E assim aconteceu com o primeiro desenvolvimento da marca que recebeu a designação de 917/10, uma poderosa máquina que arrasou por completo a concorrência, sobretudo a Mc'Laren que vinha dominando durante 5 anos consecutivos este campeonato.
1972 foi então o ano do domínio Porsche que justamente através da primeira versão deste modelo e do piloto George Follmer, haveriam de impor a categoria deste verdadeiro combatente do asfalto. Poderoso mecânicamente e suficientemente desenvolvido ao nível de chassis e aerodinâmica, impôs-se com facilidade aos anteriormente dominadores deste campeonato.
Através da Fly há já alguns anos, esta fantástica máquina foi-nos trazida para o mundo do Slot, onde para além do seu grande valor como maqueta, nunca conseguiu à semelhança do modelo verdadeiro, atingir o estrelato.
Mas o domínio deste modelo foi conseguido ainda no ano seguinte através da aposta numa evolução que o transformou no carro de corridas mais potente de sempre, onde pelo que rezam os anais, chegou a atingir os 1300 cv de potência.
Chamou-se agora, Porsche 917/30KL.
Mais rebuscapo aerodinâmicamente, apresentava-se com linhas mais arredondadas e fluídas, onde sobretudo na secção traseira se viu prolongado até ao limite extremo do aileron.Equipado com um super propulsor dotado de duplo Turbo, viu o ano de 1973 completamente dominado por esta imbatível máquina, de onde sairia vencedor desta vez Mark Donohue.
Porém, tal domínio tornou-se até escandaloso pela falta de oposição por parte da concorrência, o que levou a que os promotores deste campeopnato tivessem revisto os regulamentos, de forma a deixarem de fora esta portentosa máquina de corridas.
Mas para o Slot, havia de ser desta vez a Carrera a debruçar o seu interesse por este histórico campeão. Mas à semelhança da Fly, também este modelo vale mais sobretudo pela maqueta e significado que ostenta, do que própriamente por se tratar de um campeão do plástico.
Tratam-se no entanto para os apaixonados da marca e do Slot, de duas máquinas imperdíveis.
A Fly impôe todo um invejável requinte, numa peça de excelência quanto à totalidade da maqueta, enquanto a Carrera consegue no seu modelo, a ostentação de todo um brutal carro de competição.
Tanto um como o outro apresentam silhuetas de grande agradabilidade e muita correcção de linhas.Substancialmente diferentes ao nível das suas linhas, não conseguem no entanto disfarçar as naturais semelhanças e a originalidade das suas linhas.
Na secção traseira a grande distinção surge no prolongamento da parte inferior do capôt-motor até ao alinhamento com a extremidade mais recuada do aileron, o que altera substancialmente o visual do modelo, mas sobretudo, melhora o fluxo aerodinâmico daquela secção do carro.
O modelo Fly denota muito mais cuidados de reprodução e fidelidade relativamente o modelo que lhes deu origem.Os conceitos mecânicos são diversos, sendo o Carrera mais pesado também e muito mais munido de ímanes numa totalidade de três, ao invés da unidade da aposta da Fly.
Duas excelentes reproduções, embora interiramente vocacionadas para serem apreciadas em estantes....
Viva Amigo Mota.
ResponderEliminarDois exemplares modelos, sim senhor!
E uma boa peça de escrita.
Cumprimentos.
Boas
ResponderEliminarPara mim este Porsche é a antítese do que eram os Porsche antes dele. Se até finais dos anos 60 os Porsche, de estrada e competição, se celebrizaram por performances inimagináveis para veículos de baixas cilindradas batendo a concorrência pela sua leveza, manobrabilidade e aerodinâmica empírica, este carro é precisamente o oposto, potência bruta num invólucro muito pouco refinado, cuja pilotagem se resumia a endireitar o carro e só depois acelerar... isso e muita muita coragem aliada a uma grade dose de loucura.
Boas corridas
A génese do conceito "bestas quadradas" no seu sentido mais positivo...
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