sábado, 29 de dezembro de 2018

Insolente domínio de Filipe Vinagreiro, em ausência de Carlos Afonso

 A quarta e penúltima jornada do Campeonato Clássicos Sport Protótipos organizada pelo Guimarães Slot Clube, contou com os habituais protagonistas, muito embora se tivesse feito notar a ausência do comandante deste campeonato, o excelente piloto Carlos Afonso.
 A sua ausência acabava por permitir a Filipe Carreiro uma participação de luxo, dado ter podido usufruir da excelente máquina deixada pelo comandante deste disputado campeonato.
 Ficava contudo no ar a grande guerra que isso acabaria por permitir em pista entre este aguerrido piloto e aquele que mais frente tem conseguido fazer ao até ao momento ao líder do campeonato. Referímo-nos obviamente a Filpe Vinagreiro, já que tem vindo a demonstrar uma notável evolução no seu Lola T70 Spyder, o mesmo modelo do do líder Carlos Afonso.
 Mas as verificações mostravam que a quase totalidade dos modelos do fabricante Thunder Slot se viam na contingência de optar pela troca de pneus por outros novos, visto terem ficado abaixo da altura mínima permitida. E posto esse facto, ficava-se sem saber como seriam perante a restante concorrência, com os seus novos desempenhos.
 Mas iniciada a prova, percebia-se de imediato que se mantinham tal como habitualmente, como os mais rápidos modelos presentes. Ficava agora bem demonstrado que se mostram sem concorrência nesta pista. O desenvolvimento dos Porsche 908/3 da NSR parece ter atingido o seu limite e portanto, a expectativa para além da guerra que se geraria pela vitória, situava-se também em perceber qual seria a melhor posição, ao alcance dos outros.
 E entre os outros, se Rui Mota se mostrava como um dos habitués, Ricardo Moura iniciava a prova com uma grande toada, bem como José Pedro Vieira, ambos em Mc'Laren da Slot.It, Damião Castro em Ford P68 da NSR e Miguel Sousa e Marco Silva, ambos em Ford GT40 também se mostrava muito fortes, tendo sido este último piloto o mais azarado da jornada, já que após demonstrar andamento para conseguir dominar este sub-escalão, um forte impacto à entrada da recta da meta acabaria por lhe fazer soltar um fio e hipotecar um belo resultado.
 Mas na luta pela vitória absoluta, Filipe Vinagreiro empreendia um ritmo magistral que o levaria mesmo a bater o recorde absoluto do maior número de voltas deste campeonato. Acabaram por se mostrar inglórios todos os esforços tidos por Filipe Carreiro na tentativa de contrariar a supremacia do seu directo adversário, apesar do também admirável andamento imposto por este piloto.




 Prova notável era também a registada por Albano Fernandes igualmente em Lola T70 Spyder que deixaria a quatro voltas os dois opositores pretendentes ao quarto posto final, tendo sido talvez a mais aguerrida luta da jornada. Alfredo Carvalho acabaria por se impôr a Miguel Guerreiro, ambos em Lola T70 MK III.
 Com menos seis voltas do que estes dois pilotos surgia Rui Mota, no lote do primeiro "dos outros". A diferença entre 5º e 6º classificados parece bem elucidativa, relativamente à diferença entre os modelos da Thunder Slot e os restantes fabricantes.



 Daqui para baixo, as diferenças entre os restantes pilotos fazia-se quase, ou pelo mesmo número de voltas ou pela diferença mínima, o que comprova a quantidade de lutas que se foram gerando entre os dezoito pilotos que se mostraram presentes na quarta etapa deste campeonato.


 Pódio dos modelos, onde a supremacia da mais recente marca de fabricantes passou a ser uma certeza.
 No pódio "dos outros" embora o novo modelo da NSR tenha dado continuidade aos resultados anteriores, o Ford GT40 fez perigar sériamente esta vitória.
Agora venha a prova de fecho deste disputado campeonato....

