terça-feira, 15 de novembro de 2016

Quarta prova Campeonato Porsche 991 GT3

 Mais uma sexta-feira passada e mais uma noite de nervos à flor da pele. Pois foi mais uma tremenda prova dedicada aos Porsche 911/991 que decorreu nas instalações permanentes do GT Team Slot Clube e onde a luta foi verdadeiramente empolgante em cada uma das duas mangas ocorridas.


 Carros alinhados de acordo com as duas mangas e hora de se iniciar uma das mais aguerridas batalhas entre Porsche's do fabricante Scaleauto. Deve adiantar-se, que neste clube existe já a certeza destes modelos se encontrarem quase no limiar das suas preparações, tal o andamento que deles se consegue já extrair.

 E iniciou-se a jornada, com o lote de pilotos que melhor posicionados se encontram no campeonato. Eram eles, César Amorim, Augusto Amorim, Paulo Mendes e David Azevedo, incluindo-se nesta manga e por uma questão de conveniência, o vimaranense Carlos Afonso.
O andamento imposto por estes pilotos foi verdadeiramente alucinante, o que deixava perceber que poucas ou nenhumas hipóteses de uma boa classificação haveria para os pilotos que se seguiriam. Augusto Amorim viria a vencer a manga, mas beneficiando de alguns maus momentos vividos por Paulo Mendes, quando este se desentendia momentaneamente com um menos bom desempenho do seu Porsche. Apesar disso, estes dois pilotos protagonizaram um notável desempenho, que os posicionava acima da restante concorrência. Atrás destes, ficariam César Amorim e David Azevedo que completariam com o mesmo número de voltas, esta jornada. Surpreendentemente, com apenas menos uma volta ficaria Carlos Afonso, numa prova de que dispôe também duma belíssima máquina, ao mesmo tempo que demonstra encontrar-se perfeitamente entrosado com este difícil traçado.
 E iniciava-se a segunda manga, onde se encontravam os dois vianeneses, Nuno Mendo e Luís Pinto, Rui Mota e David Fernandes.
E se a primeira manga mostrou grande aplicação por parte dos pilotos, os da segunda mostraram-se inimaginável e igualmente suficientemente aguerridos, para entrar na luta pelas primeiras posições. E por uma volta apenas, Rui Mota impunha-se a David Fernandes, entrando o primeiro na luta pelo pódio, o que conseguiria com o mesmo número de voltas de Paulo Mendes. Nuno Mendes e Luís Pinto guerreavam-se pela melhor posição entre ambos, já que o período de aprendizagem desta pista continua em franco desenvolvimento.

E se no final Augusto Amrim conseguia uma categórica vitória, já entre o sétimo e o segundo, a diferença fazia-se por três voltas apenas, o que bem demonstra o ritmo endiabrado e generalizado a que se andou nesta prova. E se Nuno Mendo e Luís Pinto se atrasaram um pouco, deve-se apenas ao facto de não se encontrarem ainda perfeitamente adaptados a este difícil traçado, algo que tem vindo paulatinamente a ser aperfeiçoado.

 O pódio dos carros, com o Porsche de Augusto Amorim a ocupar o degrau mais alto.
 O pódio dos pilotos, com Augusto Amorim, Paulo Mendes e Rui Mota, respectivamente em primeiro, segundo e terceiro.

O pêso dos anos...

Foi em 1991 que nasceram os icónicos modelos de TT por parte da Scalextric/SCX. Isto depois de uma tentativa falhada através dos seus modelos da série STS, que fugiam à habitual escala 1/32. Mais pequenos e sem rapidez, acabariam por se transformar num verdadeiro fiasco.
Mas a chegada do Peugeot 405 à habitual escala da restante linha deste fabricante, traria novo impulso, se bem que inglório na sua época.
Mais recentemente, a modalidade TT, um pouco por culpa do fabricante rival Ninco, ganharia novo ânimo, o que obrigaria a Scalextric/SCX a um novo empenho. Apoiado na antiga mecânica dos Peugeot 405, dos Buggy e ainda dos Nissan Patrol mas ligeiramente corrigida, este fabricante manteria viva a modalidade TT, algo esmorecido no entanto por parte deste fabricante, presentemente.

Mas vamos recuar a 1991, ano do surgimento do novo conceito trazido numa primeira referência da Scalextric através dos Buggy e posteriormente pelos Peugeot 405 e posteriormente pelos Nissan Patrol. Peguemos no 405 e compare-mo-lo com o mais recente chegado até nós, numa criação inicial da MSC e presentemente renomeada Scaleauto.
 O pêso dos anos é visível nos mais ínfimos pormenores. Super detalhada, a mais recente criação mais poderia ser vista como objecto de colecção do que própriamente como modelo indicado para a prática dos slot cars.
 A qualidade das linhas, grelhas e faróis é absolutamente notória.



 As mesmas referências à secção traseira podem ser apontadas, ainda que para uma diferença de 24 anos entre ambas, nos leve a perceber o quão perfeito se encontrava a versão da Scalextrioc/SCX.

