Infelizmente, este modelo baptizado de "carro assassino" pelos pilotos que lhe fizeram os primeiros testes, confirmou esse mal afamado título, decorria ainda a primeira volta dessa edição da carismática prova francesa.
John Woolfe envolveu-se num aparatoso acidente com um Ferrari 312P, ceifando-lhe a vida.
Em cima, fases do acidente e uma parte do Porsche que vitimou John Woolfe. Em baixo, o estado em que ficou o Ferrari interveniente nesse acidente.
Em baixo, uma reprodução do Ferrari 312 P num fabrico da Racer, que acabou por ser a par do 917 de Woolf, protagonista do fatídico acidente.
Mas para a história da Porsche, tinha nascido um verdadeiro mito que marcou o desporto automóvel para todo o sempre. 917 é um mágico número que todos os amantes da marca têm bem presente e cujo alcance atinge hoje uma meta dificilmente alcançável.
E a Le Mans Miniatures fez jus a esta sigla, recriando as participações oficiais dessa mesma edição. Mostra-se aqui o modelo com o dorsal 14 da participação da dupla Rolf Stommelen / Kurt Ahrens. Esta participação da Porsche tinha como objectivo, a primeira vitória da marca nesta prova. Porém, apesar do enorme domínio estabelecido por este modelo em particular que logo na primeira volta conseguiu um avanço considerável sobre os demais concorrentes, conseguiu apenas manter-se no comando durante uma hora, vindo a desistir à 15ª com problemas mecânicos insolúveis.
Mas a reprodução conseguida por este fabricante e que sendo em resina, proporciona-nos uma peça de rara qualidade. Irrepreensível enquanto minimodelo, apresenta-se com pormenores dificilmente vistos em modelos de plástico.
A enorme fidelidade que é possível observar-se através do óculo traseiro, da parte onde se encontra a ventoinha e os carburadores, é verdadeiramente notável. Encontra-se igualmente bem reproduzido e na mesma zona, um ferro central que ajuda a suportar esse mesmo óculo, um pormenor invulgarmente visto, mesmo em modelos estáticos de colecção.
Habitáculo altamente detalhado (repare-se no pequeno pormenor dos dedos do piloto), torneira corta-corrente, tampões de combustível, as grelhas de respiro e arejamento no óculo traseiro, enfim, não parece mesmo estarmos perante um modelo que afinal, é de Slot.
Mas como modelo de Slot, é onde afinal este Porsche se revela menos operacional. Equipado de mecânica própria do fabricante, não se revela particularmente dotado para os fins que foi pensado. O sistema de engrenagem, infelizmente falha redondamente, contrariamente ao por mim observado noutras edições deste mesmo fabricante. Muito preso, levanta-me mesmo a suspeita de que se consiga mover, pelos seus próprios meios. Mas eu perdoo-o, porque afinal, eu quero-o mesmo, é na estante. Mas é pena, pois poderia haver alguém mais atrevido do que eu, que quisesse fazer uma gracinha com ele, desfilando no seu real elemento. Mas assim como vem, não. Não dá mesmo......
Mas note-se como a Le Mans Miniatures consegue nos seus modelos, representar com exactidão e realismo, a reprodução da verdadeira largura dos pneus à escala, algo com que os fabricantes de Slot lidam habitualmente, verdadeiramente mal.
Mas independentemente de andar ou não, trata-se de uma verdadeira e deliciosa preciosidade......
Que belo presentinho Mota...
ResponderEliminarE que bem te fica este lindo 917 na tua estante.
Já agora se tiveres coragem, troca-lhe a parte traseira do chassi (que parece ser o Sebring) com aquele motor ridículo (parece ser o mesmo comum aos Monogram e Revell), e põe-lhe um berço Slot.it in line com um motor decente. Fica-te um mimo de carro. Acabei de fazer isso com o meu 250 GTO da Monogram e o carro está um show. Abraço e até sábado. Levarei surpresa para o Grupo 2...