Se a Sideways havia já antecipado algumas das suas novidades para o corrente ano de 2018 relativamente aos seus conhecidos modelos, acabaria por surpreender ao reservar-se no que dizia respeito a outros.
O Ford Mustang com as côres da Gulf, num resultado de belo efeito, era já nosso conhecido.
Mas o Porsche 935 com as côres da "Brumos" constituiu uma bela surpresa, já que este participante de Daytona combina uma das mais bonitas decorações para este modelo.
Já o Lancia Stratos parece ter-se socorrido de uma decoração que mais conhecida ficou no mundo dos ralis, mas que na realidade existiu também nesta versão participante da quinta edição do Giro d'Itália.
O Ford Capri vê chegar mais uma decoração, a preencher uma já longa lista de modelos editados. Desta vez coube-lhe uma das menos apelativas decorações, mas que num já extenso conjunto, acabará por ficar sempre bem.
Para o Lancia Beta chega-nos mais uma versão de Le Mans do ano de 1980. Agora completa-se uma dupla, já que a versão igual mas na côr azul, haviam-nos já feito chegar.
O Porsche 935 K2 que integrará a colecção da "John Player Special" já tinha sido anunciada, mas será talvez um dos mais esperados modelos.
E assim se vai completando um dos mais interessantes universos dedicados ao desporto motorizado.
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terça-feira, 28 de agosto de 2018
quarta-feira, 8 de agosto de 2018
Mais uma família Sideways - Ford Capri Grupo 5
Continuando na senda das famílias de Grupo 5, chega agora a vez de abordar as máquinas de origem norte americana.
A Sideways iniciou a sua série desta categoria de modelos, através da edição do Ford Capri. Sem dúvida excelente escolha, pois tratou-se afinal do mais bem sucedido de todos os modelos militantes nesta extraordinária competição destinada a modelos capazes de estrondosas performances.
Tanto o Ford Capri da "JPS Collection", uma temática destinada básicamente a modelos decorados sob este patrocinador, ainda que possam ou não ser inventados e ainda ao Ford Cpri sob as côres da "Wurth" sob fundo branco, que recolhem a maior procura de entre os coleccionadores desta matéria. Difícil mesmo, é conseguir-se dar com algum para venda, entrando portanto aí a regra da oferta e da procura, a fazer disparar os preços sobre cada uma destas versões.
Existe ainda outro Capri cuja decoração entra no capítulo das temáticas inventadas. Trata-se da versão decorada com as côres da "Gold Leaf Team Lotus", integrado na temática dos "Historical Teams", mas cuja cotação ou procura, não se aproxima do patamar dos dois anteriormente mencionados.
Mas quanto à família em si, conta já com um variado leque de decorações, todas elas marcantes do citado campeonato.
Para além da sua beleza, constitui também um dos exemplares com melhor desempenho dinâmico no capítulo dos Gr.5 dos slot cars. Não se trata do melhor, mas quando bem preparado, poderão contar com eles como sérios adversários.
E este alargado leque de oferta, recebeu como último exemplar chegado ao mercado, justamente o simétrico daquele que abriu a série dos Grupo 5. Trata-se do modelo da "Wurth", mas ao invés do branco, recebe agora o preto como côr de fundo.
Mas a temática "Família Ford" não estaria completa sem falarmos no seu congénere Mustang. Tratam-se afinal de dois similares modelos, que conseguem repartir o mesmo chassis. De cotas absolutamente iguais apesar de linhas que aparentam alguma natural diferenciação, o prémio de beleza vai direitinho para o Capri, mas o Mustang parece reunir alguns argumentos que lhe permitam vantagem no capítulo da dinâmica.
Afinal, mais uma bela família que nos é trazido por um fabricante que começa a apontar baterias para os modelos GT3. Contudo, parece não ter esfriado ainda os seus ímpetos, no que concerne à continuidade de lançamentos destes fabulosos Grupo 5.