 São inúmeros os pormenores que enriquecem o modelo MSC, pormenores esses que se estendem mesmo ao habitáculo do modelo.

 Substancialmente mais estreito, o Peugeot da Scalextric não deixa por isso de se comportar à altura, quando levado à aula prática.

 O conceito mecânico adoptado pela Scalextric, faz dele um exemplo no que se refere ao seu dinamismo, algo que nos espanta verdadeiramente, após a passagem de mais de duas décadas.
E pela questão temporal e pelas diferenças entre ambos, os dois merecem marcar lugar na mais distinta das prateleiras.

domingo, 13 de novembro de 2016

O último 512 BB - Sideways

Chegou ao mercado o quarto Ferrari 512 BB do fabricante Sideways. E terá sido este talvez, o 512 BB mais feliz no que respeita às côres adoptadas e decoração própriamente dita.
Modelo detentor de uma linha brutal e imponente, característica comum dos modelos de Grupo 5, não será por isso capaz de agradar a gregos e troianos. No entanto, trata-se de um dos Ferrari de competição, que reúne enorme número de apreciadores das suas linhas.

Quanto à sua qualidade geral, poderemos considerar como sendo um belo exemplo de fidelidade, relativamente à versão real.
Participante da edição de 1979 das 24 Horas de Le Mans, culminaria a mesma com uma desistência.
Mas também a Carrera nos havia feito chegar esta mesma versão. Façamos então um pequeno comparativo.
Dois aspectos que sobressaem de imediato, são as jantes e a diferença de tonalidade da côr cinzenta. No caso das jantes, em nenhum dos casos poderemos considerar encontrarem-se bem reproduzidas, mas aproximam-se mais da realidade as do Ferrari da Carrera. Igualmente no modelo deste fabricante, o cinza um pouco mais escurecido e levemente azulado do modelo Carrera, proporciona-nos uma imagem mais realista. Com um aileron mais baixo e uma frente mais larga, a versão da Sideways encontra-se francamente mais correcta.
No entanto, umas jantes capazes de recriar maior realismo, conferem à versão da Carrera uma imagem equilibrada e interessante.
A versão Sideways encontra-se bem mais correcta no que se refere ao desenho da sua pintura, à dimensão dos logótipos e correcção dos mesmos. Apesar disso, um cinza demasiado claro, acaba por dificultar que se distingam os pombos na côr branca que se situam sobre o cinzento.
Em baixo, percebe-se o quanto mais estreito o modelo da Carrera se apresenta (modelo da esquerda)
O contorno a preto do pára-brisas no caso da versão Sideways, mostra-se mais próximo da versão verdadeira. No entanto a curvatura existente nas duas saídas de ar do capôt, não se mostram tão convincentes.
Também o óculo traseiro apresenta um reforço a negro e a Sideways representou-o, mas junto ao tejadilho, deveria estar representado de modo bem mais fino e sem que se tornassem visíveis os pontos prateados, numa simulação dos rebites.

E se as formas da tomada de ar junto à roda traseira se encontra melhor desenhada na versão Carrera, não deveriam surgir as duas pequenas lâminas, mas si  três orifícios de formato mais ou menos arredondado, tal como a Sideways nos mostra.

A versão da Carrera apresenta jantes de menor dimensão e pneus com demasiada borracha, mas com uma profundidade mais adequada o que contribui  para uma imagem mais credível.


Se na traseira os logótipos no Ferrari da Carrera se encontram bem mais correctos, a verdadeira grelha que a versão da Sideways apresenta e que possibilita a vista para o interior e respectiva parte mecânica, recriam um realismo excelente.
O farol de nevoeiro que surge ao centro, surge com dimensão mais adequada na versão Carrera.
Nos stop's do 512 BB da Sideways, surgem uns incompreensíveis centros prateados que não dizem com nada. No entanto, a sua côr mais transparente conferem-lhes maior veracidade. Também os seus escapes de inferior diâmetro, condizem mais com a realidade

E a frente encontra-se indiscutivelmente melhor reproduzida na versão da Sideways, com a reprodução tanto dos faróis laterais como dos centrais, muito melhor concebidos.
A distancia entre eixos é maior na reprodução da Carrera, mas como não possuímos as cotas do modelo real, é-nos impossível poder opinar relativamente a essa matéria.
A representação da parte mecânica encontra-se interessante em ambos os casos, ainda que se distingam bastante uma da outra e sem que consigamos referir qual delas a melhor. É convicção no entanto, de que a Sideways tivesse feito um melhor trabalho de casa.
Algo que se faz notar na versão Sideways, é a ausência do obrigatório símbolo da Ferrari no capôt da frente. A Carrera não falhou....
Como conclusão, indiscutivelmente que estamos perante uma peça muito mais aliciante na versão da Sideways e temos muita pena que não tivessem acertado melhor na côr cinzenta pois estaríamos perante uma excelente reprodução.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016