulos nacionais de Espanha.

Mas a diversão e interação entre os elementos dos vários team's, para além da natural disputa de lugares dentro de pista, terá sido o ponto mais forte a apontar, onde graçou a extraordinária boa disposição e fair play em inúmeros momentos do calôr da contenda.

Não terá passado despercebido o conhecido espalhafato com que invariavelmente nos brinda em atitudes de manifesto bom humor o Nuno Aguilar, o que se por lado funciona como motivo de alegria e diversão, por outro, por vezes, provocam-nos cada susto!!....

Os treinos foram como sempre, os momentos cruciais para que cada piloto se adaptasse neste caso, a um traçado novo para todos aliado a um piso também em estreia e para a respectiva afinação das suas máquinas.

Depois das verificações técnicas, foi hora de maior concentração com vista à qualificação, que iria permitir a escolha da calha para o início da prova por parte de cada equipa.

A equipa da National Racers deu o pontapé de saída, e no final da qualificação, acabaria o seu registo  por assumir o melhor tempo de entre todos os participantes. Começava aqui a boa nota desta "equipa/fabricante".

Escolhas de pista feitas e depositados cada um dos modelos em parque fechado, era hora de ir dar de comer às barriguinhas que "começavam a dar horas".

Estômagos compostinhos, a concentração passaria a ser o ponto de ordem para uma jornada que passaria a ser algo penosa, pelo extremo calôr com que os pilotos acabariam por ter de se bater, não tendo sido no entanto motivo para o baixar da guarda pela luta de cada um dos lugares em disputa.

E se a National Racers se tinha mostrado já ao melhor nível na qualificação, a primeira das mangas comprovava o bom nível com que esta equipa chegara ao norte de Portugal.

Mais para trás, prometiam-se também lutas entre "AE Slot" e "GT Team/ART II", podendo dizer-se o mesmo relativamente às equipas do "Slotspot" e "Slot MG Racing Team", com a da "SCM" bem à espreita. Deixavam-se atrasar um pouco os homens do "CAC", mas numa prova de resistência, tudo é de se esperar.

O terceiro turno de vinte minutos permitia à equipa lisboeta manter-se no comando, mas percebia o perigoso aproximar da equipa da casa do "GT Team/ART I", resultando a vantagem, numa volta apenas.

"AE Slot" e "GT Team/ART II" mantinham acesas as hostilidades, o mesmo acontecendo com "Slotspot" e "Slot MG Racing Team". Entretanto começa a deixar-se para trás o "SCM", vendo encurtar-se substancialmente a vantagem obtida nos primeiros turnos, sobre a equipa "CAC".

Daqui por diante, as lutas continuavam acesas, com algumas equipas apoquentadas por pequenos percalços, o que os levariam a proporcionar interesses extra pela conquista de terrenos perdidos e as outras, a baterem-se galhardamente por não perderem posições e atacarem as que estivessem ao seu alcance.

E se à cabeça da classificação o equilíbrio entre "GT Team/ART I" e "National Racers" era notório, para baixo o equilíbrio ia-se fazendo também, mas com o acréscimo de interesse proporcionado pela tentativa de recuperação das equipas que se haviam atrasado por incidentes.

Os homens da casa acabariam por fazer pender a vitória a seu favor, mas sempre sobre grande réplica do team da National Racer, seguidos pelos homens de Matosinhos, pertencendo a estes os três lugares do pódio.

A restante classificação foi-se fazendo através da galhardia de cada elemento, tendo também proporcionado belos momentos de extraordinário andamento e pilotagem.

No final e antes da entrega de prémios da prova, procedeu-se ao sorteio de vários modelos que seriam entregues aos felizes contemplados.