A Sideways iniciou a sua série desta categoria de modelos, através da edição do Ford Capri. Sem dúvida excelente escolha, pois tratou-se afinal do mais bem sucedido de todos os modelos militantes nesta extraordinária competição destinada a modelos capazes de estrondosas performances.
Tanto o Ford Capri da "JPS Collection", uma temática destinada básicamente a modelos decorados sob este patrocinador, ainda que possam ou não ser inventados e ainda ao Ford Cpri sob as côres da "Wurth" sob fundo branco, que recolhem a maior procura de entre os coleccionadores desta matéria. Difícil mesmo, é conseguir-se dar com algum para venda, entrando portanto aí a regra da oferta e da procura, a fazer disparar os preços sobre cada uma destas versões.
Existe ainda outro Capri cuja decoração entra no capítulo das temáticas inventadas. Trata-se da versão decorada com as côres da "Gold Leaf Team Lotus", integrado na temática dos "Historical Teams", mas cuja cotação ou procura, não se aproxima do patamar dos dois anteriormente mencionados.
Mas quanto à família em si, conta já com um variado leque de decorações, todas elas marcantes do citado campeonato.
Para além da sua beleza, constitui também um dos exemplares com melhor desempenho dinâmico no capítulo dos Gr.5 dos slot cars. Não se trata do melhor, mas quando bem preparado, poderão contar com eles como sérios adversários.
E este alargado leque de oferta, recebeu como último exemplar chegado ao mercado, justamente o simétrico daquele que abriu a série dos Grupo 5. Trata-se do modelo da "Wurth", mas ao invés do branco, recebe agora o preto como côr de fundo.
Mas a temática "Família Ford" não estaria completa sem falarmos no seu congénere Mustang. Tratam-se afinal de dois similares modelos, que conseguem repartir o mesmo chassis. De cotas absolutamente iguais apesar de linhas que aparentam alguma natural diferenciação, o prémio de beleza vai direitinho para o Capri, mas o Mustang parece reunir alguns argumentos que lhe permitam vantagem no capítulo da dinâmica.
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quinta-feira, 15 de março de 2018
Gulf by Sideways
Anunciado para os finais de 2017, este belo Mustang de origem Sideways ainda não nos chegou, talvez porque tenha sido mais apropriada a edição do seu novo Lamborghini sob as mesmas côres.
No entanto, cá o esperamos na mesma, dado o seu espectacular resultado e que ajuda também a engrossar a bela temática "Gulf".
segunda-feira, 29 de maio de 2017
Capri ou Mustang, qual o melhor?
A chegada de mais uma reprodução do Ford Mustang de Grupo 5 por parte da Racer "Sideways", despertou-me novamente a curiosidade sobre a valia deste modelo relativamente ao seu primo europeu.
Repartindo o Capri o mesmo chassis com o Mustang e apresentando ambos linhas gerais absolutamente idênticas, parece oportuno perder alguns minutos numa análise comparativa, ainda que vá ficar a faltar o mais importante, o teste dinâmico. Contudo, algumas apreciações poderão ser avaliadas e poderão no imediato fazer pender a tendência de escolha, para um deles.
Se a avaliação dependesse exclusivamente de uma questão estética, essa penderia de caras para o Capri. Mas punhamos outros factores em cima da mesa e vejamos no final, se ouve ou não mudança de tendências...
Comecemos pelos pesos.
A primeira medição mostra-nos um Mustang mais pesado, o que contraria a tendência de apresentar as mais recentes evoluções ou produções, a ganhar nesse particular. Mas aqui, perde. Mas descasque-mo-los, para perceber de onde virá esse acréscimo de peso.
Pesados os chassis, fica claro que o carro americano foi buscar o seu peso, à parte mecânica. Assim sendo e porque a mecânica é comum, aquando da preparação do chassis e respectivos componentes mecânicos, será vantajoso apostar na carroçaria menos penalizada.
