domingo, 1 de abril de 2018

Mini - A saga e uma grande Mini-mania

 Em produções relativamente recentes, a Scalextric/Superslot ofereceu-nos alguns dos mais belos exemplares dos Mini que militaram no Rali de Monte Carlo. E tratam-se de excelentes peças para o coleccionismo, mas nem tanto enquanto máquinas de competição para o mundo dos slot cars.
 Mas enquanto maquetas, não há dúvidas da excelência destas reproduções, onde o fabricante teve até o cuidado de introduzir algumas das alterações que sofreram de rali para rali, como são por exemplo o caso dos conjuntos ópticos, tampões do depósito de combustível e do desenho dos pára-choques. As jantes não escaparam também à devida correcção, passando da representação das características jantes dos Cooper S de ferro, para as mais bonitas "Minilite".

Talvez tenha sido o Mini participante e vencedor do Monte Carlo no ano de 1967, tripulado por Rauno Aaltonen e com Henry Liddon como seu navegador, aquele que mais se viesse a destacar como representativo deste modelo no mundo dos ralis. Muito provávelmente, uma mera questão de imagem, pois trata-se afinal do mais bonito de todos os Mini vencedores daquela histórica prova.
A sua estética não deixaria também indiferente o mesmo fabricante mas da sua filial espanhola, que acabaria por abordar a mesma versão, apesar de estar-mos perante moldes distintos e até conceitos mecânicos algo diferenciados. Mereceu por parte desta filial, uma edição especial e limitada, onde não faltou a grelha da capota com a inserção das duas rodas suplentes.
 Do mesmo fabricante ainda uma representação editada por fascículos, mas agora com ausência de apêndices no tejadilho.


 Note-se que ambas as representações se encontram correctas, pois este modelo participou das duas formas nessa mesma edição da prova.

 O 50º aniversário da existência do Mini não foi esquecido por parte da Scalextric/Superslot, tendo sido marcada a efeméride através de uma edição limitada da representação de um Mini Morris 850.
Mas muitos anos antes, havia já este modelo ocupado lugar na lista de produções da Scalextric inglesa. Curiosa era a sua próximidade como a realidade, relativamente ao posicionamento da sua tracção. Um pequeno motor aberto e colocado em posição invertida, permitia que a tracção se fizesse ao eixo anterior, tal como acontece na realidade com os Mini's, ficando o eixo posterior livre.

 As primeiríssimas edições desta verdadeira preciosidade, fazem-se distinguir pela inclusão de uma cabeça do piloto, de maiores dimensões (imagem superior), passando posteriormente a receber uma cabeça de dimensão mais reduzida.

Depois da curiosa edição de tracção à frente, mesma carroçaria acabaria por ser aproveitada para uma segunda série onde as evoluções sofridas, para além de um brilhantismo acentuado através da inclusão de pára-choques cromados e conjunto óptico adiciomnal, onde não falta também o farol da capota, uma realidade no rali de Monte Carlo no ano de 1964, também o conceito mecânico inicial acabaria por ser excluído pela sua real falta de eficácia, optando-se pela tradicional tracção ao eixo posterior.

Embora o desenho e diâmetro das jantes se tivesse mantido, estas passaram a ter um cubo interior aumentado que as posicionava substancialmente fora da carroçaria.
Para mais tarde, uma nova série onde se suprimia o farol da capota e as jantes eram substituídas por outras de maior diâmetro.

 Seguidamente apostava-se no mesmo, mas recorria-se a uma só côr para a totalidade da carroçaria, desaparecendo a copta habitualmente branca. Também de novo design era a embalagem desta nova série.


 A evolução seguinte passou por uma carroçaria modificada, onde surgem pela primeira vez as palas para cobrir as rodas.

 Apostava-se também em jantes de maior largura, bem como uma nova motorização. Contudo, entre as produções inglesas e as da sua filial francesa, surgem duas distintas apostas, uma correspondente ao desenho das jantes e a outra, em que na versão francesa o patilhão surge invertido, de forma a não sobressair da carroçaria, conforme é possível atestar-se através destas duas imagens, em cima e em baixo. A fotografia inferior, mostra-nos um Mini correspondente a uma série de transição de que existem poucos exemplares, já que tratando-se desta nova série, inclui-se ainda a motorização anterior.