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Mas que surpresa - BRM

 Afinal, os 1300 de origem BRM / TTS, são muito mais do que as encantadoras criaturas que os nossos olhos enxergam.
Se o encanto que nos provocam é já de todos conhecido, o que estava ainda por perceber aqui por este burgo, prendia-se com as possibilidades dinâmicas que dali poderiam advir.
 De reduzida dimensão, não muito largos mas sobretudo com carroçarias de altura considerável quando comparados com os modelos da escala 1/32, suspeitava eu de que haveria de se recorrer a alguma habilidade e malabarismo para conseguir que não se desatasse de um momento para o outro, em descontroladas cambalhotas.
 A pista de testes foi a permanente de origem Ninco existente no Guimarães Slot Clube, o que me levava a acreditar mais depressa ainda, que os dotes de pilotagem seriam primordiais na tentativa de não desfazer as pérolas na primeira curva, já que os plásticos Carrera me pareciam mais adequados ao permitir que as derrapagens acabassem por beneficiar o comportamento destes pequerruchos da escala 1/24.
 Mas a surpresa foi total. A velocidade ainda que não sendo elevada, parece-me perfeitamente aceitável, havendo sempre a possibilidade de alterar a corrente dos 12V que serviram para o pequeno teste, para 13 ou até 15 V. Mas foi nas curvas que os pequerruchos mostraram um potencial verdadeiramente inacreditável. A verdade é que depois de começarmos a apertar o andamento, começamos a perceber que para se saír, parece estarmos perante uma missão impossível.
Para isso não serão estranhos o patilhão que parece bem concebido, mas sobretudo o seu chassis metálico que permite ao conjunto um centro de gravidade extremamente baixo.
Note-se que serviram de primeiro teste, modelos perfeitamente de série, o que nos leva a pensar que após alguns acertos de afinação, poderão mostrar-se francamente melhores ainda.
Embora me tivesse servido apenas do Mini e do Simca 1000 para este pequeno teste, ficou a ideia de que talvez fruto do seu menor peso, o Mini tem mais velocidade e que o Simca terá mais tendência para abanar a traseira. Mas nós sabemos que quando se chegar ao capítulo competitivo, os pilotos vão conseguir colmatar alguns dos pequenos defeitos que cada modelo apresenta. E falta também perceber o que valerão o NSU TT e o Fiat 1000 Abarth, mas estou convicto de que um campeonato com estas bombinhas se precisa, ainda que possa ser Ninco o terreno para as batalhas.

domingo, 23 de dezembro de 2018

Feliz Natal


E o que virá agora aí? BRM

 Tendo iniciado as suas criações com a reprodução de modelos do Grupo C, rápidamente começou a explorar outras categorias, como os Renault Megane Trophy e modelos da categoria GT. No entanto, terá sido o desafio proposto por praticantes americanos para a recriação dos extraordinários "Muscle Car" que terão forçado o verdadeiro incremento para o sucesso no seio da modalidade à escala 1/24, por parte da BRM.
 Estes acabaram por se transformar num verdadeiro êxito e acabaria mesmo por fornecer os dados para a verdadeira fonte de inspiração ligada aos modelos europeus.
 Camaro e Mustang, dois verdadeiros modelos de sonho e plenos de êxito não só no seu terreno de eleição que foi os Estados Unidos, mas também pelos quatro cantos do mundo.
 E claro que se essa formula funcionou com os carros da terra do Tio Sam, então porque não tentar com os heróis da velha Europa?
Nasciam assim numa primeira fase o NSU TT e o Simca 1000 Rally 2, ao que se seguiriam o Renault  8 Gordini, Fiat 1000 Abarth e o Mini Cooper S.

 E acabaria esta iniciativa no imediato por cativar os adeptos, pois cada um deles arrasta consigo paixões. Mas não foi só o encantamento dos adeptos a motivar a aproximação dos praticantes a estas verdadeiras preciosidades. Pela primeira vez na história do slot car, eram-nos oferecidos modelos dotados de camber negativo no eixo posterior, algo possível pela adopção de um cardan e dois semi-eixos, provocando uma maior proximidade visual com algo característico nestes modelos de tracção traseira, à excepção é claro, do Mini Cooper que tal como sabemos, dispõe na realidade de tracção dianteira. No entanto, a esta escala optou-se por desvirtuar um pouco a realidade e dotar o Mini de igual tracção posterior.

 E assumido o êxito através do rápido desaparecimento no mercado de algumas destas peças que servem não só os intentos dos praticantes da modalidade mas enchem também algumas estantes de coleccionadores, parece que o filão de modelos a recriar não terá muito mais por onde explorar.
E assim sendo, a BRM anunciou já a próxima vaga de modelos com enorme poder de hipnotização dos apaixonados pelos automóveis e praticantes dos slot car. E que melhor escolha poderiam ter feito?
Na realidade, o Ford Escort MK I representa uma enorme página dos desporto automóvel mundial, com marcantes êxitos tanto no capítulo da velocidade, dos ralis e até nalgumas provas maratona, como foi o êxito conseguido prova Londres-México. Conquistou e deu a conquistar vários títulos mundiais, para além dos inúmeros títulos nacionais espalhados por todo o mundo.
 Parece-me sem dúvida uma aposta mais do que acertada a escolha deste modelo, permitindo-se ainda a BRM a uma panóplia de possíveis escolhas em termos de opções cromáticas
 E anunciam-se para já e tal como tem vindo a acontecer com as anteriores edições, quatro versões distintas. Claro que outras se seguirão, o que facilitará a nossa opção.

 Mas a questão que agora se me pôe é quais serão os modelos que à semelhança da série dos 1000/1300, se lhe seguirão. As opções são inúmeras, mas o que é que gostaríamos mesmo de ver retratado?
 Da minha parte, pelo menos o Ford Capri, Alfa Romeo GTV e BMW 2002 eram uma prioridade absoluta. Depois destes, também via com bons olhos a chegada dos Opel Commodore, BMW 2800 CS, num lote que poderia ser estendido a outros menos comuns, mas que não deixam de ser verdadeiros ícones do automobilismo, como os Chevrolet Camaro, Toyota Celica .....










Agora aguardemos para perceber quais serão afinal as intenções deste fabricante que nos tem vindo a encher as medidas...