Passemos então às carroçarias. 0,4g marcam a diferença entre ambas, mas agora com a vantagem a pender para a mais recente criação. Poderá contudo esta encontrar-se na parte que compõe o habitáculo. Mas aqui a dúvida irá persistir, pois não me atrevi a desmontá-los, já que se encontram fixos às carroçarias por intermédio de cola. Contudo, ainda que a situação se possa inverter aquando da sua substituição por habitáculos em lexan, nunca haverá um deles a ganhar de modo bastante significativo, pelo que deveremos apreciar outros aspectos que poderão ter maior significado no capítulo da dinâmica.
A carroçaria do Mustang mostra-se 0,42 mm mais larga na via traseira. O pouco que possa parecer de ganho nesta via, poderá assumir importância de relevo, uma vez que facilitará o trabalho do efeito das suspensões e basculação com que normalmente contamos, aquando das preparações. Aqui, um ponto significativo a favôr do Mustang.
Na via frontal repete-se a vantagem para o Mustang, representando aqui um ganho em largura de 1,19 mm. Este aparente ganho, poderá ter menos significado do que na via traseira, pois normalmente aproveita-se mais o lábio da frente da carroçaria para servir de apoio nas curvas, do que própriamente as rodas, razão pela qual não valorizarei tanto, esta aparente vantagem. Mas sendo o lábio do Mustang também ele mais largo do que o do Capri, poderemos considerar que o Mustang soma uma segunda vantagem relativamente ao primo europeu.
A concepção do Mustang apresenta um parâmetro que lhe poderá conferir uma terceira vantagem, ainda que não verdadeiramente comprovada. Mas a avaliar por outros casos, já testados, se as pistas proporcionarem demasiada tracção, como é o caso de pistas tipo "Ninco", poderá acabar por ser uma assumida vantagem. Caso a competição ocorra em traçados "Carrera", poderá então nesse caso esfumar-se essa pelo menos teórica, vantagem .
Refiro-me então à adopção de guarda-lamas frontais independentes da restante estrutura da carroçaria. Permite isto a perda de alguma rigidez do conjunto, algo que se faz notar como vantajoso em pistas abrasivas e que provoquem demasiadas vibrações e que exigem alguma torção do conjunto carroçaria / chassis. No entanto, em termos de competição, aconselha-se a vantajosa adopção das carroçarias fornecidas em kit e comercializadas pelo fabricante, o que nos permitirá a fuga ás colas rijas com os quais veem de série montados, optando-se preferencialmente por colas flexíveis, como é o caso das colas de contacto. Na foto inferior, torna-se visível a parede vertical em que se fixam os guarda-lamas.
O cokpit do Mustang (imagem superior) apresenta agora um pequeno rebaixo que ajudará a que os fios do motor não interfiram tanto com essa bandeja. Mas esta vantagem acontecerá apenas, se os regulamentos exigirem que este órgão se mantenha conforme a originalidade dos modelos.
Mas façamos agora um pequeno teste que nos dê um indicador da distribuição de massas longitudinal em cada um dos modelos em análise.
Fixemos numa placa convencional em que normalmente afinamos os nossos modelos de competição e fixemos-lhe sensivelmente a meio, um eixo (imagem superior).
Seguidamente pousemos cada uma das carroçarias sobre esse eixo e deslocando-as para a frente e para trás, descubramos mais ou menos, onde será o ponto de equilíbrio de cada uma delas.
Como referência e uma vez que os chassis são os mesmos e as cavas das rodas se posicionam no mesmo local relativamente ao eixo posterior, vai ser esse ponto da carroçaria que servirá de medidor. Conclui-se que do ponto de equilíbrio atá à cava da roda posterior, no Capri mede 16,24 mm e no Mustang, 18,58 mm.
Permite-nos isto concluir que ouve um avanço na distribuição de pesos no Mustang, relativamente ao Capri.
Convém agora referir que o Capri está entre os três melhores modelos de Grupo 5 deste fabricante, tendo-se mostrado como penalizador do seu comportamento, a falta de peso frontal, sobretudo quando se consegue a excelência da sua tracção, obrigando ao uso de alguns elementos mais pesados, com recurso a jantes ou eixos que venham a permitir a anulação dessa tendência de levantar a frente nas acelerações mais bruscas, acabando naturalmente por vir a penalizar tanto a velocidade como o equilíbrio geral. Mas mostrando-se agora o Mustang com uma distribuição de pesos mais aperfeiçoada, parece-me estar-mos perante um digno sucessor do Capri. Estará ao nível do M1? Não sei, mas seguramente estará mais próximo, é uma certeza.