Sobre esta carroçaria, existe um infindável conjunto de decorações. Depois, o renascer do Mini. Numa concepção redesenhada do velho conceito mas adaptado às modernas necessidades e tendências, acabaria também por ver as suas edições pensadas para os slot cars.
 E como a tradição se manteve, também se desenvolveram os campeonatos assentes nesta nova série dos Mini. E a Scalextric trouxe-nos também um belo conjunto de exemplares desta nova gama, dos quais aqui se deixa também um exemplar correspondente ao dos primeiros troféus a ele destinados, cuja designação assumiu o nome de um dos principais preparadores dos iniciais Mini, "John Cooper Challenge".
 Mais tarde as remodelações de linha, levavam-nos à série Country Man, do qual partiram os modelos participantes no Campeonato do Mundo de Ralis e integrados na categoria dos WRC.
 E aqui fica também um desses exemplares levados ao Mundial, pelas mãos do piloto nacional Armindo Araújo.


E o expoente máximo no desenvolvimento do eterno Mini, aconteceria com o seu desenvolvimento para o mundo dos Todo Terreno, onde acabariam mesmo por vencer a mais dura prova do mundo, o Paris-Dakar. A sua chegado aos slot car aconteceria pelas edições da Scaleauto.

 Belas reproduções, onde se recorre ao realismo através da adopção da tracção integral. Infelizmente será difícil vê-los brilhar no seu elemento, dado o desenvolvimento dos regulamentos em questão, não lhes ser absolutamente nada favorável.
 Também aqui podemos admirar um dos Mini pilotados por um piloto nacional e que participou naquela prova integrado na formação oficial da marca e onde um dos patrocínios "Delta Q" não nos será nada estranho.
Onde e quando acabará esta saga???

sexta-feira, 30 de março de 2018

Ferrari 458 GT3 Itália - Black Arrow

Este modelo da Black Arrow já não constitui novidade, mas finalmente consegui dar por findo o meu, na interpretação que mais considero ter a vêr com os meus gosto pessoais. Confesso, um pouco dela veio-me da primeira versão editada do Ferrari F40 da Slot.It, ao juntar simplicidade a uma grande raça.
 O kit encontra-se de facto soberbo, mas não ao alcance de todos, bem pelo contrário. No entanto, quando bem montados, o resultado pode ser brilhante.

 Poderemos também acrescentar umas pitadas ao acabamento deste modelo, como é o caso dos sticker's da "Michelin" nos pneus, ou muito simplesmente a inclusão dos logótipos da própria Ferrari.
 Em termos mecânicos, encontramo-nos perante um dos mais brilhantes e bem desenvolvidos conceitos competitivos, que o catapultaram para o estrelato dos modelos da categoria GT.

quarta-feira, 28 de março de 2018

Afinal vamos ter um Mc'Laren para os F1 Clássicos

Até parece terem lido as críticas aqui feitas a este belo exemplar que recentemente nos fizeram chegar.
A Slot Racing Company depois de nos ter surpreendido com uma excelente réplica de um dos históricos da Formula 1 "dos bons velhos tempos", acaba de nos surpreender novamente com a edição dos mesmo modelo, mas exclusivamente orientado para o capítulo da competição.
Para tal, edita o mesmo Mc'Laren M23 mas numa série em que as carroçarias são apresentadas totalmente brancas e aligeiradas, tratando-se de um modelo integrado na sua série "Chrono". Mas não se fica por aqui a aposta deste fabricante, já que opta pela inclusão de material calibrado, jantes de alumínio e ainda um lastro de 1,5 g posicionado no chassis imediatamente à frente do patilhão.
Equipado com um micro-motor com a referência SRC F1 e capaz das 23.000 rpm a 14V, encontra-se em posição inline, a já habitual posição do motor para este tipo de carros.
À frente continua a apostar-se na ausência de eixo, talvez a razão pela qual se adopta um lastro adicional, já que por essa razão a frente deverá apresentar défice de peso. Assim, o modelo apresentará rodas direccionais, algo que poderá eventualmente vir a acrescer avarias suplementares.
 Esperemos no entanto que tenha aqui nascido um rival para as criações da Policar, pois em termos de imagem para as provas, a variedade de modelos será sempre bem vinda.
E afinal, para quem o desejar até existem já, decalques para a decoração da "Marlboro".

