Catorze pilotos presentes, marcam por si só uma barreira poucas vezes atingida, mas ficou marcada sobretudo, pela qualidade dos novatos que se estrearam.
Nem mais. De entre a armada de "habitués", três deles eram homens do mundo real.
Bom, nós também éramos, mas estes são mesmo especiais.
É que para um campeonato de Clássicos, nada como um recheio a condizer. Tratam-se afinal, de homens dos nossos campeonatos de Clássicos do mundo da velocidades. Eram eles, Pedro Martins, Arnaldo Marques e Nuno Dias. E como maestro desta banda parecia estar Gil Oliveira, mas os seus conhecimentos deste mundo, de nada servem como conselho a Pedro Martins, um dos homens fortes do slot à uns anos atrás. Bem, mas podia servir de algo tanto para o Arnaldo Marques como para o Nuno Dias, ambos a estrearem-se na modalidade, caso soubesse ele mais do que os agora chegados.
E depois de dados a conhecer os preceitos que gerem a modalidade, era hora de se rumar para a grelha de partida e de tentar o melhor dos desempenhos. Tivemos ainda como estreante, Marcos Ferreira, um jovem que aqui veio demonstrar um talento invulgar para quem se inicia na modalidade.
E se a partida contou com a totalidade dos estreantes, faziam-lhes companhia o líder do campeonato, Augusto Amorim e ainda Carlos Afonso, a estrear um Chaparral que prometia muito mais do que o anteriormente utilizado.
Nuno Dias, o piloto do Campeonato Nacional de Clássicos, ao volante de um Fiat 127.
E a prova iniciou-se e com ela um imediato ataque à primeira posição por parte de Augusto Amorim e um Carlos Afonso verdadeiramente empenhado em melhorar o resultado da primeira batalha. Complicada estava a luta dos principiantes, já que as facilidades do mundo real, multiplicavam-se aqui em tremendas dificuldades. Mas era Marcos Ferreira quem dos iniciados se mostrava com mais dotes para a "coisa". Enquanto isso, Arnaldo Marques transformava as indisfarçáveis dificuldades, numa tremenda boa disposição. Mas era Nuno Dias quem mais complicações viria a passar, já que o seu inicial Ford P68 havia mesmo por ter que dar lugar a um Ford GT 40.
E como se optou uma vez mais pela estrutura da prova recorrer a calhas virtuais, os pilotos foram-se revezando e foi dando para perceber que eram vários os pilotos capazes de andamentos muito fortes e por isso, capazes de fazer perigar a aparente liderança de Augusto Amorim. E para essa luta surgiam Luís Azevedo, César Amorim, Rui Mota e David Azevedo. Afinal, algo inabitual.
Entretanto, Vítor Lopes obrigado a trocar o seu carro de prova por outro de recurso mesmo antes da prova, sentia naturalmente inesperadas dificuldades. Também David Fernandes recorria a um Ford P68 não muito do seu agrado, por troca com o seu Chaparral. Marco Silva e Ricardo Ferreira íam fazendo uma prova muito boa, que dependendo de um desempenho menos conseguido dos seus mais directos adversários, poderia permitir-lhes lugares de excelência.
Pedro Martins, um dos homens dos carros reais, teve aqui um louvável regresso a uma modalidade onde já deu cartas.
A imagem de cima mostra uma das participações de Pedro Martins e onde curiosamente, eu, Rui Mota, acabei por ser o chefe da sua equipa. Em baixo, o Ford Escort que acabaria no terceiro degrau do pódio dessa prova.
Em baixo, Pedro Martins ao volante na hora dos treinos oficiais.
Gil Oliveira exuberante a tentar pôr-se lado-a-lado com Arnaldo Marques, tal como os carros da imagem de baixo, mas não chegou a tempo para esse embate.
Em cima, o homem da "Febre Amarela", do Datsun amarelo, na calha amarela e que correu com um Ferrari amarelo....é muita coisa para um homem só!
Em baixo, Arnaldo Marques em plena acção e a mostrar como se anda na esca 1/1. Mas aqui, as coisas parecem ter para já, outras incontornáveis dificuldades.E também Nuno Dias acusou a troca da tracção à frente para a tracção atrás. Não estava habituado, parece ter sido esse o argumento para justificar a penúltima posição em que acabou, apesar do mesmo número de voltas relativamente a Arnaldo Marques que fecharia a lista da classificação. No fundo, parece que algo se inverteu quando comparado com a realidade.
E entre os "consagrados", a prova acabaria por ser uma verdadeira guerra de nervos, com Rui Mota a intrometer-se na luta pela vitória, acabando mesmo na segunda posição e com o mesmo número de voltas de Augusto Amorim, o para já invicto deste campeonato. E a apenas uma volta destes, ficaria o "incrível" Luís Azevedo que pouco ou nada havia treinado e a ocupar portanto, a terceira posição.
César Amorim acabaria por repetir a bela exibição da prova de estreia, mas acabando por descer uma posição, muito por culpa da subida de performance de Rui Mota.
David Azevedo acabaria a apenas uma volta de César Amorim e viu imediatamente atrás de si Ricardo Ferreira, um piloto que chegou a esta jornada muito motivado e carregado de esperanças numa boa classificação.
Marco Silva e Carlos Afonso, repetiram a guerra da primeira jornada, pendendo o sétimo lugar a favôr do primeiro apenas por uma volta, naquela que parece ser a continuidade de uma guerra entre vimaranenses.
Apesar de insatisfeito com a classificação obtida, David Fernandes impunha-se ainda assim a Vítor Lopes.
Atrás destes, dos habituais participantes dos campeonatos deste clube, surgiam os pilotos que vieram fazer as nossas delícias pelos naturais créditos enquanto vedetas dos nossos campeonatos de velocidade. E a eles o nosso honroso "muito obrigado" por nos terem brindado com a sua presença. E destes, uma natural supremacia por parte de Pedro Martins, seguindo-se-lhe Marcos Ferreira, o piloto que mais nos viria a surpreender pela extraordinária habilidade demonstrada. E a fechar, Nuno Dias e Arnaldo Marques.
O pódio dos carros. Desta vez o Matra viu-se mais apertado pelo Mc' Laren e Chaparral.
Pódio dos pilotos
Pódio - Pilotos Ouro
Pódio - Pilotos Prata (ausência de Carlos Afonso)
Pódio - Pilotos Bronze
Em baixo, fica bem demonstrada a satisfação de Ricardo Ferreira ladeado pelos igualmente satisfeitos, pilotos estreantes.
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