Traseiras sensivelmente iguais e uma frente um tudo nada mais comprida no Mustang, serão aspectos que pouco ou nada contarão.
Será que chegou o sucessor do Capri? Parece-me que sim....
Repartindo o Capri o mesmo chassis com o Mustang e apresentando ambos linhas gerais absolutamente idênticas, parece oportuno perder alguns minutos numa análise comparativa, ainda que vá ficar a faltar o mais importante, o teste dinâmico. Contudo, algumas apreciações poderão ser avaliadas e poderão no imediato fazer pender a tendência de escolha, para um deles.
Se a avaliação dependesse exclusivamente de uma questão estética, essa penderia de caras para o Capri. Mas punhamos outros factores em cima da mesa e vejamos no final, se ouve ou não mudança de tendências...
Comecemos pelos pesos.
A primeira medição mostra-nos um Mustang mais pesado, o que contraria a tendência de apresentar as mais recentes evoluções ou produções, a ganhar nesse particular. Mas aqui, perde. Mas descasque-mo-los, para perceber de onde virá esse acréscimo de peso.
Pesados os chassis, fica claro que o carro americano foi buscar o seu peso, à parte mecânica. Assim sendo e porque a mecânica é comum, aquando da preparação do chassis e respectivos componentes mecânicos, será vantajoso apostar na carroçaria menos penalizada.
Passemos então às carroçarias. 0,4g marcam a diferença entre ambas, mas agora com a vantagem a pender para a mais recente criação. Poderá contudo esta encontrar-se na parte que compõe o habitáculo. Mas aqui a dúvida irá persistir, pois não me atrevi a desmontá-los, já que se encontram fixos às carroçarias por intermédio de cola. Contudo, ainda que a situação se possa inverter aquando da sua substituição por habitáculos em lexan, nunca haverá um deles a ganhar de modo bastante significativo, pelo que deveremos apreciar outros aspectos que poderão ter maior significado no capítulo da dinâmica.
A carroçaria do Mustang mostra-se 0,42 mm mais larga na via traseira. O pouco que possa parecer de ganho nesta via, poderá assumir importância de relevo, uma vez que facilitará o trabalho do efeito das suspensões e basculação com que normalmente contamos, aquando das preparações. Aqui, um ponto significativo a favôr do Mustang.
Na via frontal repete-se a vantagem para o Mustang, representando aqui um ganho em largura de 1,19 mm. Este aparente ganho, poderá ter menos significado do que na via traseira, pois normalmente aproveita-se mais o lábio da frente da carroçaria para servir de apoio nas curvas, do que própriamente as rodas, razão pela qual não valorizarei tanto, esta aparente vantagem. Mas sendo o lábio do Mustang também ele mais largo do que o do Capri, poderemos considerar que o Mustang soma uma segunda vantagem relativamente ao primo europeu.
A concepção do Mustang apresenta um parâmetro que lhe poderá conferir uma terceira vantagem, ainda que não verdadeiramente comprovada. Mas a avaliar por outros casos, já testados, se as pistas proporcionarem demasiada tracção, como é o caso de pistas tipo "Ninco", poderá acabar por ser uma assumida vantagem. Caso a competição ocorra em traçados "Carrera", poderá então nesse caso esfumar-se essa pelo menos teórica, vantagem .
Refiro-me então à adopção de guarda-lamas frontais independentes da restante estrutura da carroçaria. Permite isto a perda de alguma rigidez do conjunto, algo que se faz notar como vantajoso em pistas abrasivas e que provoquem demasiadas vibrações e que exigem alguma torção do conjunto carroçaria / chassis. No entanto, em termos de competição, aconselha-se a vantajosa adopção das carroçarias fornecidas em kit e comercializadas pelo fabricante, o que nos permitirá a fuga ás colas rijas com os quais veem de série montados, optando-se preferencialmente por colas flexíveis, como é o caso das colas de contacto. Na foto inferior, torna-se visível a parede vertical em que se fixam os guarda-lamas.
