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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Hummermania

 Hummer é sinónimo de guerra. Veículo nascido de conveniências e estratégias militares e desenvolvido potencialmente para ser capaz de ultrapassar as maiores advercidades dos terrenos mais exigentes, cedo haveria contudo de se transformar num modelo da moda e da loucura. As suas brutais cotas, fizeram dele um Jeep diferente e cobiçado.
O seu êxito foi tal que houve necessidade de reconverter esta besta do deserto numa versão mais civilizada e capaz de ocupar um lugar no mundo citadino dos automóveis.
E foi também cedo que este monstro das pistas do deserto se transformou para ocupar lugar nas pistas  de competição mais exigentes do mundo. Desde as populares bajas norte americanas ao Paris-Dakar, tudo passou a ser pretexto para este protagonista poder brilhar. E inevitávelmente, acabaria por nos chegar ao mundo do slot.
 Power Slot foi o primeiro dos fabricantes a olhar para ele com o propósito de dele fazer um vencedor nas provas de TT, tendo editado algumas variantes mas sempre sobre a versão H1, ou seja, a mesma base do veículo militar. Dotado de tracção total a fazer-se através de correias duplas para o eixo da frente e um braço de patilhão basculante ao que se juntaram também suspensões nas quatro rodas, levou-nos a crer poder vir a tratar-se de um puro vencedor. Acabaria por ser todo este ambicioso projecto um verdadeiro fracasso, muito por culpa de alguma ineficácia do conjunto, mas sobretudo pela tremendamente frágil qualidade dos materiais de que se fez equipar.
Relembre-se que à data pouco material suplente de qualidade existia no mercado que se pudesse aproveitar para ali montar, pelo que pouco mais serviu do que para aproveitar as suas carroçarias e montá-las em chassis que alguns artesãos lá nos íam fazendo chegar.
 Já a Scalextric/SCX aproveitou para desenvolver também o seu Hummer, mas desta feita sobre a versão H3, Jeepão na mesma mas menos brutal, mais estreito e de aspecto não tão austero quanto a versão do exército. A sua opção mecânica apoiou-se na sua convencional mecânica desenvolvida para a restante linha dos seus TT's. Ou seja, a tracção a fazer-se por pinhão/cremalheira em ambos os eixos, servindo-se de um sub-chassis para exercer o efeito de suspensões e recorrendo igualmente a um braço basculante como suporte do patilhão.
O resultado dinâmico daqui proveniente, acaba por ficar aquém das qualidades dinâmicas apresentadas pelos restantes modelos desenvolvidos pela própria marca. Maior altura, maior distância entre eixos e um braço de patilhão extremamente sensível à torção, poderão ser apontados como causa desta perda de eficácia frente ao Volkswagen Touareg e Mitsubishi Montero, ambos do mesmo fabricante. Ressalve-se aqui que no que respeita à resistência de todo o sistema, parece estar-mos perante um verdadeiro Hummer da Guerra do Golfo, resistindo a tudo sem apresentar a menor fadiga dos materiais.

Depois assistimos à produção da versão H3 Proto, uma brutal versão especificamente desenvolvida para o Paris-Dakar, um verdadeiro protótipo nascido com base numa estrutura tubular ao que se juntou um brutal motor na parte traseira. E por se encontrar inscrito para essa maratona na lista dos Buggy's, apenas se lhe permitia a adopção de tracção ao eixo posterior. E devemos afinal a sua chegada à escala 1/32, ao fabricante artesanal de modelos em resina, Slot Art. Uma vez que as cotas entre eixos se encontram muito próximas das da Ford Pro Truck editada pelo fabricante Ninco, um modelo que originalmente se encontra igualmente provido de tracção apenas ao eixo traseiro, será talvez a melhor das opções para provocar dinamismo  a esta brutal máquina, com a natural aproximação com a realidade. Aconselha-se, caso se pretenda dele usufruir na modalidade e com este chassis, a apostar num braço de patilhão de origem Bowler ou Schlesser, dada a natural vantagem do seu maior comprimento, relativamente ao que equipa de série a Ford. Mas esta não será a única opção mecânica, já que não será de descurar a possibilidade de se lhe montar também, a mecânica do próprio Hummer da SCX, já que a distância entre eixos se mantém.
 Mas afinal, à imagem da realidade, também aqui parece não estar-mos perante nenhuma das mais ambiciosas opções que nos possam levar ao êxito. Mas fica sempre a vontade de deles poder usufruir, caso o prazer de deles desfrutar seja o imperativo de quem os tiver, ou simplesmente, resumir-se a sua existência ao simples mas específico espaço para eles criado.
Mas a Ninco também nos ofereceu a série H3, similar à produção da Scalextric/SCX. Isto é, embora se trate da mesma versão, aqui poderemos aproveitar para um passeio em grande estilo, ao invés de pensar-mos nele como uma arma de corridas.
 Civilizado quanto baste, vem também ele ocupar um merecido lugar no seio da Hummermania...