Oitavo lugar, CAC

Sétimo lugar, GT Team/ART Slot Cars

Sexto lugar, Slot MG Racing Team

Quinto lugar, Slotspot

Quarto lugar, AE Slot

Terceiro lugar, SCM

Segundo lugar, National Racers

Primeiro lugar, GT Team/ART Slot Cars

No final, foram proferidas por Luís Azevedo, o Director da Prova,  palavras de agradecimento aos participantes e da nossa parte, queremos agradecer o convite formulado e enaltecer o esforço, por uma vez mais este Clube ter renascido e conseguido pôr de pé uma estrutura a todos os níveis, notável. Parabéns será tudo o que consigo transmitir, após esta experiência de competição e convívio, onde conseguiram trazer equipas de referência até Braga, cidade que tão bons exemplos de competição e valôres tem sabido manter.
Por fim, agradecer também o convite para ter podido compartilhar uma bela máquina com um dos mais promissores pilotos nacionais da actualidade.

Revoslot, também aposta no Alfa Romeo

A Revoslot apresenta-se como uma espécie de BRM/TTS, mas à escala 1/32. Igualmente dotados com chassis metálicos, o que lhes conferem assegurada estabilidade, proporcionam agradabilidade na condução, ao mesmo tempo que permitem uma condução mais realista, pela perda de alguma brusquidão que os modelos de chassis de plástico, assumem.

Depois de várias apostas, sobretudo na gama de modelos GT, parece terem-se apercebido do enorme êxito que os grupo 2 assumiram na escala 1/24.

E que melhor aposta poderiam ter tido, do que começar com o Alfa Romeo 1300 GTA Júnior?
Inspirados talvez no facto deste modelo se ter mostrado já na escala 1/24 como "quase" imbatível, melhor começo não poderiam ter tido.

Mas se ao nível dos acabamentos, a reprodução dos faróis acaba por desiludir, a versão amarela adopta ainda jantes que porventura pretenderiam representar as colossais "Minilite", mas cujo resultado peca por transportar uma imagem bastante fraca, o que o penaliza bastante.

Mas tanto o modelo amarelo como o azul, para além da adopção do pequeno spoiler frontal, contam também com a montagem de pára-choques, algo bastante incomum nas versões de velocidade.

Esperemos agora que sigam à imagem das apostas da BRM/TTS, com a criação da restante gama que tanto enriquece a categoria dos modelos do grupo 2.

BMW, os erros - BRM

É verdade que qualquer das edições do fabricante BRM se mostram um encanto, mas quando olhados ao pormenor, erros graves acabam por ser encontrados, apesar de abafados pelo resultado final bastante positivo. Os BMW 2002 não se mostram detentores de erros que saltem à vista, mas apesar disso, eles existem.

Comecemos então pela análise das características grelhas da marca. Ambas as versões agora editadas, contemplam na realidade apenas aros cromados, nas duas verticais. Tudo o resto deveria encontrar-se em preto baço, o que não se verifica em nenhum deles, já que ambas as grelhas horizontais que integram os faróis, se apresentam com o aro mais exterior, igualmente cromado, registando estas ainda, outra incorrecção, já que se deveriam encontrar desligadas das duas centrais, mas no caso, perderam o aro cromado nessa zona e encontrando-se a fazer fronteira directa com aquelas.

Quanto ao spoiler, integra duas tomadas de ar para arrefecimento dos travões, mas estas na miniatura, encontram-se ridiculamente reduzidas.

 Mais grave parece ser a dimensão das rodas. Quando comparadas com a realidade, percebe-se o quanto nada têm a vêr. Disfarçadas em desenho mas com exagerada dimensão e pouca profundidade, descaracterizam em absoluto a imagem do que se pretende reproduzir. Também os piscas surgem com uma pequena parte em côr-de-laranja e o resto a branco, quando deveriam apresentar-se totalmente laranja.

E se os números das portas deveriam ser um tudo nada mais cheínhos, algo que se desculpa, poderiam ter inserido os iluminadores dos mesmo existentes nas portas. E se do lado esquerdo o carro se serve do retrovisor cromados de série, no lado direito este é em preto e do tipo "Califórnia", o que não foi contemplado, tendo-se antes optado por um igual ao do lado esquerdo.