O cokpit do Mustang (imagem superior) apresenta agora um pequeno rebaixo que ajudará a que os fios do motor não interfiram tanto com essa bandeja. Mas esta vantagem acontecerá apenas, se os regulamentos exigirem que este órgão se mantenha conforme a originalidade dos modelos.
Mas façamos agora um pequeno teste que nos dê um indicador da distribuição de massas longitudinal em cada um dos modelos em análise.
Fixemos numa placa convencional em que normalmente afinamos os nossos modelos de competição e fixemos-lhe sensivelmente a meio, um eixo (imagem superior).
Seguidamente pousemos cada uma das carroçarias sobre esse eixo e deslocando-as para a frente e para trás, descubramos mais ou menos, onde será o ponto de equilíbrio de cada uma delas.
Como referência e uma vez que os chassis são os mesmos e as cavas das rodas se posicionam no mesmo local relativamente ao eixo posterior, vai ser esse ponto da carroçaria que servirá de medidor. Conclui-se que do ponto de equilíbrio atá à cava da roda posterior, no Capri mede 16,24 mm e no Mustang, 18,58 mm.
Permite-nos isto concluir que ouve um avanço na distribuição de pesos no Mustang, relativamente ao Capri.
Convém agora referir que o Capri está entre os três melhores modelos de Grupo 5 deste fabricante, tendo-se mostrado como penalizador do seu comportamento, a falta de peso frontal, sobretudo quando se consegue a excelência da sua tracção, obrigando ao uso de alguns elementos mais pesados, com recurso a jantes ou eixos que venham a permitir a anulação dessa tendência de levantar a frente nas acelerações mais bruscas, acabando naturalmente por vir a penalizar tanto a velocidade como o equilíbrio geral. Mas mostrando-se agora o Mustang com uma distribuição de pesos mais aperfeiçoada, parece-me estar-mos perante um digno sucessor do Capri. Estará ao nível do M1? Não sei, mas seguramente estará mais próximo, é uma certeza.
Traseiras sensivelmente iguais e uma frente um tudo nada mais comprida no Mustang, serão aspectos que pouco ou nada contarão.
Será que chegou o sucessor do Capri? Parece-me que sim....
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terça-feira, 13 de setembro de 2016
Ford Mustang Gr.5 - Chegou o novo Sideways
Já chegou o novo Ford Capri da Sideways...desculpem, o novo Ford Mustang.
De facto, estes dois modelos podem prestar-se a alguma confusão.
E nascia assim um "Capri Mustanguizado". Se a estrutura tubular e os órgãos mecânicos eram repartidos, a carroçaria era no entanto outra, servindo assim interesses comerciais, ainda que os princípios aerodinâmicos se tivessem também mantido. Daí, a enorme semelhança conseguida entre o americano Mustang e o seu primo europeu.
Uma frente mais arredondada e um lábio de linhas mais rectilíneas que contrastam com uma frente mais angulada e um lábio mais arredondado do Ford Capri, acabam por não esconder toda uma mesma tendência de motor à frente e uma secção frontal esticada, complementadas com guarda-lamas substancialmente alargados.
As suas traseiras aparentam-se bem mais ainda do que as frentes, sendo talvez a estrutura dos vidros laterais a que mais se faz distinguir entre ambos.
E a semelhança entre ambos é de tal maneira notável, que o próprio chassis que a Sideways desenvolveu para o Ford Capri, serve os mesmos intentos no Ford Mustang, o que é o mesmo que dizer, que esse chassis, sem qulquer modificação, serve os dois modelos.
E afinal, que diferenças os poderão marcar?
Comecemos por analisá-las.
Levados à balança, a primeira constactação é de que a nova arma da Sideways se encontra mais pesada. 1,5gr é o que penaliza o novo Mustang, relativamente ao seu irmão mais velho.
