segunda-feira, 9 de julho de 2012

Sideways VS Fly

 Chegou-nos a mais recente produção oriunda das linhas de criação da Racer, mais especificamente da sua linha de modelos de plástico com a designação de série "Sideways". E mais não é do que o esperadíssimo Ford Capri Gr 5 que participou no campeonato alemão DRM, em 1981 e que se sagrou vencedor da prova de Nurburgring pelas mãos de K. Ludwig.
 Modelo que encheu de glória a marca da oval azul, este potentíssimo modelo de competição quase não encontrou rival no asfalto. E agora para lhe seguir as pisadas, chega-nos o modelo de Slot.
 E que bela máquina esta que a Racer nos traz. Excelente nas suas linhas, acreditamos ainda que a sua mais valia estará ainda por descobrir, quando os mais afoitos se derem à tarefa de os desenvolver para a competição. É certo que poucos motivos o justificam ainda, dada a escassez de concorrência, mas a seu tempo, quando este mesmo fabricante nos fizer chegar o Lancia Beta, O Porsche 935/K3, o BMW M1, .... então nessa altura, deixarão de existir os "ses" e vai ser mesmo necessário deitar mãos-à-obra.

 Para uma comparação entre fabricantes, servimo-nos dos extintos Capri da Fly, que ainda hoje podem ser tomadas como excelente referência. Isso, enquanto maqueta, pois no capítulo dinâmico, seria absoluta estupidez tentar qualquer comparação, já que essa, só mesmo no mundo dos lunáticos.
 Existem algumas diferenças nas linhas de ambos os modelos, notando-se no imediato uma frente um pouco mais arredondada no modelo Fly, apesar de nos parecer mais realista, tanto ao nível dos guarda-lama como do próprio spoiler frontal, no modelo da Racer.
 Nota-se na imagem de cima, que o spoiler do modelo da Racer é bastante mais recto. Quanto às dimensões, o agora chegado Capri é também um pouco mais comprido, mas o seu óculo traseiro de maiores dimensões , d~-lhe um aspecto mais verdadeiro.
 A imagem de cima, mostra-nos um Capri da Racer com aspecto mais compacto e mais baixo. Ainda o modelo da Racer contempla um dos característicos apêndices destes modelos e que a Fly se esqueceu. Trata-se das pequenas derivas verticais que separam o capôt-motor, dos guarda-lama.
 Vistos de cima, é possível verificar-se a disparidade de formato das grelhas de arejamento sobre o capôt-motor. No entanto, ambos se encontram correctos, pois embora as mais vulgares sejam mesmo as representadas no novo Capri, a verdade é que ambas existiram.
Quanto às traseiras, muito pouco será alvo de observação, para além da dimensão do próprio óculo.

 Já vistos de lado, o modelo Fly surge bem mais elevado, talvez fruto de uma dimensão de rodas bem maior. Parece-me no entanto este, mais correcto, já que estas eram mesmo de formato agigantado. Embora a Racer se tivesse também preocupado em diferenciar nesse particular, as rodas da frente das de trás, parece-me por uma questão de optimização das performances deste Capri, ter fugido um pouco da realidade.
Quanto à secção frontal, o modelo da Racer parece-me agora melhor conseguido, com um afundanço da sua linha, num plano já mais avançado, e não a cair quase a partir do pára-brisas, como acontece no modelo Fly.

 A representação do escape e do relevo a que obrigou na própria carroçaria, surge muito bem delineado no Capri da Racer.
 As cotas entre eixos e larguras dos eixos são bastante similares, o que demonstra que estarão muito próximos das verdadeiras cotas, mas à escala 1/32.
 Quanto à parte traseira mesmo, como se observa na imagem de baixo, existiram também dois tipos, isto é, uma completamente nivelada no seu plano mais inferior e outra recortada.E aqui, a Fly escolheu uma e a Racer a outra. Quanto à dimensão dos Stop's, provávelmente o meio termo fosse o indicado, já que enquanto a Racer aposta num formato algo exagerado na sua altura, a Fly peca por defeito. Já a Racer faz a diferenciação das várias cores ali presentes, o que lhe confere aspecto mais agradável e condizente com o modelo real.


 Que belas máquinas.
Falta agora o capítulo dinâmico, que a seu tempo provavelmente ditará as suas leis.
Quanto aos conceitos mecânicos, a disparidade é total. A Fly optou por um chassis plano que incorpora um motor frontal, de maneira a fidelizar o modelo com a realidade, uma política que se mostrou desastrosa e completamente inoperante. Por seu lado, a Racer aposta num chassis potenciado por uma infinidade de opções de afinação, complementado por um berço independente capaz de receber um motor boxer em posição anglewinder. De acordo com as mais salutares regras da competição, este novo Capri, promete.....

3 comentários:

  1. Os carros são realmente lindos :)

    Para além disso parecem ser uma boa base para competição ;)

    Esperam-se os primeiros testes :D

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  2. Tal como o Mota nos tem habituado, excelente tópico, apenas um pequeno realce, que talvez te "ajude" a uma melhor comparação dinâmica.
    A Fly pegou na "base" do capri e desenvolveu na altura um carro capaz de se "degladiar" com os melhores GT's da época. Esse Capri pertencia á "gama" Fly Racing e possuía tal como todos os carros pertencentes a essa gama, um chassi mais desenvolvido com motor caixa longa em posição inline (era o que de melhor se fazia na altura para 1:32), carroçaria mais leve de cor única (existiam várias cores, amarela, branca, azul....) e interior em lexan.

    Continua, é sempre um "regalo" ver o que "desencantas" ;)

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  3. Olá amigo Kdc....Pedro Marnoto

    É verdade, tens toda a razão e eu sei dessa existência. Infelizmente aquando da redacção deste artigo, escapou-me em absoluto e por essa razão não me refirpo a essa série da Fly. E dinmâmicamente, tratavam-se de soluções bem interessantes e agradáveis na sua pilotagem. Um conceito abandonado pela Fly, o que no meu ponto de vista, foi um tremendo erro.

    Muito obrigado pela chamada de atenção.
    Já agora e porque não tenho o teu contacto, como está o teu filhote?

    Um abraço

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