terça-feira, 27 de março de 2018

Sideways - Porsche 935/78-81 - Mais um

 As 3Horas de Portland no ano de 1983, permitiu ver-se o Porsche 935/78-81 do Team Momo Corse Racing, dotado de uma decoração enriquecida com a inclusão da côr azul, naquela que por norma se apresentava apenas a vermelha com os logos e dizeres em amarelo.
A Sideways traz-nos agora essa versão, enriquecendo o já incrível lote de modelos de Gr.5 em que tem apostado.
Os pilotos que tão brutal máquina estiveram aos seus comandos, foram Gianpiero Moretti e Sarel Van der Merwe.
Em baixo, a anterior versão que este mesmo fabricante nos fez chegar. Agora, uma versão um pouco mais colorida fará a sua chegada ao mercado ainda esta semana.


 O Moby Dick, nome pelo qual este belo exemplar da Porsche ficou conhecido, não nos deixa indiferentes.



Mc'Laren M23 - Slot Racing Company - Nasceu uma jóia

Estávamos no ano de 1973 e no Grande Prémio da Suécia e Denny Hulm encontrava-se na oitava posição da grelha de partida, mas acabaria por levar de vencida pilotos como Ronnie Peterson, François Cévert, Jackie Stewart, Carlos Reutemann, Jacky Ickx e James Hunt que se encontravam à sua frente.
O seu carro, era um Mc'Laren M23 e batia os rivais Tyrrell-Ford, Brabham-Ford, Ferrari, March-Ford e Lotus-Ford.
E haveria este feito de chegar ao mundo dos slot car em 2018, através do fabricante Slot Racing Company em comunhão com a Original Slot Car.
E a verdade é que este modelo limitado a 1015 exemplares, se encontra excepcionalmente bem reproduzido. Tê-lo na mão, é um verdadeiro regalo à nossa vista. De linhas soberbas e com as proporções a roçarem a perfeição absoluta, complementa-se ainda com a utilização de jantes e pneus como raramente conseguimos vêr. Olhar para ele, é muito próximo de estar-mos a olhar para o modelo verdadeiro.

Na imagem de cima, o neozelandês Denny Hulm festeja a vitória na companhia do segundo classificado, o sueco Ronnie Peterson.
 Além das maravilhosas linhas da sua excepcional reprodução, poderemos também enaltecer a bela decoração com que se encontra tampografado. O vidro do cockpit, em tom ligeiramente amarelado, está também correcto.
A fazer lembrar os modelos da Fly, também este belo Mc'Laren se encontra dotado de rodas direccionais ligadas ao patilhão. Mas tal como a imagem inferior nos permite observar, as molas da suspensão do trem dianteiro também lá se encontram, apesar do seu duvidoso efeito.
 Mas, apesar da suprema imagem que o fabricante foi capaz de lhe conferir, acaba por não nos preencher a gula de poder-mos observar tão bela máquina no capítulo competitivo.
Encontra-se dotado de um micro-motor, tal como o faz a Policar com os seus actuais modelos de Formula 1, mas com todo o conjunto a parecer-nos demasiado frágil para a componente competitiva. Além do mais, a sua montagem parece encontrar-se com carácter definitivo, isto é, na eventualidade de desgaste de algum dos seus componentes, substitui-lo, será tarefa impossível pela impossibilidade da sua desmontagem. E parece-nos até por essa razão, despropositado ver-mos a confirmação através de um autocolante na tampa deste conjunto, alusivo ao equipamento mais apurado para a componente desportiva e identificado por "Chrono Parts Included".
Muito embora este Mc'Laren se encontre num patamar muito superior relativamente às anteriores edições de F1 deste mesmo fabricante, por se apresentar dotado de um conjunto de órgãos que lhe conferem um dinamismo muito mais eficaz, a competição parece-nos no entanto ainda algo distante do desejável. Uma pena, pois gostaríamos de poder vêr tanta beleza a ombrear com as excepcionais criações da Policar.