O suporte fornecido com o modelo, para que este receba os faróis suplementares que equiparam o modelo em Le Mans, são em formato de tubo, o que choca um pouco, uma vez que eram montados numa barra achatada. Mas para que este conjunto possa ser montado, será necessário que se façam as furações na carroçaria, algo que poderá correr mal aos menos aptos às bricolages.

Também o remate inferior mais recuado dos alargamentos dos guarda-lama, apresentam uma forma que não corresponde a uma reprodução correcta.

Também a versão de Hocknemheim apresenta básicamente os mesmos erros na grelha, mas com a reprodução dos alargamentos dos guarda-lama, dimensão das rodas e a opção dos retrovisores, correctas. Por outro lado, o painel traseiro onde se encontram os stop's foi corrigido, uma vez que este recebeu os mais primitivos stop's redondos, em contraponto com os mais recentes de formato rectangular e que fazem parte da restante gama de BMW's deste fabricante.

A imagem de cima mostra a diferença entre os stop's que equipam os dois modelos, o que obrigou à modificação do painel que os integra.

Mas nós, apreciadores de coisas boas e interessantes, encontramo-nos gratos pelo empenho da BRM na reprodução destas máquinas que um pouco por todo o mundo, foram encantando gerações.

O BMW e seus rivais - BRM

A BRM produziu já modelos de elevada qualidade dinâmica. Se temos por um lado na série dedicada aos populares europeus os Simca 1000, Mini, NSU e Fiat Abarth 1000 TC, dotados de interessante dinamismo, por outro, estamos perante máquinas dotados de um ligeiro incremento de performance que marcam a diferença sobre os primeiros. Neste segundo patamar, podemos contar com os Ford Escort, Opel Kadett, Alfa Romeo e BMW 2002, podendo vir a entrar para esta preciosa lista dentro em breve, o Volkswagen Scirocco.

Mas será para já interessante perceber qual o patamar em que se inserirá o BMW, perante os seus directos rivais. Entre si, existirá um natural equilíbrio, visto repartirem uma comum mecânica a par cotas rigorosamente iguais. As novas carroçarias aparentam tratar-se de modelos mais largos, mas medidas as cotas de cada um, percebemos que a desigualdade se encontra apenas no desenho das carroçarias, pelo que poderá ser determinante entre eles, o peso final que cada um apresentará.

1,6gr, é a diferença registada entre as mais recentes versões, a favôr da versão de Le Mans, mas que não será determinante para que se defina por essa razão, que uma será melhor que a outra.

Aliás, registam todas elas pesos muito similares, pelo que se percebe que em termos competitivos, o que determinará a escolha da carroçaria para os pilotos, se prenderá sobretudo pela estética que melhor nos cairá no goto.

Mas quase 10gr já definem alguma vantagem e será determinante na hora de se optar pela melhor máquina de competição. E aqui, o Opel marca pontos a seu favôr.

Mas quase 14gr, representará uma vantagem ainda melhor e que é conseguida pelo Alfa Romeo.

O mesmo chassis para os BMW.

O Opel também leva vantagem na distância entre eixo traseiro/patilhão, já que maior.

Essa mesma medida, embora mais curta no Alfa Romeo, acontece pela diferença mínima, pelo que se torna desprezível.

As cotas e distribuição de massa da carroçaria do BMW também não o ajudam, já que dotado de uma carroçaria mais elevada do que qualquer uma das outras, incluindo o Ford Escort aqui não presente e a par de larguras máximas dos eixos similares em todos eles, tornam este interessante modelo não tão eficaz quanto os seus rivais, patamar esse onde o Alfa Romeo leva claramente de vencida os seus irmãos de catálogo, muito graças a uma carroçaria com um centro de gravidade altamente favorável e o seu mais reduzido peso final.

Apesar de tudo, trata-se de um modelo que pelo histórico que conseguiu amealhar nas competições por todo o mundo, jamais poderia faltar. Receamos que o mesmo venha a acontecer com os Ford Capri, onde o desenho da sua carroçaria o empurrará para a cauda dos menos competitivos. Já o mesmo não poderemos vir a dizer, caso se dignem trazer até nós o interessantíssimo BMW 2800 CS.