Separadas as carroçarias dos chassis e levadas novamente à balança, o registo inverteu-se, com, ainda que mínima, vantagem de 0,5gr para o Mustang.
Mas então, se os chassis são iguais, onde estará a diferença?
No registo dos chassis, confirma-se que a nova máquina se encontra munida de um órgão mecânico penalizador em 1,9gr.
E é no novo berço do motor que se encontra a resposta. Em cima pode observar-se o comum berço que equipa os modelos Sideways desde a sua primeira edição. Em baixo, o novo berço.
Mais envolvente em relação ao motor, com paredes laterais mais elevadas, contempla ainda novas palhetas que permitem um melhor ajuste deste à bancada, tanto do lado do pinhão, como do lado oposto.
Em termos práticos, talvez a perda de vibrações assim conseguida, compense o acréscimo de gramas com que se apresenta. Algo que talvez nunca venhamos a constactar, já que a opção de equipar estes chassis com bancadas Slot.It e para os quais se encontram preparados, se tem mostrado como a solução mais sensata quando se trata de tomar o melhor partido destes modelos.
Será que teremos agora argumentos para conseguir perceber que perante tanta igualdade entre ambos, algum conseguirá sobressair?
É difícil, mas haverá pormenores sobre os quais poderemos ponderar, sendo que todas elas apenas teóricas. Ao nível de cotas na parte mecânica e uma vez que repartem o mesmo chassis, a vantagem não recairá sobre nenhum, sendo nula.
E se houver algum factor a marcar a diferença entre ambos, será pois a carroçaria a definir essa fronteira. E pensamos que estará sobretudo na distribuição de pesos, o busílis da questão. Mas trata-se de algo que nos é impossível da avaliar, tal a semelhança entre ambos. Por onde começar então?
Ligeiramente mais comprido e com a diferença a registar-se sobretudo na secção frontal, poderá ser um dos pontos a favôr do Mustang. Isto porque o Capri regista uma ligeira tendência para levantar a frente aquando das bruscas acelerações e após se conseguir que tenha uma tracção perfeita, algo que é um dos pontos fortes deste modelo. Se o Mustang, à custa deste ganho de comprimento registar o acréscimo de gramas nesta secção, pode ter visto anulada essa tendência do Ford Capri, com consequente vantagem a pender para o seu lado.
Apesar de muito ligeiramente mais alto, o novo aileron do Mustang mostra-se também mais estreito, acontecendo o mesmo com as extremidades finais dos alargamentos dos guarda-lama traseiros. Poderá isto dizer, que existe uma maior concentração de massa desta carroçaria na zona central da mesma, o que causará o consequente aumento de tracção. Se por um lado será vantajoso, por outro, poderá resultar num problema similar ao do Mustang, com a crónica tendência para levantar a frente à saída das curvas.
A frente do Mustang com extremidades mais largas, poderá beneficiar no limite, um apoio mais eficaz em curva.
Mas tudo isto são teorias que poderão caír por terra, aquando da sua passagem para a competição pura, no entanto, parece-nos que poderá vir a tornar-se ligeiramente superior, quanto mais não seja, a começar pelo próprio peso.
Mas poderá este Mustang colher benefícios da nova arquitectura pela qual a Sideways optou na sua construção. Dotado de guarda-lama frontais independentes da restante estrutura da carroçaria, poderá conferir-lhe alguma vantagem pelo real aumento de flexibilidade de que se encontra dotado. Este poderá vir a tornar-se no mais marcante aspecto distintivo entre ambos, mas apenas a prática o confirmará.
Curiosa é a opção que tomaram para a reprodução do aileron. Poderá ter acontecido apenas, para que esta coubesse dentro da embalagem comum deste fabricante, visto tratar-se de uma carroçaria que se encontra nos seus limites. Mas poderá vir aí mais qualquer coisa. Quem sabe se na maga não está por exemplo a sua reprodução em lexan? Se isso acontecer, o Capri esqueça....
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