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Razões para o declíneo ....

Questiono-me sobre as razões que levaram uma Power Slot, ao declínio.
Isto faz-me lembrar, o que se passou igualmente com outro fabricante, cujos ideais de projecto pareceriam projectá-los para o estrelato. Foi o caso também, da Spirit.
 Afinal, o que se encontra na génese do fracasso?
Talvez a explicação, se encontre na razão inversa.
Porque terão outros fabricantes, tanto sucesso?
 A Power Slot, e continuo a encontrar similitude no fabricante Spirit, foi inovadora a nível de conceitos e até no que respeita às opções de modelos a integrar nas apostas de lançamentos para o mercado. E tanto um como o outro, embora ousadas, tocaram em pontos sensíveis do automobilismo histórico, suficientemente capazes de acordar dentro de nós históricos registos gravados nas nossas longínquas memórias. Também as recentes criações para o automobilismo mais moderno, foram sendo descobertas, fazendo com que nos mantivessemos despertos para as mais recentes evoluções do automobilismo mundial.
Bem, mas se assim foi, então onde recaiu o insucesso?
 O Lola T298, foi uma das melhores criações deste fabricante. Registou-se na mesma, um desesperante insucesso.
 Não faltaram sequer, as mais ousadas apostas em modelos bem vivos das mais recentes memórias, como foi o caso do Hummer e a sua gloriosa batalha da Guerra do Golfo, que sugeria um eficaz aproveitamento destes modelos para as provas de Todo Terreno.
 Mas uma vez mais, o desespero deste fabricante, culminava com uma insistente falha nas vendas.
Um incontornável fracasso que terminava com o enterrar do machado, ao registar-se mais uma falência.
 Mas afinal, e então?
Afinal, se calhar, o sucesso dos restantes fabricantes, deve-se não só a tudo e a todas as apostas que atrás foram ditas, mas sobretudo à inegável qualidade dos acessórios que em paralelo vão comercializando.
 Na verdade, tanto a Power Slot como a Spirit muito deixavam a desejar nesse particular. E constatarmos que os Hummer quase se desfaziam, a par da utilização de pneus que mais pareciam apropriados para equipar brinquedos infantis de Hipermercado, fazia dó.
Afinal este monstro tudo parecia ter para vingar, mas a fraca qualidade era tão gritante, que na realidade outra coisa não se esperaria. Uma pena.
Mas foi com bastante espanto que durante a deslocação a Igualada, espantosamente via estes brutos das nossas pistas, em desempenhos de se lhe tirar o chapéu em fantásticas provas de TT. Quase babava....
Mas o sucesso deve-se mesmo às excelentes mecânicas que nuestros hermanos lhes conseguem adaptar. Dotados de uma brutal tracção associada a um desempenho de suspensões absolutamente notável, era delicioso verificar como ultrapassavam as incríveis dificuldades que se lhes interpunham.
Então, se estes fabricantes tivessem sabido impor alguma qualidade geral aos seus modelos, talvez ainda hoje estivessemos a usufruir de algumas máquinas de sua origem.
O mercado não se compadece com os mais fracos e esta é uma realidade cuja constatação, para muita pena nossa, ocorreu à frente dos nossos olhos.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Lola T280 e Lola T298


Através da Sloter, tivemos a grata surpresa de ver editado no Slot o modelo do saudoso Team Bip (Banco Inetrnacional Português)
Esta edição foi apenas possível de aquisição na sua série digital, vindo a equipá-los o mecanismo desenvolvido pela Scalextric/SCX.
Tal como já comentado em anteriores artigos, trata-se de uma peça de relevante importância para nós portugueses, por tudo o que esta equipa conseguiu em termos de resultados, na Europa.
A reprodução também se encontra com indiscutível qualidade e a sua decoração que não sendo exigente em termos de reprodução, surge muito boa.
Mecânicamente, trata-se de um modelo sem grandes avanços técnicos, mas razoável quanto baste em termos de comportamento.
Pena não se ter dado continuidade com a passagem para o modelo T298 da Lola, que este Team acabou por levar para as pistas.
 Com o surgimento do T298 por parte da Power Slot, ainda surgiram algumas esperanças, apesar do ailerion deste modelo não ser exactamente igual ao da reprodução do modelo de Andrés Vilariño.
 Mas foi com muita pena que assistimos à extinção deste fabricante, pois assim o mais provável mesmo, é nunca mais surgir esta reprodução.
 Que pena.....

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Lola VS Lola

 Dois modelos surgiram no mercado em épocas distintas, cada um deles com o seu interesse.
Sobretudo a história, faz deles peças interessantes pelos resultados e imagens que ainda hoje conseguimos conservar.
Por parte da Sloter, temos um belo Lola T280 do qual mantemos gratas recordações do Team Bip, para não falar do aqui mostrado participante em Le Mans e o da Power Slot, o Lola T298 que integrado no mesmo Team português, conseguiu resultados de alto relevo nos campeonatos europeus. Como se não bastasse, aqui bem perto, na Rampa na Falperra, vimos várias vezes evoluir este mesmo modelo e com esta mesma decoração aqui mostrada, pelas mãos do próprio Andrés Vilariño, várias vezes Campeão Europeu de Montanha.

 O segundo surge como resultado evolutivo que a ciência nos vai permitindo fazer avançar o mundo, mostrando-nos um modelo de linhas mais fluídas, mais largo e mais aerodinâmico.
Estes dois fabricantes que têm hoje em comum o seu triste desaparecimento, permitiram-nos poder hoje usufruir e reconstruir um pouco mais da história desta marca, que já havia também anteriormente podido contar com colaboração da Fly através da edição do seu Lola T70 e mais tarde através da Revell, do mesmo T70 em versão Spyder. Está deste modo, melhor ou pior, escrita uma página carregada de interesse e ligada ao Slot, através do contributo destes quatro fabricantes.
 E olhando para estes dois modelos de forma comparativa, desde logo nos fica a empírica ideia de estarmos perante um Lola T298 francamente mais performante. Assim nos indica, o aspecto. Na verdade desconheço o resultado dinâmico, mas não me restarão grandes dúvidas quanto a esse facto.

 O modelo da Power Slot demonstra ter uma silhueta ligeiramente mais baixa, o que por si só, já constituirá um bom indicador.

 Continuando na guerra das medidas, continua o modelo da Power Slot a ganhar, ao apresentar uma distância entre eixos superior, bem como a mais significativa distância, eixo traseiro/patilhão, nitidamente a seu favor.

 E se o mesmo modelo apresenta um eixo posterior mais largo o que lhe conferirá um aumento de sutentabilidade no extremo dos seus limites, à frente o apoio proporcionado pelo seu muito mais largo eixo, representará um ganho indiscutivelmente muito mais importante.

O maior ângulo de viragem que o seu patilhão consegue relativamente ao modelo da Sloter (imagem de baixo), poderá em situações de ganchos apertados como acontece nas rampas, representar uma mais valia.
Menos positivo será talvez o alongamento apresentado pelo seu aileron, que poderá causar o desconfortável balancear da traseira e denunciar com facilidade a precariedade de falta de tracção, caso os pneus não se encontrem colaborantes.
Algum reparo merece a falta de qualidade de alguns dos componentes que equipam o Lola T298 da Power Slot, como as jantes por exemplo, equanto na Sloter, sem que seja um exemplo, apresente qualidade superior.

 Mecânicamente, estamos perante conceitos absolutamente distintos. No modelo da Sloter somos confrontados com uma motorização de caixa pequena fixada directamente ao chassis e em posição Sidewinder, enquanto a Power Slot apostou num motor boxer em posição Anglewinder acoplado ao chassis através da utilização de um berço independente.
Nitidamente as vantagens estão todas do lado da Powerslot e se o modelo da Sloter em seu tempo ainda conseguiu alguns brilharetes nos animados confrontos com os carros da poderosa Slot.It, este Lola T298 acaba de me deixar francamente, com a pulga atrás da orelha.
 E afinal, porque foi este T298 inexplicávelmente esquecido?